A empresa da Maestranza de Sevilha (Pagés)
convocou uma conferência de imprensa para fazer uma análise do estado actual do
sector taurino em Espanha (igual em todo o segmento) e afirmaram Eduardo Canorea
e Ramón Valencia que “é praticamente impossível reduzir o preço dos bilhetes”
isto no entender dos empresários dado que “os toureiros não estão dispostos a
reduzir um cêntimo e alguns deles, sobretudo os de cima ao dia de hoje não lhes
ocorre”. Esta afirmação baseiam-na no pressuposto de que os actuais
representantes dos toureiros (El Fundi, Gómez Escorial e Juan Diego) não representam
os toureiros da parte alta do escalafón. Ao apresentarem números e equações
predefinidas não se ajustam à realidade actual do sector.
Os responsáveis pela praça sevilhana vão mais
longe ao considerarem que “figuras tão relevantes como El Juli, Morante.
Manzanares, Pereira e Talavante não são consequentes e são eles os que deveriam
estar nas negociações. Os seus postos de trabalho estão em perigo e alguns
deles não têm os pés assentes na terra”
Canorea afirmou mesmo que neste momento os “ganaderos
estão passando mal na sua maioria, porque há alguns que não querem baixar nada
nos preços, nem tampouco as quadrilhas pela sua parte não querem saber
absolutamente nada sobre este tema”.
Existe um convénio em Espanha assinado pelos
toureiros (chefe de quadrilha) com os empresários mas, a grande oposição ao
cumprimento deste convénio vem do lado da Associação dos Bandarilheiros,
Picadores e Moços de Espada que dominam o sector como é sabido quando declaram
greve.
Como diz o ditado português, “quando vires a casa
do teu vizinho a arder, coloca as tuas barbas de molho”, ou seja, em Portugal
há que repensar a Festa, senão isto dura mais uma ou duas décadas e acaba.
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