O matador de toiros retirado Mário
Coelho vai ser homenageado na próxima quinta-feira, no Campo Pequeno, sendo
descerrada uma lápide de homenagem aos seus 60 anos de toureio, no átrio
principal da praça.
Mário Coelho profissionalizou-se
em 1955, como bandarilheiro, categoria na qual esteve integrado nas quadrilhas
dos matadores portugueses Diamantino Vizeu, Manuel dos Santos, António dos
Santos e José Júlio, ao passo que, em Espanha integrou as dos matadores Paco Corpas
e Andrés Vazquez.
Quando actuava na quadrilha de
Andrés Vazquez o seu nome era frequentemente impresso nos cartazes em
caracteres iguais ou até superiores aos dos matadores, tal a notoriedade que atingiu
como bandarilheiro, com triunfos nas principais praças espanholas e designadamente
na de Madrid, na feira de Santo Isidro de 1966.
Fez uma curta carreira de
novilheiro em 1967 e, a 25 de Julho desse ano, tomou a alternativa de matador
de toiros, em Badajoz, com Júlio Aparício apadrinhando a cerimonia, que foi
testemunhada por Manuel Cano “El Pireo”, lidando toiros de Sanchez Rico.
Confirmou a alternativa em
Madrid, a 14 de Maio de 1980. Durante a sua carreira de matador de toiros
triunfou quer em praças de Espanha, França e América Latina, como em Portugal
até que se despediu do toureio a 20 de Setembro de 1990, numa corrida no Campo
Pequeno.
Todavia, o seu conhecimento do
toiro e a teia de relações de amizade e competência que soube construir ao
longo da vida fizeram de Mário Coelho uma pessoa altamente respeitada por
intelectuais como Ernest Hemingway ou Orson Wells, colegas de profissão e
ganaderos, tendo também ajudado na formação de novos toureios, como foi o caso
do matador Rui Bento.
Mário Coelho foi condecorado (grau
de Comendador) com a Ordem de Mérito Cultural, em 1990 e Ordem de Mérito, em
2005, entregues respectivamente por Pedro Santana Lopes (Secretário de Estado
da Cultura) e Jorge Sampaio (Presidente da República).
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