(O perigo está dentro não nos antitaurinos) |
Nos últimos dias, chegaram-me vários e-mails com comunicados de empresários e representante de um toureiro que, nos podem dar matéria para reflectir.
Já lá vão muitos anos que, em conversa no Sindicato dos Toureiros com o matador Diamantino Viseu, então Presidente do Fundo de Assistência, em que lhe disse que o mal da Festa está dentro e não fora. O corporativismo então latente na classe dos toureiros (cavaleiros, matadores e bandarilheiros) prejudicava a Festa. Daí para cá em nada evoluiu. Foi a sociedade civil, representada por agrupamentos de aficionados que aportaram algum sentido crítico e em defesa da Festa.
Nos tempos difíceis que a Festa atravessa, com a crise instalada e o ataque que o espectáculo está a ser alvo por parte de antitaurinos, pequenos "ditadores" que não respeitam as regras da democracia e sabe-se lá ao serviço de quem. Veja-se o recente caso do incêndio das bilheteiras do Coliseo Balear.
Perante isto, resolvi não publicar os comunicados mas trazer a este espaço a minha opinião (que vale o que vale) sobre o assunto.
Quando empresários taurinos continuam a arriscar a montar corridas de touros nas condições económicas que todos conhecemos, é impensável que os toureiros não puxem a "carroça" no mesmo sentido. Dar o dito por não dito, quando há um contrato assinado, porque ao tratar-se de um concurso de ganadarias não havendo sorteio lhe toca lidar um touro de um ganadaria que não gosta, em nada dignifica esse toureiro, mesmo com as influências que possa ter vindas de Espanha, de ser só Murubes.
Por outro lado, um toureiro que é uma referência para todos os colegas de profissão, não pode nem deve recusar-se a participar numa corrida, alegando que não toureia com fulano ou sicrano.
Não se queixem depois que a Festa e o seu futuro corre perigo, porque o mal vem de dentro e os próprios protagonista não são capazes de se unirem e arranjarem um antídoto para os males de que a Festa... e a sua profissão enfermam.
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