quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Talavante reaparece em Zafra para dar a alternativa a Posada de Maravillas

Alejandro Talavante vai reaparecer no próximo sábado em Zafra. Depois de ter sido submetido a provas médicas teve autorização para poder reaparecer.
Assim o matador estremenho estará na Feira de Zafra para o compromisso de mais uma alternativa a um matador de touros da "cantera" da Escola Taurina de Badajoz", em que Morante de La Puebla será a testemunha de mais um matador da família Posada, que se iníciou com o seu avô Juan Posada. que posteriormente foi jornalista taurino.(fonte-mundotoro|Santana de Yepes)

Elvas - Coliseu elvense vai ser o palco da comemoração dos 15 Anos da fundação dos Académicos de Elvas

É já na próxima sexta-feira que o Grupo de Forcados Académicos de Elvas comemora o seu 15º Aniversário no Coliseu Elvense.
A tourada que terá incício às 22 horas tem no cartel um interesse especial, posto que é composto por três jovens valores do toureio nacional como são Moura Caetano, João Moura Jr e Salgueiro da Costa, para lidarem touros da Ganadaria de Pontes Dias. Reservas e informações Telef. 917 131 930

DIOGO DOS SANTOS TRIUNFA EM LA CHIMBA (CHURÍN-LIMA) PERÚ

O matador de touros português Diogo dos Santos arrecadou o Escapulário de La Virgen de Las Mercedes de Chimba no passado dia 26 de Setembro.
Frente a toiros das ganadarias de San Simón e Monte de Olivo, o diestro setubalense cortou uma orelha no seu primeiro e duas no segundo.
Alternaram com o diestro sadino o colombiano Cristobal Pardo (silencio e ovação) o peruano Fernando Roca Rey (orelha e ovação) e o espanhol António Pavôn (bronca e silêncio).
Diogo dos Santos volta a vestir-se de toureio no próximo dia 1 de Outubro, na terceira corrida da Feira “del Señor del Costado” em Santa Cruz (Cajamarca) Perú. Lidam-se seis toiros de San Simon e o diestro português reparte cartel com Juan Carlos Cubas e Cristóbal Pardo.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Campo Pequeno - “Juanito” colhido pelo seu primeiro novilho na mão esquerda foi hospitalizado

Juan Silva “Juanito” sofreu um golpe na mão esquerda na lide do seu primeiro novilho, ontem no Campo Pequeno. Depois de assistido na enfermaria da praça foi transportado para o Hospital de Santa Maria.
Esta quinta-feira no Campo Pequeno foi a da oportunidade de se mostrarem ao público da capital (1/3 de entrada) os novos valores como Parreirita Cigano e Francisco Parreira (a cavalo) e os novilheiros Diogo Peseiro e João Silva “Juanito”.
Salvo o percalço de “Juanito” as actuações foram positivas, bem como as pegas do Grupo do Redondo.
Os novilhos de várias ganadarias tiveram comportamento diverso em que o destaque por bravo foi para o exemplar de Canas Vigouroux. (Fonte e foto-Aplaudos|João Silva).


quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Quatro esperanças do toureio, quinta-feira no Campo Pequeno com ganas de triunfar

Francisco Parreira é um dos mais jovens cavaleiros praticantes. Realizou a sua prova de praticante em Maio deste ano, na novilhada da feira da Ascensão, na Chamusca. Apresentou-se em público como amador, no Montijo, em Fevereiro de 2013.
Tem como grandes referências do toureio a cavalo António Ribeiro Telles e João Salgueiro.
“O meu estilo baseia-se nos clássicos, embora procure dar-lhe uma interpretação própria, pessoal”, assim define Francisco Parreira o seu estilo enquanto cavaleiro tauromáquico.
Encarando a sua apresentação na próxima quinta-feira, no Campo Pequeno, como “um enorme desafio, pois o sonho de qualquer toureiro é pisar a arena da primeira praça do país, mas no meu caso a responsabilidade ainda é maior, pois sou cavaleiro e o Campo Pequeno é, justamente, considerada a Catedral Mundial do Toureio a Cavalo”.
“Vou lá para triunfar!”, conclui o jovem cavaleiro que, nessa noite alternará com “Parreirita Cigano”, outro jovem valor a despontar no panorama tauromáquico português.
Em recentes declarações à revista Flash, “Parreirita Cigano”, disse, a propósito da novilhada de quinta-feira: “Gostava de fechar a temporada com chave de ouro. Chegar ao Campo Pequeno e ‘armar um taco’, chagar lá e por aquilo tudo doido”.
Vem com a ambição de triunfar e promete dar o máximo, embora remeta para o toiro a necessidade de colaborar no desejo do artista. “Ser toureiro significa dar o máximo, mas só quando o toiro sair é que sabemos”, conclui.
A sua ambição é “alcançar o máximo e ser como o Pablo Hermoso, o Diego Ventura ou como foi o senhor Manuel Jorge de Oliveira”, cavaleiro que tem sido determinante na sua evolução artística.
A novilhada de quinta-feira no Campo Pequeno conta ainda com a participação do Grupo de Forcados amadores do Redondo, que comemoram 15 anos de actividade, e dos novilheiros portugueses Diogo Peseiro, aluno da Academia de Toureio do Campo Pequeno, triunfador em Portugal e João Silva “Juanito”, que esta temporada vem triunfando em Espanha.
Diogo Peseiro registou esta temporada importantes triunfos na Figueira da Foz, Arruda dos Vinhos e Aldeia da Ponte. Na Figueira da Foz, alternou, pela primeira vez com um matador de toiros, o espanhol Sanchez Vara, tendo completado o cartel os cavaleiros Luis Rouxinol e João Moura Júnior. “Foi a minha actuação mais marcante desta temporada, durante a qual estive sempre incluído em carteis de grande qualidade”.
“O compromisso de quinta-feira, no Campo Pequeno, é da máxima responsabilidade. Vou disposto a redondear as duas lides, assim os novilhos me ajudem, pois eu estou mentalizado para dar o meu melhor”, refere Diogo Peseiro: 

“Juanito”, aluno da Escola de Toureio de Badajoz, leva cerca de 30 novilhadas sem picadores toureadas esta temporada, em Espanha, com um balanço de 39 orelhas e 3 rabos cortados e o indulto de um novilho da ganadaria portuguesa de Murteira Grave. Lidado em Villa Nueva del Fresno.
“É para mim cumprir um sonho”, diz-nos “Juanito”, a propósito da sua presença nesta novilhada, acrescentando encará-la com a mesma responsabilidade com que encarou as suas duas actuações em Sevilha, esta temporada.
“A estreia no Campo Pequeno é um dia especial para mim. Vou lá para triunfar, pois quero ser figura do toureio”, acrescentou.
Lidam-se novilhos das ganadarias Passanha, Maria Guiomar Cortes Moura, David Ribeiro Telles, Varela Crujo, Murteira Grave e Canas Vigouroux.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Francisco Palha triunfador em Burgohondo e "Juanito" corta uma orelha com petição da segunda

Burgohondo (Ávila) - O cavaleiro português Francisco Palha que em Espanha tem feito grande parte da sua carreira depois da alternativa, foi o triunfador da corrida de rejoneo na feira de Burgohondo. 
Lidaram-se novilhos de Pablo Mayoral, 0 terceiro premiado com vuelta ao ruedo. Martín Burgos, ovação e volta ao ruedo; Francisco Palha, duas orelhas e ovação.

Na mesma feira actuou o novilheiro português João Silva "Juanito" da Escola de Toureio de Badajoz que cortou uma orelha com petição da segunda.

Pablo Hermoso faz história em Nimes

Pablo Hermoso fez história no Coliseu de Nimes. O rejoneador navarro indultou um excelente touro de Fermín Bohórquez (pouco vulgar no rejoneo), de nome "Noblecito" com o nº 81 numa grandiosa lide. Para além das quatro orellhas e rabo simbólicos que obteve, ficou o seu magistério toda a manhã, que terminou com o perdão da vida de "Noblecito".
Fermín Bohórquez que se despedia e a francesa Lea Vicens, obtiveram uma orelha cada a premiar o seu labor.




Ventura pela Porta dos Consules em Nimes

Feira de São Mateus - Marcos Tenório profecta na sua terra


Diz o provérbio que “Santos de casa não fazem milagres”, mas não foi o caso. Marcos Tenório foi o triunfador da noite de 19 de Setembro no Coliseu Rondão Almeida em Elvas, se atentarmos ao conjunto das suas duas actuações.
Lidou-se um curro de Francisco Romão Tenório, bem apresentado, dentro do tipo desta ganadaria, com a configuração córnea dentro daquilo que é o cornegacho ou baixel, por vezes a provocar dificuldade na visão. Dois mais reservados 1º e 4º  (lote de João Moura) e os restantes a cumprirem muito bem, embora prejudicados pelo excesso de areia no piso da praça.
João Moura mostrou uma vez mais os seus conhecimentos da lide com a eleição dos terrenos, por vezes cambiados em exemplares que penderam para os terrenos de dentro. Sacar lide a este tipo de touros não está ao alcance de todos. Esse toureio templado em que tudo é feito com relativa ou aparente simplicidade, está hoje para o “Califa de Monforte” no desfrutar das suas actuações, sublimando o seu toureio que inovou desde os anos setenta. João Moura saiu apesar do lote mais complicado, com um sorriso no rosto de quem cumpriu e desfrutou.
Não nos pareceu que Sónia Matias estivesse nos seus melhores dias. Esteve nesta tourada mermada de faculdades físicas e isso teve reflexo nas suas duas actuações. Não esteve com mão muito certeira na cravagem, algumas dificuldades com as montadas mas, foi inegável a sua entrega. Com dois ferros curtos aceitáveis e tapou-se muito bem para chegar ao público com os ferros em sorte de violino.

Mesmo ausente fisicamente, Joaquim Bastinhas esteve presente nesta noite no Coliseu de Elvas. Não só pelos cartazes desejando-lhe um rápido restabelecimento, como na actuação de Marcos Tenório, em que era papável o querer honrar com o seu toureio, o nome que nesta noite por infortúnio não estava presente.
Esteve soberbo no primeiro em que deu sempre vantagens ao touro, não só dando-lhe essa primazia como nos cites de largo. Levou o touro a centímetros do estribo nos galopes a duas pistas, foi frontal nos curtos enquanto o touro durou. Daí que o nível da actuação que baixou, sofre-se dessa consequência.
A actuação mais redonda, mais conseguida, foi precisamente com o touro que encerrou esta tourada. Entrega, emoção, variedade nas sortes e uma visão de lide que lhe permitiu rematar a sua actuação deixando o touro colocado nos terrenos de dentro, perto do curros, para ali deixar o emotivo par de bandarilhas. Terminada a lide, desmontou ainda com o touro na praça e levantou os braços. Todos soubemos o que aquele gesto significava.
Actuação mais complicada para os Amadores de Évora, sobretudo com a pega do veterano Manuel Rovisco que só se fechou à 5ª tentativa na pega ao terceiro da noite. Francisco Oliveira e Martin Caeiro concluíram logo ao primeiro intento. Pelos Académicos de Elvas pegaram João Bandeiras e João Restolho à primeira e Luís Machado à segunda.
Noite agradável de temperatura com meia casa preenchida, em plenas Festas de São Mateus nesta cidade de Elvas Património da Humanidade.






























sábado, 19 de setembro de 2015

Moita - Maestria, Genialidade e Afirmação.

Para os amantes da tourada à portuguesa (vulgarmente corrida à portuguesa) residia no cartel o interesse em que Paulo Caetano voltava depois de Portalegre, a ser cabeça de cartaz para assinalar na Moita os seus 35 anos de alternativa. O Cavaleiro de Almada, filho adoptivo de Monforte, repartia cartel com Diego Ventura e seu filho João Moura Caetano.
Nos últimos anos a expressão Maestro ou Mestre, tem sido na minha opinião, um pouco vulgarizada. Sem dúvida que Paulo Caetano, ao longo dos seus 35 anos de alternativa construiu uma carreira que o leva hoje a ostentar esse grau de Maestro (mestre).
“Os mestres procuram expandir e desenvolver habilidades para a resolução de problemas disciplinares, interdisciplinares ou profissionais, e as ferramentas básicas que permitem que um pesquisador em uma área específica da ciência, as artes ou a tecnologia, que permitem aprofundar o conhecimento teórico e conceptual em um campo”. 
Esta discrição aceite e reconhecida através das enciclopédias, pode aplicar-se a Paulo Caetano. Só um verdadeiro Mestre na arte do toureio, tem essa capacidade de desenvolver através do conhecimento e de ferramentas, poder resolver numa arena uma lide como lhe apreciámos no primeiro touro da sua própria ganadaria. Um touro com problemas de visão mas, encastado, colocaria problemas a alguém que não tivesse esse grau de Maestro. Esse conhecimento, esse saber estar, conhecer o problema e a forma como o resolver. Paulo Caetano teve esse poso, como dizem nuestros hermanos, essa capacidade de andar ligado e, por paradoxal que pareça, dar distâncias ao touro quando necessário, para lhe tapar esse defeito e convertê-lo em "virtude". 
O público, mesmo o menos conhecedor, entregou-se a essa Maestria do cavaleiro e valorizou o seu desempenho com fortes aplausos. O Mestre montou cátedra nesta noite especial na Moita. Com o seu segundo, um touro fora de tipo daquilo que vemos na sua ganadaria (pareceu-nos um touro mais em tipo da origem da ganadaria) fora do encaste Domecq, o ganadeiro das Esquilas deu novo toque de Mestre, quando convidou os seus alternantes (Diego e João Benito) para lidarem em trio este exemplar, que manifestamente apresentava dificuldades. 
Devemos dizer que, com excepção do primeiro que pese o problema de visão foi encastado, todos os restantes cumpriram, sendo mesmo bravo e nobre o primeiro lidado por Diego Ventura.
Depois de falar da Maestria há que falar da Genialidade. É inquestionável essa genialidade intrínseca que Diego Ventura tem e aportou ao rejoneo em Espanha. A disputa constante do ceptro do rejoneo ao Navarro Pablo Hermoso, que está consubstanciada nas variadíssimas portas grandes de Sevilha e Madrid, para além de todas as outras (o recente corte do primeiro rabo em Albacete por um rejoneador) fazem de Diego Ventura o maior fenómeno de popularidade em todo o mundo taurino. 
Diego Ventura junta por vezes o espectáculo do rejoneo com o mais ortodoxo do toureio a cavalo praticado pelos mais puristas em Portugal. A forma como tem os seus cavalos arranjados, como se arredondam nas sortes. Há como que um misto da batida e a entrada ao pitón contrário, com as montadas a levarem o touro metido como que nos vôos de uma muleta. Foram duas lides empolgantes, aplaudidas, ainda com a vantagem da recolha do seu segundo por alguma dificuldade de locomoção, correr turno. Diego acabou por encerrar o espectáculo debaixo de grande ovação, com pedidos insistentes de mais um ferro.
Posto isto vem então à Afirmação. João Moura Caetano, sendo jovem já tem uma carreira em que encontrado o conceito da sua própria tauromaquia, mostra temporada após temporada, que já não é uma promessa mas sim um caso de forte Afirmação. Prima por dar vantagem aos touros, para sempre que necessário, a ligação estar presente nas suas lides. As pausas são importantes no seu conceito de lide e a espectacularidade dos ferros ajustados com leves batidas ao piton de fora, ou os galopes a duas pistas, levam o público ao delírio. Não foi uma noite fácil estar num cartel ombreando com seu pai e Diego Ventura. Esteve à altura das circunstâncias e reclamou para si, pela constância e perseverança, que é um caso de afirmação. 
Paulo Caetano foi obsequiado na arena pelo Município, pela empresa, e a proprietária da praça. Contou com a presença nas bancadas do Presidente da Câmara Municipal de Monforte e Presidente da Assembleia Municipal numa manifestação de apoio. Durante o intervalo foi descerrada uma lápide nos corredores da Daniel do Nascimento que ficará a assinalar a efeméride. Paulo Caetano reconheceu o apoio que recebeu nos seus inícios nesta praça e da Sociedade Moitense de Tauromaquia.
Em ano de efeméride o Grupo do Aposento da Moita, voltou a encerrar-se com seis touros na sua praça com seis pegas ao primeiro intento. Sinal de maturidade, espirito de companheirismo e uma coesão no momento das pegas, que fazem com que tudo pareça fácil. Foram solistas nesta noite Francisco Baltazar, José Broega, Martin Oliveira, Bruno Inácio, João Rodrigues e José Bettencourt. Tudo isto perante cerca de três quartos da lotação da praça preenchidos com um público dispostos a desfrutar de uma grande noite de touros. 
(fotos|Planeta dos Touros)