segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Urrós recordou António Morgado, apoderado de Joaquim Bastinhas

Em Urrós bonita e simpática localidade transmontana, encastrada nas serranias nortenhas de Portugal, o mês de Agosto é de festa, da família, do reencontro de todos aqueles que por terras da Europa, ganham o sustento e o sonho de um dia poderem voltar para um País diferente: seu! E a pracinha de toiros de Urrós, esta tarde transpirou esse ambiente anual de festa, ao registar uma entrada que preencheu três quartos do seu aforo. O cartel inicialmente previsto foi alterado, sendo Marcos Tenório Bastinhas a contas com a recuperação do acidente sofrido em Albufeira; substituído por Pedro Salvador, completando-o a cavaleira praticante Cláudia Almeida. Os forcados foram os Grupos de Monforte e os Académicos de Elvas. 
Quanto ao curro lidado de “Cunhal Patrício”, tinha idade, apresentação diversa, desde o regular ao bom, apenas em comportamento foram uniformes: mansotes, sendo o melhor e que cumpriu, o quarto da ordem. Joaquim Bastinhas, sempre muito bem recebido pelo público de Urrós (ou de qualquer praça de toiros onde toureie) lidou o primeiro e terceiro da tarde, sendo esse mesmo primeiro complicadote, andando pelos médios e com tendência a ir para tábuas, o que Bastinhas não consentiu. Nos compridos utilizou o “Zico”, mudando depois para os curtos, foi com o baio de seu nome “Duque” que a música soou e a actuação veio a um nível maior, fechando-a com o rodadíssimo “Tivoli” entre muitas palmas a rigor. No terceiro da tarde, o “Amoroso” fez as honras da casa, com a sua forma vistosa e eficaz com que permite a Joaquim Bastinhas abordar os seus oponentes. Com o “Cartier”, cravou dois curtos bem medidos e de muita qualidade, pelos terrenos que pisou e as distâncias que elegeu nos cites. Publico a tributar forte ovação, inclusive com alguns jovens de uma penha local, a saltarem á arena e a quererem içar o cavaleiro aos ombros, o que Joaquim Bastinhas educadamente agradeceu mas não aceitou. Pedro salvador destacou-se no seu segundo e quarto da tarde, o melhor da corrida, assim como Cláudia Almeida, resolveu com acerto, algumas dificuldades que o de “Cunhal Patrício” por vezes lhe colocou. Bom espectáculo, que decorreu em bom ritmo, saindo o público satisfeito da praça no final da corrida. De salientar ainda o minuto de silêncio guardado no inicio do espectáculo, em memória de António Morgado, por quem a população de Urrós e a Junta de Freguesia local, nutria muita consideração. (GIJB)

Sem comentários:

Enviar um comentário