Por isso mesmo, se calhar muitos não concordem com o seu conteúdo, até porque lhe podem apontar a sua falta de actualidade, não existir aqui bajulação ou o tal apreciado social…
("Los Cuatro Jinetes del Apóteosis" voltaram a juntar-se) |
Hoje já não tenho a "pedalada" de há uns anos atrás, quando, ultrapassávamos mais de uma centena de touradas ou corridas, entre Portugal e Espanha. Até porque há pouca motivação. Falta romper em Portugal uma figura que nos arraste de praça em praça.
Não quero no entanto deixar passar a oportunidade para deixar uma breve aportação (vale o que vale) à tourada com que o Campo Pequeno encerrou a temporada lisboeta.
Em primeiro lugar, porque a homenagem a José Samuel Lupi, merece da minha parte essa atenção.
Foi na sua Herdade da Barroca D'Alva que bebi algum do pouco conhecimento que tenho deste mundo dos touros. Calcorreava a pé do Bairro do Mouco no Montijo, atravessando o Bairro do Areias para ir à Barroca, assistir aos treinos do Maestro Lupi, às tentas, derribas e tudo o que ali se passava. Era ali estimado, como se fosse das famílias dos campinos Piúças e Figueiredo, com os quais aprendi muito sobre esse bravo e bonito animal morfologicamente. Criei uma amizade com o Luís Lupi, que ainda hoje se mantêm aqui neste Alentejo para onde viemos ambos viver.
Não quero no entanto deixar passar a oportunidade para deixar uma breve aportação (vale o que vale) à tourada com que o Campo Pequeno encerrou a temporada lisboeta.
Em primeiro lugar, porque a homenagem a José Samuel Lupi, merece da minha parte essa atenção.
(Com os irmãos Piúça na Barroca D'Alva) |
(Espartaco honrou com a sua presença José Lupi) |
(António Gregório e José Lupi no "exílio pós 25 Abril" na Venezuela) |
Nos anos em que José Lupi integrava "Los Cuatro Jinetes del Apoteósis", esperávamos na Pastelaria Mimosa ou no Café Portugal (no Montijo), ansiosos a chegada do António Manuel Gregório que, com Rogério Amaro (pai) eram os seus bandarilheiros, para sabermos notícias. Na sua forma peculiar de falar, o saudoso e enorme bandarilheiro que foi António Gregório, lá nos dizia: "bem (em tal praça) cortámos 2 orelhas". Era assim. Falava sempre no plural, como devia ser, pois o Maestro Lupi necessitava da sua quadrilha, da sua quadra (do seu Sueste, cantado num bonito texto por Manolo Molés), para obter os êxitos.
Recordo a propósito, uma corrida que vi em Sevilha nesses tempos, em que o António Gregório saiu a colocar o touro de José Lupi e soou uma tremenda assobiadela. Rematou o touro nos médios com duas "chicuelinas" e saiu debaixo de uma tremenda ovação.
Recordo a propósito, uma corrida que vi em Sevilha nesses tempos, em que o António Gregório saiu a colocar o touro de José Lupi e soou uma tremenda assobiadela. Rematou o touro nos médios com duas "chicuelinas" e saiu debaixo de uma tremenda ovação.
Justíssima e em boa hora esta homenagem a José Samuel Lupi (com a presença dos irmãos Peralta e Álvaro Domeq), a quem se ficou a dever o abrir de portas a todos os cavaleiros que o procederam depois por praças de Espanha.
Vi a tourada através da RTP, como milhões de portugueses e foi um bom espectáculo, ao qual devemos dar realce à presença nas bancadas, desse figurão do toureio como foi António Ruiz "Espartaco".
(Fotos-Pedro Batalha/mundotoro e Arquivo)
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