quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Alburquerque, 8 Setembro – O rojão privou João Moura Caetano de um triunfo maior

A localidade fronteiriça de Alburquerque (Badajoz) vive todos os anos a s suas Festas em Honra da Virgem de Carrión e com elas a inevitável corrida da arte de rejoneo, onde quase sempre está incluído um cavaleiro português. Os aficionados estremenhos têm grande simpatia pelos cavaleiros portugueses pela sua monta, pelos cavalos lusitanos e pelo toureio mais clássico.
O cartel este ano foi composto por António Domecq (aplausos – silêncio), João Moura Caetano (ovação – 1 orelha - com petição de segunda) e Leonardo Hernandez (2 orelhas – 2 orelhas). Lidou-se uma corrida de Bernardino Piris, pareja de apresentação, que se deixou lidar mas, com forte tendência para os terrenos de dentro e alguns exemplares escassos de forças.
As muralhas do vetusto castelo de Alburquerque assistiram à conquista do público por parte de João Moura Caetano, com duas actuações de muita ligação e temple, que só não foram coroadas com um êxito maior por não estar acertado com os rojões de morte.
Se no primeiro começou por dar vantagem ao touro e aguentar a investida para deixar um espectacular rojão de castigo, com as bandarilhas toureou com gosto e mão certeira, cravadas numa “perra chica” como se diz em gíria. Mas foi sobretudo no segundo, um castanho com tipo, que João Moura Caetano atingiu momentos de grande beleza. Toureou com ligação, fazendo tudo de espacio, com gosto, colocando o cavalo a escassos metros do touro para entrar recto e deixar os ferros recreando-se nas sortes. Com o público ao rubro, João Moura Caetano perdeu um grande triunfo por pinchar com o rojão. A actuação calou fundo nos aficionados que lhe pediram com insistência as duas orelhas, acabando o presidente por lhe conceder uma que passeou debaixo de grande ovação.
António Domecq não teve sorte com o seu lote. O primeiro sonsote não permitiu grande luzimento ao de Jerez de la Frontera, com o qual também não esteve certeiro no momento de o mandar para as mulillas. O segundo saiu descoordenado de movimentos e com uma lastimável falta de força que António Domecq despachou depois de vários intentos.
O triunfador, em número de troféus cortados, foi Leonardo Hernandez que começou por sofrer um forte encontronazo que provocou uma cornadita na montada. Foi uma lide de menos a mais, em que o momento auge foi conseguido com a série de três ferros de palmo em sorte de violino. O jovem Hernandez não variou muito a sua segunda actuação em termos artísticos, indo ao encontro daquilo que o público mais aprecia no seu conceito de toureio: os quiebros, as cercanias e as bandarilhas curtas em que faz gala de uma cintura impressionate. Ao estar certeiro com os rojões de morte acabou por cortar um total de quatro orelhas, tornando-o no triunfador deste festejo que teve honras televisivas ao ser transmitido em directo através do canal Extremadura/TV.

António Domecq crava ao estribo


Domecq com o inválido segundo

 
 
 
 
 
 
 

Moura Caetano apontando um rojão 
Recendo de frente num ferro curto
 
 
 
 
 
 

João com o 2º  toureou muito de espacio
A volta triunfal exigida pelo público








Hernandez aponta um rojão



Um ajustado par a violino








Cutiño, Vitorinos (pai e filho) e Halcón





A Extremadura/TV em directo


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