quinta-feira, 13 de junho de 2019

João Borges - Manifesto 'Verdade e Integridade'

João Borges

Prezado Amigo,

Há alguns anos atrás deu-me a oportunidade de falar sobre o nosso grande projecto para a renovação do CAMPO PEQUENO. Aos microfones da sua rádio, falou um homem que sabia o que queria e o que não queria... . 

Realizámos e ultrapassámos naqueles anos seguintes tudo o que eu sempre quis, dotando Lisboa e a Tauromaquia de um espaço com condições excelentes. Foi com uma grande alegria e sentido de responsabilidade que vi, finalmente, reabrir ao público, a 18 de Maio de 2006, o projecto do NOVO CAMPO PEQUENO, para o qual me constituí como impulsionador primordial no seio da minha família.
Fui, de facto, eu, quem decidiu e fez decidir avançarmos com a grande obra da Novo CAMPO PEQUENO. Pouca gente o sabe, porque o meu temperamento impediu-me de andar a alardear presunção relativamente ao que fizemos. Sou assim, e nem sempre compreendido.
Há meses que vou procurando ajudar a desvendar aspectos legais e contratuais que constituem o quadro da protecção jurídica da nossa Cultura identitária, com eixo na Praça do CAMPO PEQUENO. Publiquei um extenso MANIFESTO intitulado “ Verdade e Integridade “, e espero poder contribuir para o movimento que terá que levantar-se entre todos os que se respeitam como portugueses, orgulhosos das suas raízes.
O Mal que nos foi feito nestes anos não nos matou, mas quase. Gente desleal e traidores irresponsáveis passaram a movimentar-se livremente, levados ao colo, em ombros até, pela ingenuidade e bom carácter, quase inocência, de tantos aficionados que foram, de facto, convencidos, de que o CAMPO PEQUENO só seria salvo pela “mão zelosa” de quem acabava de “desembarcar” na Festa e nada sabia dela, apoiados na equipa da casa. Enfim, asneiras.
O meu avô madeirense, João Maria, dizia uma coisa com graça - “ A Inteligência é a Esperteza com asas..., e a Esperteza é a Inteligência com patas... “ .... . Tem pontificado a Esperteza, e a falta de Ética no ambiente taurino,...e a Estética, que é essencial, tem que ser urgentemente resgatada das mãos dos ignorantes e verdadeiros adversários da Tauromaquia Nacional. Eles andam entre nós, presumindo e “mandando” sem carácter, e sem a devida elevação.
Em 2017..., fui empurrado para assistir à Corrida dos 125 anos, e devo confessar que saí envergonhado com tanta falta de gosto e desrespeito pelo novo CAMPO PEQUENO.
O que lá vi passar-se traduz um baixíssimo conceito do que deve ser oferecido ao nosso respeitável Público. Uma autêntica TAUROTRAPALHADA, deixada à pseudo-gestão de uma equipa à deriva. O nosso esforço de promotores merece RESPEITO. E não tem havido o respeito que é devido, a nós, e, sobretudo, ao nosso Público.
O ano passado, pude decidir voltar atrás e começar a preparar um conjunto de medidas que têm que nos libertar das “espécies invasoras”, que tomaram de assalto, uma empresa concessionária, a nossa sociedade promotora, detentora de um enorme valor empresarial, mas que o seu accionista Millennium BCP tudo fez para deitar abaixo.
Esqueceram-de da responsabilidade do Contrato Público, de longo prazo, 99 anos, que foi a base jurídica da nossa decisão de investir e realizar a nossa grande obra.
O BCP nada mais fez que comprometer-se a apoiar-nos como BANCO EXCLUSIVO. E NÃO CUMPRIU COM AS SUAS OBRIGAÇÕES, ao mesmo tempo que no sistema bancário os “grandes amigos” eram financiados para nada realizarem, ...e sem sequer prestarem garantias pessoais.
De facto, o meu JB não se confunde com o JB de JOE BERARDO, esse magnata do reino dos basbaques a que o nosso país chegou.
Os que roubaram e nada fizeram fôram profusamente condecorados. Nós, que nos endividámos, que promovemos e concretizámos, fomos tratados de modo vergonhoso, e recebemos a COMENDA do GRANDE DESGOSTO.
Neste momento, deixo-lhe aqui registado, como cidadão, que este assunto não ficará como pensam aqueles que tanto mal têm feito ao CAMPO PEQUENO, e à Tauromaquia Nacional. Estamos proibidos de pactuar com traidores. Os verdadeiros aficionados terão que estar unidos, com inteligência e critério, e forte consciência e sentido crítico.
Contarei sempre com o meu Prezado Amigo, entre aqueles que se destacam pela VERDADE e INTEGRIDADE. São essenciais estes pilares, entre todos aqueles que ainda se lembram de ser portugueses.
Vamos a animar e a pôr grande dinamismo nas nossas acções. Temos que tocar a UNIR.
Um Forte Abraço,
PS: Está, óbviamente, autorizado a retransmitir o conteúdo desta minha missiva a toda a gente de BEM que conheça.