O matador de toiros Mário Coelho, que tem um museu tauromáquico em Vila Franca de Xira, conseguiu que a câmara lhe pague o triplo do que até agora dava ao toureiro para manter o espaço aberto. Até agora o município dava a Mário Coelho 2200 euros anuais para despesas de manutenção, luz, água e limpeza. A partir de 2014 passa a dar 4200 euros e a assegurar as despesas com as instalações, o que perfaz um total de 6400 euros por ano.
A proposta do toureiro foi feita duas semanas antes das eleições. A então presidente, Maria da Luz Rosinha (PS), chegou a emitir um despacho a mandar fazer uma minuta do contrato que não ficou concluído antes da tomada de posse do seu sucessor, Alberto Mesquita. Este decidiu levar o assunto à reunião de câmara mas foi obrigado a retirar o assunto da ordem de trabalhos perante as críticas e as dúvidas da oposição, que está em maioria no executivo. Agora à segunda tentativa a proposta foi aprovada por unanimidade.
Uma coisa ficou clara na reunião do executivo. É preciso começar a pensar na concretização de um museu da tauromaquia, que reúna não apenas o espólio de Mário Coelho mas também das restantes figuras do toureio da cidade. Uma ideia falada em Vila Franca há quase duas décadas mas que não tem avançado. A CDU, pela voz de Aurélio Marques, avisou que é preciso que em 2014 a câmara dê “passos importantes para a concretização” dessa ideia e exigiu do presidente, Alberto Mesquita, a apresentação de um plano de instalação de um museu da tauromaquia até ao próximo verão.
Pela coligação Novo Rumo, Helena de Jesus criticou a gestão socialista por nunca ter feito do museu da tauromaquia uma prioridade e exigiu que o espólio da casa museu Mário Coelho seja inventariado. O presidente da câmara, Alberto Mesquita, era um homem feliz e aliviado no final da votação, prometendo apresentar em breve um plano para instalação de um museu e garantindo que a decisão “dá os primeiros e decisivos passos” para a concretização desse projecto.
No último ano a casa museu Mário Coelho foi visitado por 1544 pessoas e desde que abriu ao público, há 12 anos, já foi visitado por 17 mil pessoas. Situado na Travessa do Alecrim em Vila Franca, conduz os visitantes numa viagem que retrata os 40 anos de carreira do matador que nasceu naquela mesma casa a 25 de Março de 1936. O espólio é composto por mais de 900 peças, avaliadas em um milhão e 234 mil euros.
Fonte - O MIRANTE.
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