segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Ana Rita volta a casa com resultado positivo depois de mais 3 corridas de toiros em Espanha.

Zarza la Mayor – Cáceres, 24 de Agosto quarta-feira, corrida de rejoneo, apresentou-se frente a astados de Antonio Román, tendo também toureado os rejoneadores, Raúl Martín Burgos, volta e duas orelhas, Ana Rita, duas orelhas e ovação e Sebastián Fernández, duas orelhas e orelha.
Riopar – Albacete, 27 de Agosto sábado, corrida de rejoneo, apresentou-se frente a astados de Bernardino Piriz, tendo toureado com Pencho Solano, duas orelha e duas orelhas e Ana Rita duas orelhas e duas orelhas.
Alba de Tormes – Salamanca, 28 de Agosto domingo, corrida mista, frente a astados de Hermanos Mateos, Ana Rita, ovação seguida de volta, Alejandro García Gutiérrez “Alejandro Mora”, ovação David Salvador, palmas e José Bonilla, duas orelhas.
Até final da temporada, Ana Rita terá cerca de 12 corridas em Espanha.



GRANDE CORRIDA LUX COM COMPETIÇÃO IBÉRICA - 8 Setembro no Campo Pequeno

As duas maiores figuras mundiais do toureio a cavalo dos últimos 30 anos, os portugueses João Moura e o espanhol Pablo Hermoso de Mendoza, acompanhados pelo jovem João Moura Jr., reencontram-se a 8 de Setembro no Campo Pequeno, para um confronto ibérico entre duas expressões da mesma arte.
João Moura é o grande revolucionário do toureio a cavalo do último quartel do século XX. Mostra em cada actuação que a sua arte e arrojo ainda não conheceram limite. Pablo Hermoso de Mendoza foi buscar a João Moura a inspiração para desenvolver a sua forma peculiar de sublimar o rejoneo.
Com eles alterna João Moura Jr., porventura o mais fiel intérprete da escola criada por seu pai, sendo já uma figura cimeira do toureio a cavalo.
Pegam os grupos de forcados amadores de Tomar, Portalegre e Aposento da Chamusca, sendo lidados seis bonitos toiros de Romão Tenório.

"Juanito" vê-se privado em Mont de Marsan de um grande triunfo ao falhar com o estoque

"Juanito" deixou bom ambiente na novilhada concurso de Saint Perdon, em Mont de Marsan
Teve lugar ontem, no coso de Le Plumaçon a novilhada organizada pela Peña La Muleta.
O festejo contou com reses de Pinto Barreiros, Murteira Grave, Miguel Zabalos, Pedraza de Yeltes, Aurélio Hernando e Coquilla de Sanches Arjona.
O novilheiro português João Silva “Juanito” destacou-se pela excelência de duas faenas que estropiou com o estoque.
O novilheiro de Monforte e aluno da Escola de Toureio de Badajoz, deixou bom ambiente e a garantia da organização de o repetir no próximo ano. “Juanito” alternou com o estremenho Juan Carlos Carballo e o mexicano Luis David Adame.


VIDEO - López Simón encontrou ao cortar 4 orelhas o remédio para a "ansiedade"

sábado, 27 de agosto de 2016

O "colapso" de Lopez Simón em Bilbao

Muitos dos que viram ontem a corrida de Bilbao, concerteza que se interrogaram sobre o que aconteceu a López Simón. O boletim clínico dizia que foi um ataque de ansiedade (alcalosis respiratoria). Parece uma coisa estranha num toureiro que a diário joga a vida. No entanto, por detrás do toureiro, dentro do seu traje de luces, está sempre o Homem, o ser humano que, por muito preparado que esteja, também tem sentimentos e emoções.
Aqueles que já um dia passaram por um estado anímico destes, como é um ataque de ansiedade, sabem que é muito difícil de controlar, porque abala o sistema nervoso.
Sigo López Simón desde os seus tempos de novilheiro. Comecei a vê-lo quando tinha como seu apoderado e “guia espiritual” o saudoso António Corbacho, o homem que foi mentor de José Tomás e Talavante em determinada altura.
López Simón é um jovem muito sensível, de uma interioridade que trespassa nas suas palavras quando entrevistado. Tem uma noção da vida muito sua. Refere-se ao touro muitas vezes que dizendo que "temos que respeitar o animalzinho que nos entrega a vida para podermos fazer arte". Isto não são frases feitas, antes pelo contrário sentidas. Ontem em Bilbao o público foi duro com os toureiros. Atribuiu-lhes as culpas da corrida se transformar num mano-a-mano, quando todos já pensavam por alguma pressão dos media, que Javier Jimenez de pois do seu triunfo em Madrid, iria substituir Andrés Roca Rey.
López Simón acusou para mim essa atribuição de culpa e disse-o nas suas palavras a David Casas. O colapso começou aí. Amanhã vai tourear seis touros e entregar os seus honorários a uma instituição. Leva 49 corridas feitas, muitos quilómetros percorridos, muito cansaço e a primeira temporada na frente do escalafón com a "obrigatoriedade" de triunfar todas as tardes. Tudo isto somado, justifica para mim o que aconteceu ontem em directo a López Simón. (foto-Manu de Alba)



sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Corrida TV, quem te viu…e quem te vê

Já há algum tempo deixei de ir ao Campo Pequeno. A idade e a saúde já não me permitem esse esforço que pressupõe os quase quinhentos quilómetros de deslocação, com a viagem feita à noite. Durante muitos anos frequentei a primeira praça do nosso país e, coube-me a honra de fazer na Rádio Renascença a entrevista ao Dr. João Borges, antes das obras que nos trouxe o novo e moderno Campo Pequeno.
Não quero dizer com isto que não esteja informado do que por lá se passa, até porque, o meu Amigo Paulo Pereira, faz-me chegar ao Planeta dos Touros a informação, como também os meus companheiro do Faenas TV e do Sol e Toiros me enviam os vídeos das touradas ali realizadas.
Ontem como talvez alguns milhões de portugueses assisti à 52ª Corrida da Casa do Pessoal da RTP, e foi desolador de ver o aspecto das bancadas com muita mancha vermelha das cadeiras desertas. O cartel de grande interesse com a ortodoxia de António Telles, os recursos de Luís Rouxinol a entrega de Marcos Bastinhas, os touros de Murteira Grave e Forcados de Santarém e Aposento da Moita, era motivo mais que suficiente para encher a praça lisboeta.
Sem ser necessário fazer grande exercício de memória, aqui há uns anos atrás, este cartel era de casa cheia. A tourada em si foi um êxito artístico para os cavaleiros, com Luís Rouxinol a levar para casa mais um prémio. O que vimos isso sim, foi um curro do meu caro Amigo Joaquim Grave, com quatro touros a darem essa emoção que muitas vezes falta ao espectáculo. Os três da primeira parte com mais emotividade e um trapio de Madrid deram seriedade ao espectáculo, sabendo nós compreender o seu contentamento no final, dada a sua paixão como aficionado e ganadeiro.
António Telles com o seu toureio frontal, entrando recto aos touros e consentindo as reuniões debaixo do braço, mostrou uma vez mais como se executa o toureio “sin trampa ni carton”. Toureio puro, equitação superior com esses “ares da Torrinha”
Luís Rouxinol como uma das outras figuras do nosso toureio, com uma carreira cimentada em muito trabalho e devoção à sua profissão, é hoje reconhecido como um cavaleiro que, quase sempre, tem recursos para lidar todos os touros. Falamos de lidar, não de espetar ferros.
Marcos Bastinhas depois de percalço sofrido e já recuperado integrava um cartel com as duas máximas figuras actuais do toureio nacional. Era um desafio para um jovem cavaleiro que tem como principal atributo a entrega. Deixar na arena tudo o que tem para dar, goste-se mais ou menos do seu estilo. Ganhou com cresces este desafio, sobretudo na lide do seu primeiro.
Nos grupos de forcados notou-se perfeitamente que estão numa fase de renovação, daí que nem sempre as coisas saíssem da melhor forma. Não deixaram por isso de dar o seu melhor e honrar e prestigiar os seus grupos.
Só faltou o público e, para isso, só encontro uma razão: Final do mês de Agosto, muita gente de férias e, os emigrantes que há uns anos não dispensavam esta Corrida TV, hoje os mais velhos estão desiludidos com o país em que os bancos lhes “roubaram” as poupanças de uma vida, e a geração mais nova, já não tem essas raízes que os possa ligar a esta tradição tão nossa.
Daqui a concluir: Corrida TV, quem te viu…e quem te vê!

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Portugueses em Espanha - "Juanito", Ana Rita e Forcados de Arronches

Hoje em Casavieja (Ávila) João Silva "Juanito" cortou uma orelha a um novilho de Ferando Peña e escutou ovação no seu primeiro.
Ana Rita cortou duas orelhas e deu volta ao ruedo em Zarza la Mayor (Cáceres), onde se lidaram novilhos de António Román Chaparro. Nesta corrida pegaram os Forcados de Arronches. Tiago Policarpo e Pedro Santos foram assistidos no hospital de Coria.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Grupo de Forcados Amadores de Arronches em corrida com Pablo Hermoso

É sabido que, durante muitos anos, a maioria das corridas pegadas pelos Amadores de Arronches, tiveram lugar em Espanha. Este mês de Agosto termina com uma actuação em Zarza La Mayor e Setembro em Lucena, integrados num cartel de luxo com Pablo Hermoso de Mendoza, Lea Vicens e Manuel Moreno



sábado, 20 de agosto de 2016

Cortadas onze orelhas a touros de Passanha, Santa Maria e Rosa Rodrigues em Espanha

Em Ciudad Real os touros de Passanha de bom jogo permitiram a Sergio Galán, orelha em ambos; Diego Ventura, orelhaa e duas orelhas; e Leonardo Hernández, orelha e orelha. Entrada: Menos de dois terços.
Em Tafalla, também com dois terços de entrada, os touros de Santa María e Rosa Rodrigues, desiguais em presentação e jogo: Andy Cartagena, silêncio e duas orelhasas; Roberto Armendáriz, silêncio em ambos; e Mario Pérez Langa, orelhaa e orelha com petição da segunda. (foto G. Arjona)

Actuação e colhida de Roca Rey em Málaga

Campo Pequeno: 124 anos de história, cultura e tradição

Comemoram-se 124 anos sobre a inauguração da Praça de Toiros do Campo Pequeno, a “catedral mundial do toureio a cavalo”, verdadeiro “ex-libris” da tauromaquia portuguesa, ponto de encontro entre a história, a cultura e a tradição. Pela arena do Campo Pequeno passaram as maiores figuras da tauromaquia mundial, tanto no que respeita ao toureio a cavalo como ao toureio a pé e aos grupos de forcados, tal como no referente a ganadarias. 
O Campo Pequeno afirma-se na actualidade, para além da tauromaquia, como palco das mais diversas manifestações artísticas, culturais e politicas, factos só possíveis depois das obras de restauro e requalificação que tiveram lugar entre 2000 e 2006.
Sendo uma das mais importantes salas de visita de Lisboa, o Campo Pequeno foi também testemunha e “interveniente” em grandes acontecimentos políticos do século XX, entre os quais uma mudança de regime (da Monarquia para a República, em 1910) e de diversos golpes de estado ocorridos depois da implantação da República.
O edifício, cujo projecto é da autoria do Arquitecto António José Dias da Silva, constitui uma das principais construções em estilo néo-árabe existentes em Portugal. A monumental praça, de forma circular e dotada de janelas de arcos de ferradura e ameias, tem quatro torreões orientados segundo os quatro pontos cardeais e que são encimados por cúpulas em forma de bolbo. A superfície do edifício é integralmente revestida com meio milhão de tijolos vermelhos, dando-lhe uma aparência típica da arquitectura ibérica. A escolha deste estilo arquitectónico deveu-se à crença corrente no século XIX de que as corridas de toiros teriam uma origem árabe, o que não corresponde à realidade.
A praça de toiros do Campo Pequeno é propriedade da Casa Pia de Lisboa, entidade que, por força da publicação da Carta de Lei de 21 de Agosto de 1837 (Reinado de D.ª Maria II) detém o exclusivo das touradas pagas, ou seja, aquelas que são organizadas com fins comerciais. Por esta razão, nos dias de hoje, o Campo Pequeno contribui com 700 mil euros anuais para esta instituição social, sendo uma das suas principais fontes de financiamento.
Recordemos os nomes daqueles que integraram o cartel inaugural do Campo Pequeno, a 18 de Agosto de 1892: Cavaleiros: Alfredo Tinoco e Fernando de Oliveira. Bandarilheiros: Vicente Roberto, Roberto da Fonseca, José Peixinho, João Calabaça, João Roberto e os seus colegas espanhóis Felipe Aragón “Minuto” e “Pescadero”. Toiros de Infante da Câmara e um grupo de forcados.




sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Os criticos e cronistas taurinos dos anos oitenta com Vitor Mendes

Os críticos e cronistas taurinos dos anos oitenta (alguns já falecidos infelizmente) na companhia de José Maria Hurtado e Vitor Mendes num jantar de confraternização com o toureiro de Marinhais no apogeu da sua carreira em Espanha
(foto do arquivo do meu amigo António Velez e que me enviou gentilmente)


quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Porta Grande para López Simón em San Sebastian

Quietude, colocação, ajuste nos muletazos, muñeca e espada, condimentos para o triunfo do toureiro de Barajas

Cristina Sanchez: “Que faço aqui? Tudo merece a pena se pego 25 muletazos como gostaria”

Palavras de Cristina Sanches a Iñigo Crespo da revista Aplausos com motivo do seu regresso por um dia aos ruedos.
A toureiro madrilena volta a vestir-se de luces no próximo dia 20 em Cuenca e por uma boa causa. Cristina Sanches marcou uma época rompendo barreiras e impondo-se como um toureiro mais, triunfando nas mais importantes praças.
(…) Cristina Sanches considera que “uma ocasião assim, uma oportunidade assim, só a pudemos ter os toureiros e por isso merece a pena o sacrifício, a preparação, a responsabilidade, a superação. Tudo merece a pena e muito mais se Deus me oferece esta oportunidade de pegar 25 muletazos a um touro como gostaria de fazê-lo”, afirmou (Foto: Romera)

Forcados de Arronches, Monforte e Alcochete em Alburquerque na encerrona de João Moura Caetano

João Moura Caetano vai comemorar os seus 10 Anos de Alternativa encerrando-se com 6 touros da ganadaria de Paulo Caetano e de Maria Guiomar Cortes Moura. 
Nesta corrida na localidade da Extremadura espanhola de Alburquerque, é prestada merecidíssima homenagem ao grande taurino Jacinto Alcón que foi apoderado entre outros, dos portugueses José Samuel Lupi, João Moura, Paulo Caetano e João Moura Caetano. Para rematar o cartel a inclusão dos Grupos de Forcados de Arronches, Monforte e Alcochete.
Uma tarde de touros à portuguesa em terras de Espanha, em que espera a presença de muitos portugueses desta região pela proximidade com Alburquerque.

Marcos Bastinhas reaparece amanhã em ABIUL

A próxima corrida de sexta-feira dia 19 de Agosto em ABIUL, será o encerramento de uma das grandes feiras taurinas da temporada 2016. Esta corrida tem o aliciante e a boa notícia, do ressurgimento do cavaleiro Marcos Bastinhas, que se lesionou recentemente e reaparece após não poder ter estado presente nos seus últimos compromissos.
Assim na sexta feira dia 19 de Agosto em ABIUL pelas 22h00, teremos na praça de toiros mais antiga de Portugal, o regresso do popular ginete e figura do toureio Marcos Bastinhas, que repartirá cartel com Jacobo Botero e Rouxinol Junior, para lidarem um impressionante curro de toiros da divisa de Cunhal Patrício. Para as pegas, estarão em praça os grupos de forcados do Aposento do Barrete Verde de Alcochete e os de Alter do Chão.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Em memória de D. João Passanha

Temos por hábito dizer quando alguém parte, seja ou não nosso próximo: É uma pena, porque era boa pessoa. Neste caso e pelo que me foi dado viver, nunca esta frase fez tanto sentido.
D. João Passanha partiu aos 72 anos de idade, quando foi chamado para outra vida. Era como muitos dos outros ganaderos, um grande aficionado e uma pessoa de bem. De trato afável, Amigo do seu amigo e tinha pela festa dos touros uma paixão muito grande que, felizmente, conseguiu transmitir ao seu filho Diogo.
Privei muitas vezes com ele através da amizade com o saudoso José Lino. Em Lisboa na sua residência, recebeu-me num serão a mim e à minha mulher. Logo nessa ocasião convidou-nos para passarmos um dia com ele e sua esposa na herdade da Pina. Esse dia jamais saiu da nossa memória, pela atenção inexcedível que nos dispensou e que terminou ao final da tarde a ver a vacada e os touros de saca.
Estive na Pina por outras ocasiões em tentaderos. Um que recordou com imensa saudade foi com o Rui Bento Vasquez e o José Luís Gonçalves, pelo significado que se imagina. Morreu um grande ganadero e sobretudo um ser Humano de grande sensibilidade. D. João, onde quer que esteja, que tenha alcançado a Paz e Harmonia que espalhou à sua volta nesta passagem terrena. Até sempre!

João Maria Branco corta duas orelhas em Siguenza (Espanha)

O cavaleiro estremocense João Maria Branco, triunfou ontem em Siguenza após cortar as duas orelhas ao seu segundo novilho de Luis Frias. Alternou com Ginés Caratagena que obteve igaul número de troféus.


Porta Grande para "El Juli" no confronto com José Tomás em San Sebastian

Zabala de La Serna escreveu em "El Mundo" que "Um circulo roxo encerra o 14 de Agosto no calendário. San Sebastian espera com a sua calma azul um choque de fenómenos. A colisão do tsunami habitual de José Tomás contra a força telúrica de "El Juli". A explicação sísmica do planeta dos touros no último quarto de século. Dois conceptos frente a frente. Mais além das suas tauromaquias, duas maneiras de ser, estar e viver no toureio. Caminham até às 50 tardes de rivalidade. Vão nas 46. Há dados: 74 orelhas para El Juli, 64 para José Tomás; 25 portas grandes de Juli para 21 de Tomás.Não é qustão de golos, não se trata de ganhar ou perder, é algo mais profundo. a onda Juli."(Zabala de La Serna “El Mundo”). Ontem no final da tarde "El Juli" uma vez mais pela porta grande em duas lides distintas aos touros de Domingo Hernández.

sábado, 13 de agosto de 2016

JÁ ESTÁ À VENDA A “NB” 330

Já está à venda a revista NOVO BURLADERO N.º 330, referente ao mês de Agosto que, tal como prometido no mês passado, é dedicada à memória de DAVID RIBEIRO TELLES. Para além de uma desenvolvida e detalhada biografia do Mestre, há fotos inéditas, uma grande entrevista com António Ribeiro Telles e vários textos excepcionais, da autoria de José Maldonado Cortes, Luís Miguel da Veiga, José Luís Núncio Fragoso, Luís Valença Rodrigues, Madalena Ribeiro Telles e Manuel Ribeiro Telles Bastos. A homenagem que o Mestre merecia!
Com a temporada a decorrer, a NB esteve nas corridas do Campo Pequeno, Montijo, Vila Franca de Xira, Évora, Caldas da Rainha, Setúbal e Salvaterra de Magos, onde Roca Rey encheu a praça e arrasou. Também na Moita, onde arrancou o II Ciclo Nacional de Novilhadas das Escolas de Toureio. Na praça espanhola de Santa Amália, a NB presenciou o triunfo de Paula Santos. Em artigo de opinião, Diogo Palha assina um pertinente texto relativo à actualidade da nossa Festa. Morto por um toiro em Teruel, é dedicada a Víctor Barrio, uma derradeira homenagem a mais uma vítima da Festa. O Ribatejo continua em Festa, e por isso há reportagem do Colete Encarnado e das Festas do Porto Alto, dando destaque para a picaria e para a prova de destreza de campinos.
Para além de tudo isto, poderá ainda ler, como é hábito, Tertúlia “NB” (David Leandro), Recordações a Preto e Branco (António José Zuzarte), As Fotografias com História (Duarte Chaparreiro), Pelo Mundo do Cavalo (Mestre Luís Valença) e Crónicas de Burladero (Bernardo Patinhas). Em Cartaz de Toiros apresentamos o roteiro mais completo.
Não deixe de ler mais uma NB muito variada e recheada de artigos de interesse. Acompanhe a NB no facebook (www.facebook.com/NovoBurladero) colocando like na página.


João Moura Caetano comemora 10 anos de alternativa com exposição

No passado dia 11 de Agosto no Centro Interpretativo Tauromáquico de Monforte, foi inaugurada a exposição comemorativa dos 10 anos de alternativa de João Moura Caetano.


Na abertura da exposição a que assistiram, familiares, amigos ou simples aficionados o Presidente da Câmara Municipal de Monforte, Gonçalo Lagem, recordou o percurso de João Moura Caetano que, embora não tenha nascido em Monforte, "veio para esta vila muito pequeno e hoje é um monfortense assumido como cavaleiro tauromáquico, homem ligado à terra como agricultor, e um defensor acérrimo dos valores da vila que o adoptou como um mais dos seus, afirmou o edil.
João Cortesão amigo de João Moura Caetano, e crítico taurino, autor de um blogue de tauromaquia (Sortes de Gaiola) fez o elogio do cavaleiro de forma eloquente e, diria até poética, terminando por dizer que é para ele um privilégio ter João Moura Caetano como Amigo. Depois da exposição, onde foi exibido um vídeo sobre a carreira de Moura Caetano, no jardim fronteiriço ao CIT, foi servido um beberete a todos os presentes na abertura desta exposição.




quarta-feira, 10 de agosto de 2016

PEDRITO DE PORTUGAL SÁBADO NA FIGUEIRA DA FOZ

O matador de touros Pedrito de Portugal regressa no próximo sábado, 13 de Agosto, pelas 22h30 a uma das praças talismãs da sua carreira: a do Coliseu Figueirense.
Ao longo da sua carreira, a praça de touros da Figueira da Foz pautou-se como um dos palcos de inúmeros triunfos de Pedrito de Portugal no nosso país, e onde se concentram grande parte dos seus mais acérrimos seguidores.
Na única aparição anunciada para esta temporada, Pedrito de Portugal é um dos grandes aliciantes da corrida do Correio da Manhã Centro, que conta ainda com a presença de António Telles e João Moura Jr, e os forcados Amadores de Vila Franca e Alcochete. Os touros são de Pinto Barreiros e São Torcato.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Morante não tem razão…quanto ao touro de hoje

Confesso-me como Morantista assumido, porque nesta coisa do toureio, sempre preferi o Olé ao Ai. Ou seja, o toureiro artista, o que estrutura a faena na frente do touro, àquele que traz a faena pensada no quarto do hotel. 
No entanto não posso concordar com a recente afirmação de Morante de La Puebla, quando afirmou que "hoje está-se a criar o touro mais para o toureiro com muita técnica". Quer com isto Morante dizer, penso eu, que em prejuízo do toureio de pellisco, do toureiro artista. Ora é aqui que não estou de acordo com esta afirmação. Hoje está-se a criar o touro que as figuras hoje, como ontem, sempre exigiram. Começou-se pelo "touro artista", cuja nobreza a raiar muitas vezes a mansedumbre, desiludiu muita gente. Touros "aborregados", o monoencaste, sem aguentarem a sorte de varas e presos por alfinetes, caindo durante as lides. Logo vieram os "correderos”, porque diziam que os touros são atletas de alta competição e, para aguentaram as faenas de cinquenta muletazos de hoje, era necessário que corressem duas ou três vezes por semana.
Chegados aqui, com mais ou menos resultados, os ganaderos com o direito que lhes assiste, querem lidar em Madrid. Aí estão os veterinários e o célebre Sector 7 a impor o "mastodonte", o touro saído de tipo, que nada tem a ver com a sua morfologia originária do seu encaste. Por tudo isto, respeitado Maestro, não estou de acordo consigo.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Juan del Álamo apoderado por Rui Bento Vasques com oito importantes corrida em Agosto e Setembro

O matador de toiros espanhol Juan del Álamo, apoderado por Rui Bento, tem oito importantes compromissos de 14 de Agosto a 14 de Setembro, que o levarão, entre outras, às feiras de Dax, Bilbau, Palencia e Salamanca, sendo que nestas duas ultimas foi o triunfador da edição de 2015.
Álamo estará presente nos dias 14 e 15 de Agosto na feira de Dax (França). A 14, alternará com o espanhol “Rafaelillo” e o mexicano Joselito Adame, com toiros de Pedraza de Yeltes. A 15, com toiros de Baltasar Iban, terá por companheiros de cartel o espanhol Paco Ureña e o francês Tomás Duffau.
A 16 de Agosto, em Cantalejo (Segóvia), actua numa corrida integrada numa feira de homenagem ao matador de toiros Victor Barrio, recentemente falecido. Juan del Álamo partilhará cartel com “Morenito de Aranda” e o novilheiro Igor Pereira, na lide de reses de Valdefresno.
A 17 de Agosto, em Guijuelo (Salamanca), alternará com José Garrido e o peruano Andrés Roca Rey, na lide de toiros de Vellosino.
Em Bilbau, no dia 22 de Agosto, Juan del Álamo terá por companheiros de cartel Juan José Padilla e Joselito Adame, na lide de toiros de Puerto de San Lorenzo.
No dia 27 de Agosto, em Peñaranda de Bracamonte (Salamanca), perante toiros de Valdefresno, a terna é composta por Paco Ureña, Juan del Álamo e Juan Leal (Francês).
A 3 de Setembro, em Palencia, Juan del Álamo terá por companheiros de cartel o francês Sebastián Castella e o espanhol Miguel Ángel Perera, com toiros de Montalvo.
A 14, na feira de Salamanca, os seus alternantes serão “Morante de la Puebla” e Julián Lopez “El Juli”, lidando-se toiros de Garcigrande.

Próximas actuações do cavaleiro João Moura Jr.

Depois do êxito obtido a 31 de Julho, em Inca (Maiorca), com saída em ombros após o corte de 3 orelhas, na companhia do seu alternante Sérgio Galán, são os seguintes os próximos compromissos do cavaleiro João Moura Jr.:
12 de Agosto: Escarcena del Campo (Huelva)
Mano-a-mano João Moura Jr. - Andrés Romero, perante toiros de “El Capea”
13 de Agosto: Figueira da Foz
Cavaleiros António Telles e João Moura Jr. Matador de Toiros “Pedrito de Portugal”, Forcados Amadores de Vila Franca e de Alcochete. Toiros Pinto Barreiros e São Torcato.
14 de Agosto: Abiul
Cavaleiros: Rui Fernandes, João Moura Jr e João Telles Jr.
Forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense e da Chamusca. Toiros de António Silva
15 de Agosto: Messejana
Cavaleiros: Rui Fernandes, João Moura Jr. e Jacobo Botero
Forcados Amadores de Moura, Cascais e Beja. Toiros de Jorge Carvalho
16 de Agosto: Roa del Duero (Burgos)
Cavaleiros: Roberto Armendariz, João Moura Jr e RubenSanchez
Toiros de Martín Carrasco
4 de Setembro: Montemor-o-Novo
Cavaleiros: João Moura Caetano, João Moura Jr. e João Telles Jr.
Forcados Amadores de Montemor. Toiros de Jorge Mendes
8 de Setembro: Campo Pequeno
Cavaleiros: João Moura, Pablo Hermoso de Mendoza e João Moura Jr.
Forcados amadores de Tomar, Portalegre e Aposento da Chamusca. Toiros de Romão Tenório
11 de Setembro: Ronda (Málaga)
Cavaleiros: João Moura Jr., Léa Vicens e Andrés Romero
Toiros de Passanha




VIDEO - PORTA GRANDE PARA MANZANARES E LÓPEZ SIMÓN NO PUERTO DE SANTA MARIA

Terrugem – Tourada no feminino

A tourada da Terrugem do passado dia 6 de Agosto, não parecia começar sob os melhores auspícios. A dez minutos do início do espectáculo, pouco público a preencher as bancadas desta praça sempre difícil nos últimos anos, que o digam o Carlos Calado, Francisco Leitão e Henrique Gil. Para uma praça de 3º categoria é difícil cartéis de grande nomeada mas, por vezes é mais a imaginação que os nomes sonantes que leva o público à praça. Não se pode dizer que este era o cartel mais imaginativo, mas concerteza, aquele que a empresa quis ou pôde montar neste mês de Agosto. Mesmo assim julgo que, da bilheteira, saíram bilhetes para meia casa forte de pagantes.
O curro da divisa do meu Amigo, José Luís Sommer, estava de apresentação digno de uma praça de terceira mas, já quanto ao comportamento foi algo irregular. Houve na minha perspectiva dois touros que pareciam ter problemas de visão; um que se colocava pela frente mas, também faltou recursos aos cavaleiros para se colocarem de frente e atacarem os hastados, não abrir-lhes demasiado os quarteios ensinando-lhes o caminho para se colocarem pela frente.
Dos seis protagonistas deste cartel, o espectáculo teve algum interesse com as actuações no feminino. Confesso que nunca tinha visto Cláudia Almeida tourear. Surpreendeu-me pelo desembaraço, sentido de chegar ao público e teve a actuação mais vibrante. Terá contudo de pausar mais o seu toureio, porque este é para se fazer templado, ajustado e consentido nas reuniões.
Somos pródigos em adjectivar e, como tal, Mara Pimenta era anunciada como a “Princesa das Arenas”. Isto do toureio não é um conto de fadas, com príncipes e princesas. No toureio é necessário justificar ao longo dos anos os rótulos que se queiram colocar. Mara é uma figura simpática que cativa o público. Nota-se no entanto que anda a navegar entre duas águas: a ortodoxia do toureio e a influência do seu “maestro” de Puebla del Rio. Diego Ventura pode ensinar-lhe muito nos períodos que trabalha sob a sua orientação mas, cada toureiro tem que ter a sua personalidade. Teve alguns momentos mais conseguido, mas não foi uma actuação rematada da “Princesa das Arenas”.
Mas voltando aos cavaleiros que actuaram, Francisco Cortes teve pela frente um touro complicado e, da sua empenhada actuação, colocando a sua integridade física em jogo, ficou-nos para recordar aquele ferro por dentro em terrenos de grande compromisso. De Pedro Salvador a entrega e facilidade de chegar ao público mas uma lide pouco estruturada.
O mesmo há a dizer de Tiago Carreiras que apontou mas não disparou. Foi uma lide irregular com toques na montada, sem conseguir grande brilhantismo, Quanto a António D’Almeida baseou o seu toureio nas batidas ao piton de fora, retirando muitas vezes o touro da jurisdição. Depois de muito insistir lá deixou um ou outro ferro mais conseguido. E foi assim quando caminhávamos para o aborrecimento numa noite de verão que surgiu então o Toureio no Feminino…
Quanto à rapaziada da jaqueta das ramagens, todos eles de grupos alentejanos, pois são estes que levam gente às praças nesta região, pegaram pelos Amadores de Arronches, Fábio Mileu à 3ª tentativa e João Rosa à segunda. Pelos Académicos de Elvas, João Bandeira à primeira e André Bandeiras à primeira, que venceu o prémio em disputa. O grupo do Redondo à 4ª tentativa pegou Hugo Figueira em dobra a Joaquim Ramalho e Luís Feiteirona ao segundo intento.
Dirigiu sem problemas Marco Gomes, assessorado pelo Dr. Guerra, uma tourada que decorreu em bom ritmo e como uma arena pesada, em especial para os forcados.


















quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Chovem as críticas em torno ao caderno de encargos para a exploração da praça madrilena de Las Ventas

Quem está atento ao que se passa em torno do futuro arrendamento da primeira praça do mundo taurino, não deixa de manifestar a sua preocupação quanto ao futuro da Festa.
Um pouco por todo o lado se levantam vozes contra a redacção deste caderno de encargos por ser intervencionista. Uma vez mais, a política a interferir em áreas das quais têm pouco conhecimento, acaba por “meter la pata”
O Centro de Assuntos Taurino da Comunidade de Madrid, tornou público esses encargos que, em alguns casos, são ridículos como escreve por exemplo José Luís Benlloch. Director da revista Aplausos em que afirma textualmente: “Sobre el pliego de Madrid cabe decir abiertamente que ha desilusionado, el pliego en sí y las gentes que lo han elaborado. No han entendido lo que se jugaba el toreo, no han comprendido o no han querido comprender la situación actual de la Tauromaquia que necesita apoyo, promoción, amplitud de miras, mesura y las dosis de libertad empresarial necesarias para que aflore el talento...” Para mais adiante no seu texto escrever que “La obsesión intervencionista llega al punto de establecer el precio de las copas en los bares de la plaza y penetra definitivamente en el territorio del absurdo si tenemos en cuenta quién lo redactó, de dónde viene esa filosofía. Ni la izquierda más radical llegaría a esos extremos(…)”
Também Zabala de La Serna no diário El Mundo escreve: “El nuevo pliego de Las Ventas, bautizado ya como el pliego de las desencajonadas , el de los hombres de Cristina Cifuentes repescados de San Sebastián de los Reyes, Manuel Ángel Fernández y Emilio Esteban, ha despertado un temblor nunca conocido en el sector mudo taurino que sigue callado. Hierven por dentro y hacen cuentas sudorosos por fuera. No habrase conocido un texto taurino tan intervencionista, populista y demagógico como el presente(…)” (Foto-El Mundo)

Os cartéis para Barrancos, onde se mantêm a tradição

A localidade de Barrancos goza de um estatuto particular o que lhe permite anualmente levar a efeito os seus festejos com touros de morte. Durante anos manteve-se a polémica, o que levava à Vila de Barrancos milhares de curiosos para saberem como iriam as forças da ordem reagir perante a suposta alteração da ordem.
Depois de legalizada a sua situação para que mantivesse a tradição dos banrranquenhos, as águas voltaram ao seu leito e ficaram apenas os incondicionais que, todos os anos, rumam até Barrancos para verem o espectáculo da sua predilecção, com muitos espanhóis a assistirem às festas, em especial os de Encinasola pela proximidade.
Este ano os cartéis serão os seguintes:
29 de Agosto - Corrida - Luis Miguel Amado e Iván Abásolo (Murteira Grave)
30 de Agosto - Novilhada com Juan Carlos Benítez e Diogo Pesseiro (Murteira Grave)
31 de Agosto - Novilhada com David Martín (Murteira Grave)

"Encerrona" de Moura Caetano em Albuquerque

Fonte próxima ao cavaleiro João Moura Caetano, contactada pelo Planeta dos Touros, confirmou-nos a notícia de que o cavaleiro de Monforte que este ano comemora 10 anos de alternativa, irá lidar seis touros no dia 10 de Setembro na praça de Albuquerque na vizinha Extremadura espanhola.
Será a primeira vez que um cavaleiro português toma esta decisão e estão as condições reunidas.
João Moura Caetano já pisou por várias vezes o ruedo da bonita praça estremenha e desfruta ali de bom ambiente. Recorde-se que João Moura Caetano a 9 de Setembro de 2012, encerrou-se com seis touros na Praça de Monforte.
Os touros a lidar serão da ganadaria de Paulo Caetano e espera-se para esse dia a presença dos aficionados portugueses, sobretudo os da região do Norte Alentejano pela proximidade com a cidade de Albuquerque.