quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Moita 2ª da Feira - Casa cheia em tempo de crise… reflecte a tradição taurina na Moita

A 2ª corrida desta feira da Moita foi um êxito de bilheteira em tempo de crise: três quartos fortes de entrada com grande incidência nos sectores de sombra para presenciar um concurso de ganadarias.
No cartel Rui Salvador, Diego Ventura e Manuel Lupi, um trio diversificado e abrangente para todos os gostos. Sem dúvida que o atractivo maior era Diego Ventura, o português criado em Puebla del Rio.
Não foi feliz Rui Salvador com o lote que lhe tocou (Branco Núncio/Ernesto de Castro), pouco propícios ao triunfo que só o querer inquebrantável do de Tomar superou. O primeiro foi a menos no final da lide que Rui rematou com um excelente ferro em terrenos cambiados. O segundo esperava e investia com a cara por cima dificultando a colocação da ferragem.
O de Conde Cabral era bastote, fora de tipo e com quilos e Diego Ventura teve que fazer uso do seu vasto reportório e da classe das suas montadas para levar a emoção às bancadas, o que conseguiu. A duas pitsas trouxe a centímetros do estribo o “Cabral” para depois, em cites de meia distância, o atacar e deixar a ferragem. O público rendeu-se ao luso/espanhol e aplaudiu com frenesim na volta à arena.
O momento triste para o verdadeiro aficionado chegou com a lesão do touro de Murteira Grave. Um touro com peso e trapio que, escorregou à saída do curro e inutilizou-se, sendo arrastado para o curro e substituído por outro de Conde de Cabral (extra concurso), reservado no seu comportamento. Diego Ventura foi aplaudido quando o parou no centro do ruedo e assobiado pela deficiente colocação dos ferros compridos. Ventura inverteu a situação e colocou o público do seu lado com fortes protestos ao director de corrida por lhe negar música como prémio da sua entrega.
Manuel Lupi que lidou o de Rio Frio, um castanho nobre e com trapio que serviu, se bem que, por vezes se parava nos cites e era preciso atacá-lo, pisando-lhe os terrenos.
O segundo era de Manuel Veiga e correu o turno, lidando Lupi o quinto da tarde. Um touro reservado, complicado nas investidas em que o cavaleiro esteve por cima das dificuldades do “Veiga” com muita entrega e sentido de lide.
Bastante dura a missão dos forcados com os touros a empurrarem forte e derrotes no alto. Pelos Amadores da Moita - que foram homenageados na arena pelos seus 105 anos ao serviço da festa -, pegaram o cabo à primeira, Manuel Lourenço à segunda e Tiago Bernardes ao quarto intento.
Pelos Amadores de Alcochete, pegou o cabo e José Vinagre à primeira tentativa e Nuno Santana à segunda.

           Vencedor do Prémio de Apresentação e Bravura: Manuel Veiga

                 Galeria fotográfica desta 2ª Corrida da Feira da Moita
Diego Ventura
Manuel Lupi


Amadores de Alcochete
O brinde ao ex-futebolista Carlos Manuel
O público encheu a Daniel do Nascimento
Amadores da Moita


Rui Salvador












Sem comentários:

Enviar um comentário