domingo, 1 de dezembro de 2013

O ESTADO DO SECTOR TAURINO

A empresa da Maestranza de Sevilha (Pagés) convocou uma conferência de imprensa para fazer uma análise do estado actual do sector taurino em Espanha (igual em todo o segmento) e afirmaram Eduardo Canorea e Ramón Valencia que “é praticamente impossível reduzir o preço dos bilhetes” isto no entender dos empresários dado que “os toureiros não estão dispostos a reduzir um cêntimo e alguns deles, sobretudo os de cima ao dia de hoje não lhes ocorre”. Esta afirmação baseiam-na no pressuposto de que os actuais representantes dos toureiros (El Fundi, Gómez Escorial e Juan Diego) não representam os toureiros da parte alta do escalafón. Ao apresentarem números e equações predefinidas não se ajustam à realidade actual do sector.
Os responsáveis pela praça sevilhana vão mais longe ao considerarem que “figuras tão relevantes como El Juli, Morante. Manzanares, Pereira e Talavante não são consequentes e são eles os que deveriam estar nas negociações. Os seus postos de trabalho estão em perigo e alguns deles não têm os pés assentes na terra”
Canorea afirmou mesmo que neste momento os “ganaderos estão passando mal na sua maioria, porque há alguns que não querem baixar nada nos preços, nem tampouco as quadrilhas pela sua parte não querem saber absolutamente nada sobre este tema”.
Existe um convénio em Espanha assinado pelos toureiros (chefe de quadrilha) com os empresários mas, a grande oposição ao cumprimento deste convénio vem do lado da Associação dos Bandarilheiros, Picadores e Moços de Espada que dominam o sector como é sabido quando declaram greve.

Como diz o ditado português, “quando vires a casa do teu vizinho a arder, coloca as tuas barbas de molho”, ou seja, em Portugal há que repensar a Festa, senão isto dura mais uma ou duas décadas e acaba.

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