segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Emoção das pegas na comemoração dos 15 anos do Grupo de Monforte com dois touros bravos de Paulo Caetano

É difícil de explicar quando vários autarcas reconhecem que o Distrito de Portalegre é o que tem mais praças, mais forcados, cavaleiros e algumas ganadarias, mas o público não enche as praças. Veja-se o caso de Portalegre, Arronches e Monforte.



Uma tarde sem muito calor. Um cartel com a veterania de Tito Semedo e dois cavaleiros jovens com valor como João Moura Caetano e Salgueiro da Costa, com o aliciante das comemorações dos 15 anos de actividade do grupo da terra, e apenas um terço da lotação útil da praça preenchida.
O ganadeiro Paulo Caetano mandou para esta tourada um curro em que os dois primeiros pecaram por falta de força. O que abriu praça a investir com a cara por cima e com debilidade numa pata. Foram bravos o terceiro (Jandilla) e quinto, e cumpriram bem os restantes.
Perante tal matéria Tito Semedo aproveitou o galope justo do primeiro onde deixou a ferragem numa lide que podia ter sido algo mais templada, dado o tranco do touro. Recebeu o touro a porta-gaiola e rematou com um ferro em sorte de violino.
Com o segundo, um touro que cumprir muito bem, brindou a lide ao ganadeiro e esteve mais dentro daquilo que é o seu conceito do toureio. Chegando ao público com facilidade numa lide diversificada que terminou novamente com um ferro em sorte de violino e um palmito, pelos terrenos de dentro.
Nos touros que tocaram lidar a João Moura Caetano, iniciou citando de largo o primeiro, como quase sempre inicia a suas lides. Esteve templado aproveitando o galope justo do touro. O de Monforte andou pelas tábuas, inverteu os galopes por dentro, teve as pausas para deixar o touro respirar. Rematou a lide com ferros de palmo recreando-se nas sortes.
Com o segundo, um touro bravo, teve que sacar os recursos de uma quadra muito completa e exibir os galões. A emoção da lide esteve precisamente assente nesses predicados. Disposição para triunfar, uma boa quadra e aproveitar o bravo touro da sua ganadaria. Não sendo um triunfo deslumbrante. Esteve à altura dos pergaminhos do nome que ostenta.
Definitivamente esta não foi a tarde de Salgueiro da Costa. Em que muitos aficionados depositam legitimas esperanças por aquilo que já lhe vimos em outras ocasiões. Aqui em Monforte não se encontrou a gosto e não teve soluções para entender os touros, No primeiro a destacar o segundo ferro curto, o melhor da sua prestação. No que encerrou o festejo teimou em andar com o touro (que até eventualmente podia cumprir melhor) sempre pelos terrenos de dentro o que fez com que este começasse a defender-se e procurar aí o refúgio.
Para os forcados Amadores de Monforte era um forte compromisso pegarem os seis touros, fardando actuais e antigos forcados. Para além de tudo o mais, à que destacar as pegas de Nelson Catambas, que esteve enorme a aguentar os derrotes e consumar à primeira na pega da tarde; Luís Aranha, igualmente com uma grande pega que, depois de imensos derrotes e o touro a fugir ao grupo, descaindo para a esquerda, infelizmente não conseguiu consumar e saiu lesionado do joelho. Foi dobrado e bem por Márcio Paulo.
Pegaram ainda Nuno Martins e Pedro Peixoto à primeira, Roberto e Pedro Carrilho à terceira.
Dirigiu com sensatez e afición Marco Gomes, assessorado pelo Dr. Guerra, numa corrida de emoções em que se despediu Eduardo Serrano, que deu a volta aos ombros dos companheiros e o ganadeiro Paulo Caetano foi chamado a dar merecida volta à arena.

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