No âmbito das intervenções assumidas pela Câmara Municipal
de Monforte, no decurso dos últimos três anos, com o intuito de recuperar e
valorizar bens patrimoniais do Concelho, sobressaíram, igualmente, as medidas
que incrementou e que muito contribuíram para a dignificação da Festa Brava,
cujos resultados alcançaram, em 2012, grande projecção nacional e
internacional.
Refira-se que, em todo o país, nenhum outro Concelho, como o
de Monforte, reúne condições tão favoráveis para que a união entre uma
Autarquia e o meio tauromáquico se estabeleça de forma tão singular e com tanto
êxito. Se por um lado está concentrado no Concelho de Monforte o maior número
de coudelarias, ganadarias e figuras de distinção do toureio, por outro há que
realçar a oportunidade com que Miguel Rasquinho, o Presidente do Município, tem
querido direccionar a sua atenção para o aproveitamento desses recursos,
sabendo que está a captar lucros que se repercutem, essencialmente, na economia
local, com relevo no sector do turismo.
Portanto, quando, no ano passado, o edil Monfortense, ao
anunciar que Monforte iria ter um Centro Interpretativo de Tauromaquia,
declarou que o projecto justificava-se plenamente e que aparecia na altura
certa, mesmo que alguns condenassem a demora, defendendo que Monforte já
merecia um espaço deste género há vários anos. Miguel Rasquinho divulgou,
então, que o Centro Interpretativo de Tauromaquia seria instalado no edifício
da antiga escola primária. Recentemente desocupado, o edifício é propriedade do
Município e, de acordo com os objectivos propostos, pretende-se reabilitar todo
o seu espaço, considerando diferentes áreas, designadamente, Museu, Galeria de
Exposições, Mediateca, Sala de Conferências, Sala Multiusos e outras, entre as
quais está destinada uma ao Grupo de Forcados Amadores de Monforte onde
funcionará a sua ”tertúlia”.
No passado sábado, dia 3 de Agosto, frente ao edifício da
antiga escola primária, compareceram dezenas de populares, representantes de
entidades e autarcas, entre os quais se evidenciaram os Presidentes da
Assembleia Municipal de Monforte, Mário Vieira da Silva, e das Juntas de
Freguesia de Monforte e Santo Aleixo, Francisco Carrilho e António Bagorro,
respectivamente, e o Vice-Presidente do Executivo Camarário de Monforte,
Joaquim Carrajola, para testemunharem o acto de assinatura do contrato para
execução das obras, oficializado por Miguel Rasquinho e Vergílio Roque, da
empresa à qual foi adjudicada a empreitada.
O Presidente do Município de Monforte, na comunicação que
dirigiu a todos os presentes, voltou a reforçar o valor que este Centro terá
para a comunidade monfortense, reafirmando que não pretende que este Centro
Interpretativo de Tauromaquia seja apenas mais um foco das atenções e
esclareceu: “Quero, sim, que responda adequadamente às suas funções específicas
para, essencialmente, valorizar a actividade tauromáquica. Precisamos, cada vez
mais, de unir esforços para conter as investidas de grupos que tentam denegrir
a Festa Brava e, consequentemente, preservarmos a sua envolvência cultural,
embora sinta que está a formar-se finalmente uma vontade comum que permitirá
fazer valer as nossas aspirações junto dos Poderes Central, Regional e Local,
com competências nesta matéria”.
Seguidamente, realizou-se uma visita às instalações durante
a qual Leonor Barradas, responsável pelo projecto de concepção dos espaços e
sua posterior dinamização, e Ricardo Carrilho, Cabo do Grupo de Forcados
Amadores de Monforte e Engenheiro Civil da Câmara Municipal de Monforte, que
acompanhará a realização dos trabalhos, fizeram uma caracterização das
requalificações a que serão submetidos todos os espaços, interiores e
exteriores.
Entretanto, Miguel Rasquinho fez questão de demolir parte de
uma parede para, dessa forma simbólica, deixar registado o início das obras.
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