quarta-feira, 24 de julho de 2019

Campo Pequeno 25 de Julho


PARA A HISTÓRIA: OS SEIS JABONEROS DE CANAS VIGOROUX PARA DIA 27 EM CALDAS DA RAINHA

O próximo sábado 27 de Julho ficará assinalado como a data em que, pela primeira vez neste século e na mesma corrida, se lidarão 6 toiros de pelagem jabonera, de uma mesma ganadaria, a de Canas Vigoroux. A praça de toiros de Caldas da Rainha será o palco desse histórico espectáculo e onde se homenageará a figura ímpar de Rui Salvador, o cavaleiro dos "ferros impossíveis" pelos seus 35 anos de alternativa.
Completam este cartel, Luís Rouxinol, Manuel Telles Bastos, Marcos Bastinhas, Luís Rouxinol Jr e António Prates, com as pegas a ficarem a cargo dos Grupos de Forcados Amadores do Aposento da Moita e de Caldas da Rainha, capitaneados respectivamente por Leonardo Mathias e Francisco Mascarenhas.







quarta-feira, 17 de julho de 2019

Apresentação Oficial da Corrida do Centenário

No passado dia 12/07/2019, no Casal do Vale Formoso, na Chamusca, realizou-se a apresentação oficial da Corrida do Centenário da velhinha Praça de Touros da Chamusca. Viveram-se momentos de convívio taurino e partilha de esperança para esta que irá ser, a corrida mais importante da temporada.
 
A mesa presidida pelo Provedor da Santa Casa da Misericórdia, Nuno Castelão e o seu Mesário, Pedro Ribeiro, contou com a presença do Cavaleiro Rui Salvador, representando os cavaleiros profissionais que irão actuar, Pedro Gomes, Cabo do Grupo de Forcados Amadores de Lisboa, João Saraiva e Tiago Prestes, pelo Aposento da Chamusca, Dr. João Santos Andrade, Presidente da Associação Portuguesa de Criadores de Toros de Lide, representando as seis ganadarias a concurso, Dr. Luís Capucha, representante da Associação das Tertúlias Tauromáquicas de Portugal.
Foi comum em todas as intervenções, o carinho que os artistas têm pela Praça da Chamusca e a ambição de vir a triunfar neste dia histórico para esta Vila e para o seu Concelho.
Este jantar foi integrado no Congresso Internacional da Tauromaquia, que se realizou durante os dias 11, 12 e 13 do presente mês, com intervenções de elevado valor científico.
Foi ainda referida que existirá um Programa de Variedades alusivo ao centenário, que terá início pelas 21 horas.

terça-feira, 16 de julho de 2019

E cantou-se o ‘ pobre de mi’ ...numa pobre 'Feria del Toro'

Durante mais de uma semana Pamplona viveu o seu S. Fermín. A ‘Feria del Toro’ sempre assim foi e será por muito tempo, porque os navarros fazem deste um espectáculo único e pouco ortodoxo o seu estandarte taurino. 

O sol nesta praça (que por si só é uma beleza), e que o busto de Hemingwai recorda precisamente essa diversidade, vai aos touros para se divertir. As peñas animam durante estes dias com os seus cânticos e folclore, aquilo que os distingue dos demais públicos das restantes praças. A sua gastronomia e vinhos são levados para a praça do qual se alimentam para tamanho esforço de dias e dias de jorga.
Na sombra está o público mais selecto, o mais aficionado, mas por estas bandas quem dita cartas é o público. A finalidade é merecedora dos maiores encómios, pois o resultado financeiro de tudo isto vai directo para a Casa de Misericórdia e para a sua imensa obra social ao longo de décadas.
Conheço Pamplona, conheço a sua praça mas, nunca ali estive pelos S. Fermíns. Compreendo mas não me identifico com a sua filosofia. Sou incapaz de ver um toureiro de ouro ou prata jogar a sua vida e com todo aquele folclore nas bancadas sobretudo no sol.
Figuras consagradas (ausência de Manzanares), Roca Rey lesionado, toureiros emergentes e os que ganharam por direito próprio no ano anterior o estar nesta feira de 2019, como é apanágio da Casa de Misericórdia: sempre um lugar aos que triunfam remataram os cartéis.
No meio de tanta gente ilustre destacou-se um português: João Ferreira que bandarilhou como só os grandes o sabem fazer. Foram para ele os maiores aplausos da tarde, em que os comentadores do canal Movistar Toros se esqueceram de referenciar a sua nacionalidade. 
Cantou-se no domingo às 24 horas o ‘Pobre de mí’. Pobre foi a feira em resultado artístico com a excepção de Ferrera, Juli, Castella e Perera. Caetano triunfador de uma feira em praça de primeira populista mas, no palco, tem que haver algum critério. Foram orelhas de praça de segunda…talvez prémio às estocadas.
Já no ramo ganadeiro destaque para Vitoriano del Rio, Nuñez del Cuvillo, La Parmosilla e mais um ou outro touro solto, como por exemplo na corrida de Miura.
Foram dias de sofá, na tranquilidade do lar mas não apartado de tudo o que foi esta ‘Feria del Toro 2019’. (Fotos-D.R e J. Arroyo)

SEIS JABONEROS DE CANAS VIGOROUX PARA A CORRIDA DE CALDAS DA RAINHA

Pela primeira vez neste século irão ser lidados seis imponentes toiros jaboneros da ganadaria de Canas Vigoroux, autênticas estampas de toiro de lide, numa mesma corrida.



 A praça de toiros de Caldas da Rainha irá ser o palco desta corrida única, a 2ª Corrida de Toiros dos Agricultores do Oeste, e onde se prestará também homenagem ao cavaleiro Rui Salvador pelos seus 35 anos de alternativa. 
Completam o cartel os cavaleiros Luís Rouxinol, Manuel Telles Bastos, Marcos Bastinhas, Luís Rouxinol Jr e António Prates e os Grupos de Forcados Amadores do Aposento da Moita e Amadores de Caldas da Rainha, capitaneados por Leonardo Mathias e Francisco Mascarenhas.

sexta-feira, 12 de julho de 2019

Dois terços do Campo Pequeno preenchidos para prestar Homenagem aos açorianos da Ilha Terceira

Merecida homenagem às gentes da Ilha Terceira, aquele pedaço de terra (ilha) que no meio do oceano mantém viva a tradição tauromáquica. 

Tiago Pamplona e os Forcados da Tertúlia Tauromáquica Terceirense como centro das atenções do público que foi ao Campo Pequeno.
Lidou-se um curro de Eng.º Jorge de Carvalho que, no dizer de Francisco Morgado na sua crónica no site mundotoro, permitiu o luzimento aos toureiros e forcados.
Praça de touros de Campo Pequeno Lisboa:
Dois terços de entrada. Homenagem à afición da Ilha Terceira. Touros de Jorge de Carvalho, que se apresentavam em Lisboa. Corrida de touros, bem apresentada e de bom comportamento. Alguns bravos e os restantes, cumpriram, com matizes. A filha do ganadeiro deu volta à arena no segundo da noite.
Tiago Pamplona, que confirmou a alternativa, volta à arena. Ana Batista, volta. Filipe Gonçalves, volta. Manuel Telles Bastos, volta. Miguel Moura, volta. Salgueiro da Costa não deu volta por estar lesionado.(Foto-Pedro Batalha)

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Miguel Moura: Tourear é uma razão de vida

O cavaleiro Miguel Moura, uma das presenças na corrida de homenagem à Região Autónoma dos Açores, a 11 de Julho, no Campo Pequeno, considera que, para si, “o toureio é uma razão de vida”. 

“Ser cavaleiro tauromáquico, é uma forma de exprimir a relação que venho construindo em interacção com este mundo maravilhoso, com esta trilogia Campo-Cavalo-Toiro” sublinha o mais novo dos “Mouras”.
Miguel Moura assume plenamente que os fundamentos do seu toureio são profundamente influenciados pelo estilo de seu pai, João Moura, embora afirme também que procura incutir um cunho pessoal na sua forma de tourear.
Nesta corrida virá a Lisboa alternar com Ana Batista, Filipe Gonçalves, Tiago Pamplona (cavaleiro açoriano que confirma a alternativa nesta data), Manuel Ribeiro Telles e João Salgueiro da Costa, na lide de toiros de Jorge de Carvalho.
A corrida possui ainda outro aliciante: a competição entre os grupos de forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense e Amadores do Ramo Grande, respectivamente capitaneados por João Pedro Ávila e Manuel Pires, e os Amadores de Beja, capitaneados por Miguel Sampaio.
Antes da corrida, exibir-se-á a Marcha dos Veteranos da Ilha Terceira e, durante a corrida actuará a Banda da Sociedade Filarmónica Rainha Santa Isabel, sob a batuta do Maestro Durval Festa.

Coliseu de Redondo abre as suas portas para a primeira corrida de touros

A 2 de Agosto pelas 21 horas e 45 minutos, o Coliseu de Redondo abre as suas portas para a primeira corrida de touros organizada pela Associação Tauromáquica Redondense, no ano comemorativo do décimo aniversário da reinauguração deste "castiço" Coliseu. 


Uma temporada que promete competição entre os máximos triunfadores da temporada transacta, no cartel de homenagem ao saudoso MAESTRO JOAQUIM BASTINHAS, irá estar em disputa os prémios"Simão da Veiga Jr. para a melhor lide a cavalo" e "Miguel Capinha Alves para a melhor pega".
Irá competir nesta corrida enquadrada nas tradicionais festas de Ruas Floridas os cavaleiros e forcados.Cavaleiros:João Moura Jr., Marcos Bastinhas e António Prates.
Grupos de Forcados:Amadores de Ribatejo - capitaneados por Pedro Espinheira e Amadores de Redondo - capitaneados por Hugo Figueira.
E para completar este magnífico cartel, a comemoração dos 75 anos de uma das ganadarias de maior prestígio. A ganadaria ANTÓNIO SILVA irá marcar presença pela primeira vez no Coliseu de Redondo com um sério e imponente curro de toiros.

segunda-feira, 8 de julho de 2019

Do sensacionalismo da tragédia às boas notícias: João Moura Jr e José Luís Gonçalves

Com o sensacionalismo que é usual no CM, é noticiado na primeira página os acontecimentos taurinos deste fim-de-semana. 


João Moura Jr, com o Xeque-mate em Madrid
O jornal diário dá destaque de forma sensacionalista à colhida de João Moura Jr. e ao trágico fim da sua montada estrela, o Xeque-mate, um cavalo como o ferro de Romão Tenório. Lamenta-se e sobretudo o cavaleiro e o criador de tão excelente animal para o toureio. A final ao contrário do que muitos afirmam, o toureio é o jogar a vida em cada lance ou em cada sorte, seja a cavalo ou a pé. Aqui não se faz de conta. Isto não é um filme ou uma telenovela, aqui os acidentes acontecem e morre-se de verdade. 
Os espanhóis dizem e com razão que determinado tipo de jornalismo ‘es de basura’ e esta chamada à primeira página do CM com o titulo ‘HORROR na Festa Brava’ não é mais do que isso. Houve infelizmente casos como o de Ana Batista, Francisco Palha e os dois forcados. Será necessário um fim-de-semana com estes acidentes para que se passe a ter mais respeito por uma tradição secular. A meu ver é mais trágico aquilo que se passa em determinado desporto ou, actuações menos correctas em outras situações do nosso quotidiano. 
José Luís Gonçalves volta à arena do Campo Pequeno 
Destaque, destaque são as melhoras pelas quais José Luís Gonçalves está a passar. Ao fim de cinco anos do acidente sofrido no programa da TVI, o matador de touros português, ao qual sempre me ligou grande Amizade, está a recuperar para que, o seu discurso seja audível e coerente e movendo também os membros. Oxalá se recupere o Homem que nos deixou de forma indelével uma concepção do toureio pelo seu perfume que não esqueceremos a inolvidável crónica no ABC de Vicente Zabala (pai) aquando da sua actuação em Madrid. Tudo de bom Amigo porque o mereces depois de tanto sofrimento.

Vídeo da Corrida S. Pedro Montijo

Montijo - 28 junho 2019 - Rouxinol, Pablo Hermoso e Moura Caetano from Faenas TV on Vimeo.

segunda-feira, 1 de julho de 2019

Zamora – Porta Grande para Ventura e Galán e uma orelha para João Telles, frente aos touros de Romão Tenório.

Depois do triunfo do ganadeiro arronchense na passada feira de Plasência ao cortarem 10 orelhas aos seus touros, a ganadaria do Monte do Tavares era aguardada com expectativa na corrida de rejoneo do dia 30 de Junho na Feira de Zamora. 




Cortaram-se seis orelhas e um rabo aos murubes de Romão Tenório. Cifra que podia ser melhor se Diego Ventura não perde de cortar mais duas no seu primeiro por não acertar com o rojão. Do mesmo se pode queixar João Telles que podia ter cortado uma orelha ao seu primeiro. Do curro que viajou de Arronches destaque para o bravo segundo (de nome Malagueño aplaudido no arraste), quarto e quinto. 
Sérgio Galán andou desenvolto com o seu primeiro (depois do excesso de capotazos) entendeu que os terrenos do touro eram os médios e não os de dentro. Variado na lide que rematou com um rojão e cortou a primeira orelha da tarde. Com o segundo raiou a maior altura com um toureio mais ajustado, colocando-se de frente nas sortes e adornando-se com os ferros de palmo. Levou o entusiasmo aos ‘tendidos’ e cortou duas orelhas.
Diego Ventura esteve magistral com o bravo ‘Malagueño’ com uma lide em que sacou o ‘Lio’ e o ‘Remate’ para uma lide que levou o delírio às bancadas, pelo ajuste nas sortes levando o touro ‘cosido’ ao estribo das montadas. Estava servido o ‘prato’ para que Ventura passeasse as orelhas do touro. Falhou com o rojão e posteriormente com o ‘descabello’. Ficou-se por uma grande ovação e o touro aplaudido no arraste pelas ‘mulillas’. 
Com o segundo do seu lote Ventura soube pelo conhecimento dos terrenos, absoluto domínio das montadas e como dar a volta ao público, com uma lide em sacou ao encastado touro tudo o que este tinha para lhe oferecer. Sabia que o ‘Nazari’ tinha essa capacidade para sacar o touro dos terrenos de dentro e levá-lo ajustado para os terrenos onde deixou ferros de grande emoção e exposição. Contudo a loucura chegou às bancadas quando tirou a cabeçada ao ‘Dólar’ para deixar os pares a duas mãos, conduzindo a montada apenas com as pernas. 
Ventura fez história na praça de Zamora quando o público de pé pedia a duas orelhas e o rabo que premiaram uma grande lide, só ao alcance dos privilegiados.
João Telles teve a colaboração do primeiro do seu lote para o seu toureio mais clássico. Deixou bons apontamentos do toureio frontal, entradas com leves batidas e por vezes com reuniões de exposição. Perdeu com o rojão aquilo que podia ser a sua primeira orelha.
Não estava fácil para o cavaleiro da Torrinha, mudar o rumo dos acontecimentos depois da triunfal actuação de Ventura. Sacou dos galões de uma dinastia toureira, entregando-se para que o público vibrasse com sortes variadas, em especial com um grande ferro em sorte de violino. Esteve certeiro com o rojão. Com toureria num verdadeiro desplante, esperou que o touro tombasse aos seus pés. Como prémio do seu labor, o público exigiu que o presidente Miguel Cepeda lhe conceda uma orelha. (Texto e fotos - Fernando Marques)