segunda-feira, 31 de julho de 2017

Actuação do Grupo de Forcados de Arronches em Beaucaire (França)

O Grupo de Forcados Amadores de Arronches actuaram no sábado na bonita praça francesa de Beaucaire, num espectáculo muito particular com outras formas de tauromaquia
Foram caras Dino Fragoso à sua 1ª tentativa (a emendar Vasco Mouzinho que se lesionou na sua tentativa inicial) toiro pegado à 2ª tentativa; Rafael Pimenta à 1ª tentativa; Tiago Miguel Policarpo à 2ª tentativa.
Foi um fim-de-semana de muitas horas na estrada (3.000km) e graças a Deus já chegaram todos a casa bem de saúde, a excepção do Vasco Mouzinho que se encontra um pouco combalido, contando o grupo com ele já para a próxima actuação.
Recordamos que o Grupo de Arronches estará presente a 4 de Agosto na Ilha Terceira nos Açores, para participar na Feira Taurina da Praia da Vitória.










Feira do Toiro em Alcochete

O empresário António Manuel Cardoso (Toiros e Tauromaquia) anunciou em Alcochete os cartéis para a Feira do Toiro que decorrem em Alcochete de 13 a 16 de Agosto.        
A apresentação contou a com a presença de António RibeiroTelles, um dos cabeças de cartaz desta feira e do crítico taurino Francisco Morgado.
Na apresentação participou ainda um grupo de baile por sevilhanas. O cartaz será publicado logo que nos chegue. (fotos-Maria Mil Homens)





domingo, 30 de julho de 2017

Portugueses em Espanha e França - João Moura Jr. a ombros em Bayona (França), Felipe Gonçalves na Feira de Mérida e Murteira Grave lidou em Úbeda

João Moura Jr. foi o triunfador da corrida de rejoneo que teve lugar em Bayona (França) ao cortar as duas orelhas ao último do seu lote. Alternou com Pablo Hermoso (ovação e orelha) e Lea Vicens (ovação e volta). Lidaram-se touros da ganadaria portuguesa de Rosa Rodrigues. (fotos Roland Castedoat)
A empresa de Mérida anunciou os seus cartéis para a Feira Setembrina que terão lugar a 1 e 2 de Setembro. O português Felipe Gonçalves irá participar no cartel da corrida de rejoneo no dia 2, alternando com Diego Ventura e Leonardo Hernández para lidarem reses de Luís Terrón.
Em Úbeda na sua Feira de San Miguel lidaram-se touros de Murteira Grave pelos matadores Jesus “El Cid”, Manuel Escribano e Lamelas.
Beaucaire (França- 30 Agosto) Novilhos de François André. Mario Palacios, ovação e volta ao ruedo; João Silva Juanito, ovação e volta ao ruedo; Tibo García, orelha e ovação.




VIDEO . Triunfo de Ginés Marín en Santander

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Nazaré voltou a ver o João Moura das grandes actuações

Nem sempre é fácil conciliar o trabalho do meu jornal com a actualidade do Planeta dos Touros. Assumimos que neste blogue nem sempre o mais importante são as crónicas, pois cada vez menos assistimos às touradas que em especial no Verão se realizam em maior número. Tempos houve que entre Portugal, Espanha e França passávamos sempre a centena de touradas ou corridas de touros presenciadas. Hoje temos mais interesse nas memórias vividas e nos artigos de opinião. Talvez seja da idade…
Hoje a nossa Amiga Maria João Mil Homens (cheia de pedalada e afición) mais uma vez nos enviou as fotos da Nazaré. Fazendo fé naquilo que li e me merece crédito, voltou o "Califa de Monforte" à Nazaré com uma grande actuação num cartel com Tito Semedo e o seu filho João.
Os exemplares de Francisco Romão Tenório não deram facilidades aos forcados de Coruche e Monforte.


























segunda-feira, 17 de julho de 2017

1ª Novilhada Nocturna de Las Ventas (Madrid)

Montanchez (Espanha) João Moura Caetano corta 4 orelhas e um rabo e Forcados de Arronches duas pegas à primeira

No passado sábado em Montanchez/Badajoz (Espanha), na improvisada praça de touros na Plaza Mayor, o cartel contou com duas presenças portugueses, João Moura Caetano e o Grupo de Forcados Amadores de Arronches.
Na ausência do anunciado rejoneador Manuel Moreno, a corrida ficou num mano-a-mano entre João Moura Caetano e Sérgio Dominguez, ambos obtiveram o mesmo número de troféus: 4 orelhas e um rabo, frente aos exemplares da ganadaria de San Martín, saíndo em ombros.
Os forcados Amadores de Arronches consumaram duas pegas à primeira tentativa através de Rafael Pimenta e Nuno Carrajola. (As fotos que nos foram enviadas e de pouca qualidade foram obtidas através de telemóvel pelo que pedimos desculpa).



sábado, 15 de julho de 2017

Prémios de Pamplona

Terminada a Feira de San Fermín e cantado o “Pobre de mi”, é altura da atribuição de prémios.

Ginés Marín foi declarado pelo Diário de Navarra como o triunfador da Feria de San Fermín.
Na opinião do jurado pela faena ao touro Gaditano nº 165 de Toros de Cortés ao qual cortou as duas orelhas.
A Comissão Taurina da Casa de Misericórdia de Pamplona, concedeu o prémio para a melhor ganadaria exaequo a Jandilla e Victoriano del Rio. Por sua vez o Prémio Carriquiri para o touro mais bravo foi para “Forjadito” de Victoriano del Rio lidado por Ginés Marín.
O Clube Taurino de Pamplona tornou pública a lista de triunfadores: melhor estocada: Javier Castaño, ao touro “Déjalo”, da ganadaría de Miura, lidado em 2º lugar no dia 14.
Prémio ao melhor par de bandarilhas: Iván García; Prémio ao Maioral, deserto; Prémio à melhor vara, deserto.

Campo Pequeno - Regresso de Pablo dos "velhos" tempos e a magia do toureio de Manzanares

(Merecida volta em ombros e divisão de opiniões na saída pela Porta Grande)
Não pode existir um mano-a-mano entre duas formas de toureio. Como bem explicou o Maestro (Mestre) Mário Coelho no colóquio com que se iniciou esta noite memorável. Colóquio cujo tema "O que é ser Figura" se falou de ser ou não Maestro (Mestre) e se "enfrentaram" egos nos extremos da mesa. Mas adiante. Mário Coelho com clareza deixou dito em palavras sábias, que a base do toureio consiste na triologia: parar, templar e mandar, e isso, só no toureio a pé se pode conseguir, não num tércio de bandarilhas e muito menos no toureio a cavalo ou numa pega. Dito isto e por quem sabe do que fala, não pode existir competição entre um rejoneador e um toureiro a pé, como foi o caso de Pablo e Manzanares.


Pode isso sim, ao juntar-se num cartel duas figuras (toureiros consolidados ao longo das temporadas... e não com uma única) proporcionar um noite de emoções pelas lides de Pablo Hermoso e pelo toureio elegante de Manzanares. Um toureio feito de temple, de muletazos a fazerem parar os ponteiros dos relógios. Com a estética de cada lance ou muletazo de "barbilla en el pecho", de compasso aberto, carregando a sorte e com o mando de "muñecas" sublimes no lancear dos trastes de tourear.
Ao Campo Pequeno depois de algumas passagens menos conseguidas, voltou o Pablo Hermoso de Mendoza. O "velho" Pablo que trazia louca a afición portuguesa, com as suas lides "bebidas" nas águas de Monforte e sublimadas ao extremo. Noite memorável para o de Estella que se colocou de frente, entrando ao pitón contrário, consentindo e rematando os ferros ao estribo. Desfrutou com os galopes a duas pistas, com os recortes por dentro ou com as piruetas. O sorriso estampado no rosto dizia-nos tudo. Pablo reencontrou-se consigo e com o seu público do Campo Pequeno. Tudo com a excelente colaboração dos touros de António Charrua, com volta merecida para o ganadeiro.
Dos touros espanhóis que vieram para José Maria Manzanares, faltou o de Nuñez del Cuvillo, substituído por um de Benjumea e lidou-se os de Garcia Jiménez e Juan Pedro Domecq.
Foi um abanico de toureio de Manzanares, esse que ainda hoje se cantam nas suas faenas de Madrid (a Dalia de Victoriano del Rio) ou Sevilla (2012 com a Puerta del Príncipe), entre outras mais do seu historial de Figura do Toureio.
Manzanares esteve variado com o capote desde largas de joelhos em terra, chiquelinas com a marca "Manzanares", verónicas relantizadas, levando o touro embebido no capote ou os remates com reboleras de sabor "añejo". Mas foi com o quarto da noite que Manzanares pôs o Campo Pequeno de "boca-a-bajo". Faena daquelas que toureiro e aficionado desejam. Sapatilhas atornilladas na arena, embebendo o touro nos vôos da muleta que sacava à frente, relantizava na investida e ajustava-se em cada muletazo. Faena com séries por ambos os pitons, que rematava com esses passes de peito levando o touro pela frente para sacá-lo pela "ombreira” da jaqueta. Um delírio nas bancadas com o toureio a pé, no "reino do cavalo".
Ser figura não é só no toureio, é também na generosidade, e isso demonstrou-o Manzanares depois de parte de faena ao 6º de Juan Pedro Domecq em que carinhosamente convidou o novilheiro português “Cuqui” não só a intervir num quite, como em parte da faena de muleta. Bem esteve o delegado técnico ao não permitir que fosse Joaquim Ribeiro "Cuqui" a simular a estocada. Fê-lo Manzanares sem a "odiosa" bandarilha, mas com a mão, simulando a receber como tão bem executa.

Os forcados de Montemor com uma pega à primeira, outra à segunda e uma à quarta tentativa, completaram o cartel.
Lamentável a divisão de opiniões na volta em ombros de Manzanares e a saída pela Porta Grande, num país em que não se cortam orelhas nem se executa a sorte suprema. Tudo permitido por um regulamento que pode ocasionar situações destas, em que até Manzanares não se sentiu confortável.