No início a coisa até parecia tremida, quanto a público, porque a noite estava fria mas, com o chegar da hora, lá se compôs com meia casa forte, ou mesmo 2/3 dos lugares ocupados. Uma coisa é certa, quem foi a Alter do Chão viu tourear e um bom curro de touros de Proença. Bem apresentado, encastado, com o quarto da noite bravote a proporcionar a volta ao ganadeiro.
Tiveram emoção os touros a empurrar forte, pedindo toureiros e montadas à altura das circunstâncias, bem como aos forcados de Alter e Académicos de Elvas.
Muito boa a prestação de Marcelo Mendes no seu primeiro em que montado no “Único”, pisou terrenos de muito compromisso, com o cavalo a colocar a cara a escassos centímetros do touro, dobrando-se de forma extraordinária. Deixou ferros emotivos, em que colocou a “carne no assador” e fez vibrar o público com a sua lide. Não teve actuação tão conseguida no segundo porque o touro foi mais reservado mas, pediu a gritos, para ter lugar em mais cartéis.
Manuel Telles Bastos justifica o preço do bilhete só pelo simples (parece simples) facto de ser uma delícia vê-lo montado a cavalo e evoluir em torno do touro.
Manuel Telles Bastos justifica o preço do bilhete só pelo simples (parece simples) facto de ser uma delícia vê-lo montado a cavalo e evoluir em torno do touro.
Esteve à altura daquilo que é exigido a quem sai da Torrinha e se presta a tourear em público. Sentido de lide, cites de frente com ferros rematados ao estribo. Tudo isto conseguiu Telles Bastos mesmo com a brusquidão do primeiro. Aproveitou superiormente o seu segundo com uma lide clássica, sem abdicar da sua juventude e exuberância em mexer com o público. Merecidíssima a sua volta à arena na companhia do ganadeiro, que com grande sentido do que é dirigir uma corrida, não deixando de ser bom aficionado, o meu Amigo Rogério Jóia lhes concedeu. Aliás o director da corrida esteve impecável mesmo quando não autorizou o pedido de mais um ferro. Há um regulamento, um tempo a cumprir e já tinha condescendido na colocação de mais um ferro, que às vezes nada vem acrescentar às lides, antes pelo contrário. Há que saber quando se deve terminar.
A irreverência de Rouxinol Jr., a escola que tem bebido de seu pai ao longo dos anos, dão-lhe mesmo como praticante (a quem se admitem carências), esse saber estar. Esteve soberbo na lide dos dois touros que pediam o traquejo de um profissional para resolver o empurrar forte dos “proenças” que por vezes se colocavam emparelhados com as montadas. Andou ligado, elegeu bem os terrenos e colocou ferros ajustando-se nas sortes.
Noite algo mais dura para os forcados de Alter do Chão com uma pega à 4ª tentativa, uma à primeira e uma boa pega de cernelha que, apesar de o touro demorar a encabrestar, foi emocionante. Bonito o detalhe do brinde aos seus companheiros Académicos de Elvas.
Noite algo mais dura para os forcados de Alter do Chão com uma pega à 4ª tentativa, uma à primeira e uma boa pega de cernelha que, apesar de o touro demorar a encabrestar, foi emocionante. Bonito o detalhe do brinde aos seus companheiros Académicos de Elvas.
Os Académicos de Elvas pegaram um touro à segunda e dois à primeira tentativa. Houve brindes por parte dos cavaleiros e forcados que envolveram o próprio Rouxinol Jr., o empresário Jorge de Carvalho e o Presidente da Câmara de Alter do Chão.
Brevemente apresentaremos o vídeo da segunda parte desta tourada, nos Videos em Destaque.
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