O Grupo de Forcados Amadores de Arronches que festejou ontem
mais um encerramento de temporada, começou logo com um treino tendo em vista a
de 2014. Não foi só o treino como o convívio entre os veteranos deste grupo e
os novos elementos que aos poucos vão chegando.Decisão e valentia não faltaram.
Revelações com o capote e muleta tampouco...mas a surpresa foi o grupo de
forcadas constituído por esposas e namoradas dos elementos dos Amadores de
Arronches, como as fotos documentam…
Ao final da tarde de sábado, a Igreja de Nª Srª da Luz foi
pequena para receber todos os que assistiram à Missa e Bênção dos Barretes dos
Forcados Amadores de Arronches, que comemoraram o encerramento da temporada
2013. Sobre o barrete dos forcados o Padre Fernando Farinha estabeleceu o
paralelismo do seu significado, porque os protege, e do que pode ser encontrado
também no caminho da fé pelos crentes; benzeu os barretes e desejou sorte aos
rapazes das jaquetas das ramagens que levam o nome de Arronches.
Com um dos salões do multiusos “O Celeiro” repleto de
actuais e antigos forcados, familiares e amigos, com a mesa presidida pela
Presidente da Câmara Municipal de Arronches em que estavam o Vereador José
Bigares, o Presidente da Associação Amigos da Festa Brava (onde está inserido o
Grupo) e o ganadeiros locais Dª Margarida e Francisco Romão Tenório, teve
início o jantar com que encerrou este dia festivo para os Forcados Amadores de
Arronches. Durante o jantar actuaram um grupo de “Sevilhanas” e Leonor Fartouce.
Palavras de estímulo, apelo à amizade e solidariedade entre
os elementos do grupo, estiveram no discurso de Ricardo Nunes, o Cabo do Grupo.
Como recordou o historial do mesmo, não esquecendo o seu fundador Joaquim
Praxedes e todos os que pelo grupo passaram, quer como forcados, dirigentes,
familiares e amigos. Amigos como os ganadeiros locais sempre prontos a
colaborarem nas suas iniciativas. Palavras também de Ricardo Nunes para a
Câmara Municipal, na pessoa da sua Presidente pelo apoio aos Amadores de Arronches.
Outras presenças tiveram lugar durante os discursos de
circunstância mas, temos que destacar a decisão de proclamar a Avó Maria (dos
Cardoso), como é tratada carinhosamente, para madrinha do grupo, por tudo o que
representa não só por ser avó de três forcados mas, pela sua forte ligação a
todo o grupo; ou ainda o gesto do ex-bandarilheiro António Pedro que, entre
outras lembranças para o grupo, lhes ofereceu a montera que usou ao longo da
sua carreira.
Finalmente a intervenção sentida e emotiva que a todos
deixou a reflectir sobre o que é ser mãe de um forcado. O texto que Ricardina
Cardoso leu foi um hino a todas as mães de forcados pelo que sofrem e pela sua
compreensão, quando os filhos escolhem esta forma de manter viva uma das
tradições que nos tornam diferentes em relação a todo o Mundo Taurino.
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