quinta-feira, 28 de julho de 2016

ALCOCHETE - 75 ANOS DAS FESTAS DO BARRETE VERDE E DAS SALINAS

"Sentida como a mais genuína tradição das gentes da “borda d’agua” as Festas do Barrete Verde e das Salinas têm um lugar especial no coração de cada alcochetano, mas também de muitas pessoas que não sendo de Alcochete, gostam de visitar esta vila ribeirinha, em particular no segundo fim-de-semana de Agosto.
Reconhecidas nacionalmente pelo seu carisma e tradição tauromáquica, as Festas são organizadas pelo Aposento do Barrete Verde, em estreita colaboração com a Câmara Municipal, mantendo e revitalizando ano após ano a forte tradição festiva deste povo ribeirinho.
Anualmente, são milhares os visitantes que atraídos pela festa brava, pela fé, pela tradição e pela forma espontânea e entusiasta de receber que o povo alcochetano tem, enchem as ruas da Vila de grande animação que se prolonga até ser dia.
José André dos Santos, alcochetano que muito fez pelas tradições da Vila, foi o grande impulsionador destas Festas, que se realizaram, pela primeira vez em 1941 com a denominação de Festas das Salinas e do Barrete Verde".(fonte-CMA)

Maratona de Marcos Bastinhas na próxima semana

O cavaleiro Marcos Bastinhas tem agendadas para a próxima semana quatro corridas de toiros. A primeira será em Soustons (França) dia 4 de Agosto, onde alternará com Ana Baptista pegando o Grupo de Forcados de Monsaraz. Seguem-se dia 5 Póvoa do Varzim, sábado 6 de Agosto Nazaré, encerrando esta "maratona" no dia 7 de Agosto domingo na corrida de toiros mista que terá lugar em Pinhanços.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

CARTEL DE FIGURAS NA DESPEDIDA DO CABO AMORIM RIBEIRO LOPES, EM CORUCHE

A tradicional corrida de touros integrada nas festas em Honra de Nossa Senhora do Castelo em Coruche terá na temporada 2016 num dos momento mais marcantes da temporada.
No ano de comemoração do 45º aniversário da fundação do Grupo de Forcados Amadores de Coruche. A tarde será de enorme simbolismo para as ramagens locais com a despedida do cabo Amorim Ribeiro Lopes, que passará o testemunho a José Macedo Tomás. Um momento de enorme significado numa data especial para os forcados de Coruche que celebram a efeméride junto dos seus conterrâneos.
Numa corrida especial como esta, a empresa Tauroleve aposta uma vez mais num cartel forte, com a presença de três cavaleiros de inigualável valor e também eles com ligações aos forcados locais. António Ribeiro Telles, Luis Rouxinol e João Ribeiro Telles Jr competirão entre si pelo triunfo numa tarde em que se lidam seis imponentes touros de David Ribeiro Telles.
Dia 17 de Agosto pelas 18h00, a Monumental Praça de Touros de Coruche é uma vez palco de um magistral espectáculo taurino que ninguém quererá perder.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Hoje toureia-se melhor do que antes (!?)

É indubitável que são vários os factores para que se possa afirmar (não sou só eu) que: Hoje Toureia-se Melhor que Antes”.
O toureio é uma arte que, como outra, não é estática. Está em constante evolução. Para isso tem contribuído a selecção do touro de lide, mais bravo (não mais fiero), a aguentar faenas de muitos mais muletazos. Hoje é recorrente ver rematar uma série de muletazos com vários passes de peito consecutivos… e alguns adornos pelo meio, o que era impensável que os touros admitissem no século passado. Não é menos verdade que houve (há) muitos encastes que saíram fora de tipo e a sua morfologia não aguenta o peso (não trapio), imposto pelo público e veterinários para lidarem em Madrid. Todo e qualquer ganadeiro, o seu sonho maior é debutar em Las Ventas.
Mas voltando ao toureio e à sua evolução, isso deve-se em grande parte ao extraordinário trabalho desenvolvido pelas escolas de toureio um pouco por todo o mundo taurino.
Quantas e quantas vezes somos confrontados com jovens novilheiros sem cavalos, com uma técnica incrível. Quantos novilheiros vimos em praças como Madrid, lidarem novilhos que são autênticos touros. Aí está a polémica das recentes onze colhidas de novilheiros esta temporada, levantando-se a voz de Simón Casas contra esta situação.
Dizia-se antigamente que os toureiros arriscavam a vida dizendo: “mais cornadas dá a fome”. Hoje felizmente já não é assim. A grande maioria destes jovens toureiros que estão a pedir passo, podiam ter um curso superior ou enveredar por outra profissão. Mas não! Há qualquer coisa que os leva a arriscar a vida como estamos a ver a diário com Roca Rey, Lopez Simón, Juan Del Alamo, Román e ontem mesmo Ginés Marín, com apenas quatro corridas como matador de touros dar esse exemplo que “Hoje toureia-se melhor que antes” e abrir a Porta Grande da praça de Santander.(Fotos-D.R.)

Apresentação pública em Santander do pasodoble dedicado a Roca Rey

Foi apresentado do Hotel Palácio del Mar de Santander, na noite da passada segunda-feira o pasodoble dedicado ao matador de touros peruano Andrés Roca Rey, que actua hoje na Feira de Santander no Coso de Cuatro Caminos.


Mais de uma centena de pessoas acudiu ao acto, entre elas Gema Igual, Tenente-Alcalde do Ayuntamiento da cidade cantábrica. O pasodoble é da autoria do compositor José Gonlález e foi interpretado pela Banda de Música Municipal dirigida pelo maestro Vicent Pelechano.
Recorde-se que Andrés Roca Rey faz a sua apresentação em Portugal no próximo dia 28 na Praça de Touros de Salvaterra de Magos, contratado por Rafael Vilhais em tempo oportuno, o que hoje eventualmente seria muito mais difícil, tal é a dimensão que o toureiro peruano está a atingir com portas grandes em quase todas as praças onde tem actuado.

"Juanito" no Festival em Calzadilla de Los Barrios

O novilheiro monfortense e aluno da Escola de Toureio de Badajoz, João Silva “Juanito” vai estar presente neste festival que terá lugar no dia 6 de Agosto às 19 horas, alternando com Posada de Maravilhas e os novilheiros, Miguel Angel Silva, David Bolsico para lidarem novilhos de Cayetano Muñoz, no novo ruedo da praça de Calzadilla.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Desembarque dos touros na Praça de Valência

Este é um espectáculo para fazer aficionados. Desembarque dos touros na praça de Valência para a corrida de 22 de Julho. Um espectáculo de multidões, quase sempre com a praça cheia.

Sol & Toiros - Especial Arronches

Alcochete - Apresentação da Feira do Toiro-Toiro


INÊS CARVALHO LESIONADA É BAIXA NA FIGUEIRA. SORAIA COSTA ENTRA EM SUBSTITUIÇÃO

- Inês Carvalho -
A empresa Tauroleve informa que por motivos de lesão originada na passada sexta-feira em Monsaraz, a cavaleira Inês Silva Carvalho será substituída pela também cavaleira amadora Soraia Costa na corrida que terá lugar no próximo sábado, dia 23 de Julho pelas 22:00 na Figueira da Foz.
Dessa forma a corrida “Concurso de Pegas” que abrirá a temporada no carismático Coliseu Figueirense será composta pelos cavaleiros António Ribeiro Telles, Ana Batista, Filipe Gonçalves, Duarte Pinto, Miguel Moura e a jovem amadora Soraia Costa, estando as pegas estarão a cargo dos amadores de Cascais, Coimbra e Redondo. Lidam-se seis bonitos toiros de Passanha.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Touros em Vinhais

Será já no próximo dia 12 de Agosto pelas 21h00, que terá lugar na mais nova praça de toiros de Portugal, mais um grande espectáculo tauromáquico, em que a afición do norte do país poderá desfrutar de uma entretida e alegre corrida de toiros, onde o fado também marcará presença.
Assim no dia 12 de Agosto em VINHAIS, estarão em praça: CAVALEIROS, Filipe Gonçalves, Mateus Prieto e Verónica Cabaço.
FORCADOS: Amadores das Caldas da Rainha.TOIROS: Passanha
FADOS: Haverá um espectáculo de FADO pelas 21h00 a anteceder a corrida de toiros, em que actuarão os fadistas JOANA CAPELA e FRANCISCO REBELO de ANDRADE pelas
Uma vez mais a Festa dos Toiros se associa à Festa do FADO, na melhor das conjunções da cultura popular em Portugal.

sábado, 16 de julho de 2016

Vacas para "Cobradiezmos" na ganadaria de Vitorino Martín

Roca Rey “O Rei de Pamplona”

- Roca Rey, o Rei de Pamplona (foto-DR) -
José António Campuzano tem esse filing para descobrir talentos. Depois de uma larga carreira como matador de touros, com triunfos grandes e outras tantas cornadas (como aquela de Huesca que o colocou às portas da morte), retirou-se mas ficou sempre ligado à Festa.
O seu primeiro feito como apoderado surgiria com Sebastian Castella, esse toureiro que é uma mistura de francês com polaco e que logo Sevilha o adoptou. José António Campuzano trouxe-o para a sua casa sevilhana e começou a trabalhar a futura figura do toureio. Não foi um caminho fácil. Castella fez por terras aztecas uma larga aprendizagem, até chegar ao estrelato. Primeiro como novilheiro, quando França tinha perdido Nimeño II. Depois temporada trás temporada, foi-se consolidando. Como em tudo na vida, há um ponto final. Castella e José António Campuzano romperam “amigavelmente” o apoderamento e cada um seguiu o seu caminho.
Nestas duas última temporadas José António Campuzano surpreende novamente com um novo talento: o peruano Andrés Roca Rey, irmão do matador Fernando Roca Rey. Juntos têm feito um percurso meteórico. Uma curta carreira como novilheiro e na temporada passada em Setembro, a alternativa em Nimes. No passado Inverno triunfou por essa América Taurina, para depois regressar à Europa.
A sua campanha espanhola tem sido repleta de êxitos nas principais feiras que se cumpriram até agora. Por fim, chegou Pamplona com tudo o que encerra. O ambiente diferente, o touro de Pamplona, o encierro. Justificadas as expectativas de como seria a prestação de Roca Rey em duas tardes nesta feira do norte. Pura e simplesmente Roca Rey “foi o Rei de Pamplona” com duas portas grandes e cinco orelhas cortadas.
É este Roca Rey que vai estar entre os aficionados ao toureio a pé em Salvaterra de Magos no dia 29 de Julho, trazido por Rafael Vilhais. Pena é que se afeitem os touros, que não se piquem e que este novo “ciclón” não possa cortar as orelhas aos seus touros e abrir a porta grande da Praça de Salvaterra de Magos.

COMEÇA HOJE O II CICLO NACIONAL DE NOVILHADAS DAS ESCOLAS DE TOUREIO ARRANCA NA MOITA A 16 DE JULHO

Na noite do próximo sábado, 16 de Julho, pelas 22 horas, arranca na praça de toiros Daniel do Nascimento, o II Ciclo Nacional de Novilhadas das Escolas de Toureio, numa organização conjunta da Escola de Toureio José Falcão, de Vila Franca de Xira; da Escola de Toureio e Tauromaquia da Moita e da Academia do Campo Pequeno. Reedita-se assim um ciclo de
novilhadas que tanto êxito teve na temporada de 2012, com a finalidade de proporcionar a necessária rodagem aos jovens alunos das referidas escolas, numa promoção ao toureio a pé que conta com o apoio da Associação Portuguesa de Criadores de Toiros de Lide – através dos seus associados que fornecem reses, de forma gratuita, para que os festejos tenham viabilidade – e dos empresários Rafael Vilhais, Ricardo Levesinho, Soc. Campo Pequeno, Paulo Pessoa de Carvalho, Simão Comenda, Paulo Vacas de Carvalho e José Luís Gomes.
O ciclo tem programadas novilhadas para a Moita (16 de Julho), Beja (10 de Agosto), Coruche (14 de Agosto), Samora Correia (19 de Agosto), Salvaterra de Magos (2 de Setembro), Montemor-o-Novo (3 de Setembro), Sobral de Monte Agraço (17 de Setembro), Campo Pequeno (1 de Outubro) e Vila Franca de Xira (9 de Outubro).
Em festejos mistos na categoria de “Novilhada Popular”, actuarão João Martins e João d´Alva (Vila Franca de Xira); Sérgio Gonçalves, Paula Santos, Rúben Correia e Luís Silva (Moita) e Sérgio Nunes (Campo Pequeno).
Os cavaleiros que participarão neste ciclo são: Os praticantes Francisco Parreira, Francisco Correia Lopes, Verónica Cabaço, Andeia Oliveira e a amadora Inês Silva Carvalho.
Vários serão também os Grupos de Forcados Amadores: Aposento da Moita, S. Manços, Beja, Coruche, Montemor e Vila Franca de Xira, entre outros.
Do festejo inaugural, na Moita, a 16 de Julho (inserido no 66.º aniversário da Daniel do Nascimento), fazem parte o cavaleiro praticante Francisco Correia Lopes; o Grupo de Forcados Amadores do Aposento da Moita; e os novilheiros João Martins, Sérgio Gonçalves, Sérgio Nunes e, como convidado, António Pintiado, da Escola de Toureio de Badajoz. Lidam-se
novilhos de Calejo Pires, Palha, Cunhal Patrício Herds., Varela Crujo e Falé Filipe

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Touros António Charrua a 23 de Julho em Setúbal

A Praça de Touros Carlos Relvas merece todo o empenho, dedicação, carinho e profissionalismo. Afirma a empresa que gere os seus destinos. Assim de modo a não defraudar os aficionados que tem afluído em grande número aos espectáculos montados pela empresa "Aplaudir" na arena setubalense, a empresa foi forçada a alterar o curro de touros, inicialmente anunciado de Mário Vinhas e Herdeiros de Manuel Vinhas, por um imponente curro de touros de António Charrua.
Tal troca, deve-se única e exclusivamente ao facto de dois dos touros reservados para esta corrida se terem inutilizado no campo, facto que impede assim a ida de um curro completo à corrida de dia 23 de Julho em Setúbal.
Os touros da ganadaria de António Charrua, estão imponentes, com idade, peso e trapio, como assim exige a afición setubalense, conforme se comprova nas imagens em anexo, conclui a empresa "Aplaudir".
Numa competição entre jovens figuras da nossa festa, vão estar presentes os cavaleiros, João Moura Caetano, João Telles Jr. e Mara Pimenta, com as pegas entregues aos Forcados Amadores do Ribatejo e Alcochete.








RESUMO CORRIDA CAMPO PEQUENO COM PADILLA E JUAN DEL ALAMO

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Nestlé despede colaborador que deixa de ser imagem da campanha Maxibom por comentários no twitter sobre a morte de Victor Barrio

O youtuber JPelirrojo, imagem da campanha da Maxibom, foi despedido por no twitter manifestar a sua alegria pela morte do toureiro espanhol Victor Barrio falecido em Teruel.
Para a Nestlé "a vida humana está acima de qualquer outra consideração. Portanto não podemos estar de acordo com nenhuma opinião que não responda a este principio", afirmou a Nestlé em comunicado à imprensa espanhola.
A marca cedeu à pressão dos aficionados, que lançaram uma campanha de boicote nas redes sociais à Nestlé, pelos twitters que este anti-taurino colocou nas redes sociais depois da morte de Victor Barrio.


domingo, 10 de julho de 2016

Os Touros da ganadaria de António Silva para a Póvoa de Varzim

No dia 22 de Julho, a Praça de Touros da Póvoa de Varzim recebe a XX edição da Corrida TV Norte, que ficará certamente marcada pela presença de um imponente e impressionante curro de touros da ganadaria António Silva, uma das mais prestigiadas ganadarias da cabana brava nacional, e que anualmente tem sido premiada como uma das ganadarias mais bravas.
Para lidar tão imponente curro de touros, vão estar em praça, a disputar o troféu para a melhor lide, os cavaleiros, Luís Rouxinol, Sónia Matias, Gilberto Filipe, Filipe Gonçalves, António d'Almeida e Mara Pimenta.
As pegas vão estar a cargo dos Forcados Amadores do Ribatejo e Amadores de Alcochete, que disputam igualmente o troféu à melhor pega.(fotos-João Dinis)













Do milagre de Javier Jiménez à trágica morte ontem de Vitor Barrio

Este é um mundo onde não há o “faz de conta”. Este é um mundo real com glória e tragédia.
Um dia antes em plena feira de Pamplona, assistimos pela TV a um daqueles milagres que acontecem no toureio. Javier Jiménez foi colhido com violência por um touro de Cebada Gago. Chegou-se a pensar o pior, quanto o toureio constatava que não podia mexer as pernas. De repente, saltou da maca em estado muito confuso, a dizer que queria voltar para matar o touro, o que veio a acontecer. Depois da corrida, hospitalizado e com os respectivos exames, o toureiro tem lesão em quatro vértebras. Felizmente houve o milagre.
Ontem não foi assim. Quando víamos a transmissão da corrida de Pamplona, David Casas o comentador do Canal Mivistar +, dava com as lágrimas nos olhos a notícia, ainda sem confirmação oficia, que Vitor Barrio, o matador de touros de Segóvia com 28 anos deixava a sua vida na Praça de Touros de Teruel (Aragão) ao ser colhido fatalmente por um touro de Bañuelos.
Volteado pelo touro a que estava a lidar com êxito, foi corneado no tórax, provocando-lhe a morte imediata. Foi a consternação na praça com os companheiros de cartel, bandarilheiros e público que só abandonaram a praça já noite quando o corpo foi trasladado. Paz à sua Alma de Toureiro.
A tragédia das últimas décadas de José Falcão, Yiyo, Paquirri ou Montoliu, voltou a repetir-se nesta Festa feita de glória e tragédia. Vai continuar no entanto, a despertar nos jovens esse afã de quererem ser figuras do toureio, conscientes de que é uma profissão/arte de risco elevado.


quinta-feira, 7 de julho de 2016

1º Encierro de San Fermín

Isto chama-se solidariedade. Onde estão os outros?

A aldeia de Almonte, a rociera localidade andaluza, assistiu uma vez mais, à solidariedade das gentes do touro. No passado dia 4, Diego Ventura e outros mais toureiros, contribuiram com este festival em beneficio de La Hermandad de Cautivo e da Associación de Fribromialgia de Almonte para uma qualidade de vida melhor dos seus utentes.
Que bom seria que aqueles que atacam a Festa, tivessem de quando em vez, actos como este em beneficio do seu proclamado "bem estar dos animais".

segunda-feira, 4 de julho de 2016

José Tomás necessita de ajudar mais a Festa, porque é o seu dever como figura

Todos os que sejam ou não, admiradores do toureio de José Tomás, terão forçosamente de reconhecer o seu mérito em arrastar multidões de aficionados, dentro e fora do seu país.
Os exemplos mais recentes aí estão como Jerez e Alicante. Praças esgotadas muito antes das corridas e um fluxo de gente a estas cidades que mexeu e muito, com a sua economia local a nível de hotelaria e restauração na ordem dos milhões de euros.
José Tomás é figura do toureio por mérito próprio. Pagou esse tributo, regando com o seu próprio sangue muitas arenas por esse mundo fora onde se lidam touros, com especial ênfase para a colhida de Aguascalientes (México) que o colocou às portas da morte.
No entanto, como grande figura do toureio que é, e com essa capacidade convocatória, neste momento em que a Festa necessita de todos, para combater os ataques que vem sofrendo, com ganadarias a desaparecerem, praças a fecharem e a politica, sempre a politica, a decidir a proibição da realização de espectáculos em muitas localidades, não só na Catalunha.
José Tomás terá que ter o mesmo procedimento que teve “El Juli”, Manzanares, Ponce, Castella, Morante, Talavante e Perera em alternar com os novos valores e deixar de proibir a transmissão de corridas onde participe. Defende com o direito que lhe assiste a sua imagem, mas prejudica milhares e milhares que o querem ver e não se podem deslocar onde ele toureia.
Para além deste factor, deve estar presente nas praças de primeira. Marcar presença em Valência, Madrid, Sevilha etc., como sempre o fizeram as grandes figuras do toureio.
O saudoso António Corbacho, mentor/apoderado de José Tomás, passou-lhe uma filosofia de vida neste mundo do touro que até pode ser compreensível, só que neste momento a Festa necessita mais do que nunca, de José Tomás, porque a Festa tem que ter futuro. Se acabar José Tomás está rico mas, todos nós, aficionados seus seguidores ou não, ficamos mais pobres ao perdermos o nosso espectáculo predilecto.

sábado, 2 de julho de 2016

Rivalidade (salutar) de dinastias alentejanas na Praça de Monforte

Havia nas bancadas que tardaram em compor-se (jogo de futebol em que se apurava o adversário de Portugal para as meias-finais no Europeu), um certo sururu com os apoiantes dos três cavaleiros que compunham o rematado cartel desta tourada inserida na Feira MonfortexLibris, o que é bom para a Festa: a divisão de opiniões quanto às actuações, é melhor do que a indiferença.
A tourada era de Homenagem a António José Zuzarte, antiga glória da forcadagem e impulsionador do Grupo de Monforte, localidade onde tem residência.


O espectáculo dirigido por Agostinho Borges, assessorado pelo Dr. Guerra, começou com um minuto de silêncio pelo recente falecimento de Mestre David Ribeiro Telles e José Zuquete.
Depois teve lugar a cerimónia de homenagem com breves discursos e a entrega de lembranças quer a António José Zuzarte, como a João Moura Caetano pelos seus 10 anos de alternativa.
Os touros dos Irmãos Carreiras (Qtª Mata-o-Demo), o primeiro foi o mais terciado e os restantes bem apresentados. Já quanto a sua prestação ela foi diversa. Cumpriu o 1º (que colocava a cara no chão e escavava), o 2º e 3º reservados , 4º foi manso e parou-se, reservado o 5º e com mais génio que bravura, o que encerrou a tourada.
A João Moura Caetano tocou-lhe o pior lote. Teve momentos no primeiro em que deixou ver o seu toureio, dando vantagem ao touro nas investidas, para quebrar na cara, isto com os compridos. Com os curtos nem sempre logrou os melhores momentos com o touro a colocar a cara em baixo, escavando e nas reuniões com uma mangada forte. Quanto ao segundo foi impossível qualquer luzimento, porque o touro se lhe parou e não houve soluções.

João Moura Jr. começou a lide do seu primeiro que cumpriu com actuação de menos a mais. Ao falhar um ferro os apaniguados perdoaram e os críticos protestaram. Depois foi a lide dentro do seu conceito toureiro: ligação, galopes pelas tábuas, com recortes vistosos a empolgar o público. Com o segundo um touro algo reservado nas suas investidas, a receita foi a mesma: ligação e logo que tinha o touro no centro da praça atacava-o obrigando-o a investir. Há uma evolução no toureio de Moura Jr. que lhe permite tirar partido mesmo deste tipo de touros.
Marcos Bastinhas não tinha o ambiente favorável. Havia como que uma certa “hostilidade” ao estar metido entre “caetanistas e mouristas”. Por esse facto perdoou-se-lhe menos, um ou outro desacerto no momento da cravagem. Não se intimidou o de Elvas e no primeiro um touro que saiu logo de início a procurar as tábuas, andou ligado, elegeu bem os terrenos que o touro necessitava para ser mais colaborador. Levou a emoção do seu toureio às bancadas, em especial nos curtos, com um ferro de palmo e o par de bandarilhas ao segundo intento.
Igualmente o seu segundo não lhe deu facilidades. Foi um touro que sacou génio, o que é diferente de bravura. Marcos Bastinhas aproveitou essa condição do touro para arriscar ao máximo quando se metia pelos terrenos de dentro. Houve na realidade algum ferro menos conseguido ou um toque na montada mas, no cômputo geral, terminou em bom plano, com um soberbo par de bandarilhas com o touro a sair-lhe por debaixo da casaca.
Não foram fáceis os de Mata-o-Demo para os forcados, em especial para o grupo de Montemor com uma pega à primeira por Bruno Palmeiro, à segunda através de António Pina e Manuel Ramalho a enfrentar a dureza de um touro que o fez ir três vezes à cara. Noite triunfal para os Amadores de Monforte com três pegas à primeira tentativa através de Ricardo Gonçalves, Dinis Pacheco e João Maria Falcão, que arrecadou o Prémio “António José Zuzarte” para a melhor pega.