segunda-feira, 8 de maio de 2017

Montijo (7 de Maio) - Um director “protagonista”, a casta de Salvador e Marcos Bastinhas, o encanto de Rouxinol Jr …perante o desencanto de alguns touros

Voltar ao Montijo é voltar às minhas origens de aficionado. Voltar à Praça de Touros Amadeu Augusto dos Santos é voltar a um passado que, já poucos se lembram, do que ali deixei de mim próprio e os meus companheiros naqueles anos na Comissão da Santa Casa da Misericórdia do Montijo, em que o Provedor Arroja Beatriz, nos pediu para elevar aquela praça. Perante o panorama de hoje, cada vez tenho mais a certeza (se é que nestas coisas pode haver certezas) de que cumprimos com cresces esse objectivo.

Ontem foi a corrida das Tertúlias Montijenses e de Homenagem a um grande Homem e aficionado: o Ti Albino como carinhosamente o tratamos. As homenagens devem ser feitas em vida e, aos estar perto de cumprir os 91 anos, viu reconhecido ontem naquela praça, tudo o que deu aos forcados montijenses e à Monumental do Montijo.
Lidou-se um curro do meu Amigo José Luís Sommer, de boa apresentação mas, de comportamento diverso. Cumpriram o segundo, terceiro e sexto e defenderam-se nos terrenos de dentro e com génio os restantes. Para estes havia que ter recursos como mostrou Rui Salvador com duas lides por cima dos touros. Lides à antiga, procurando os corredores que os touros lhe deixavam para colocar a carne no assador e deixar os ferros. Aqui o director de corrida ou, delegado técnico (Pedro Reinhardt), pode e deve saber interpretar o regulamento. Mas tem que ser também um bom aficionado e com sensibilidade, não negando a música a quem tudo fez para a merecer.
Igualmente Marcos Bastinhas se defrontou com dois touros a pedir a carteira profissional. Esteve inteligente em eleger os terrenos, citando a favor da crença natural deixando vir o touro de longe. Levou o entusiasmo às bancadas no primeiro e no seu segundo, um touro com mais génio do que casta, esteve de uma entrega total, recorrendo aos terrenos de dentro e arriscou muito ao tentar colocar um par a duas mãos nos terrenos de chiqueiros, sendo colhido, felizmente sem danos. O público compreendeu o seu esforço e obrigou-o a voltar para trás quando se dirigia para a trincheira e agradecer uma grande ovação.
Luís Rouxinol Jr, toureou e encantou o público e os aficionados. Duas lides em que montadas e cavaleiro formaram a simbiose perfeita. Duas lides a entusiasmar e convencer tudo e todos que estamos na presença de um valor firme da nova geração. Atenção a este Rouxinol que o seu “cantar, toureando” tem muito para nos surpreender. Tocou-lhe o melhor lote mas, é com os bons touros que se vêem ou destapam os toureiros.
Nas pegas, apenas o Cabo da Tertúlia Tauromáquica do Montijo Márcio Chapa conseguiu consumar à primeira tentativa. Luis Carrilho (4ª) e Ruben Durães (3ª). Pelos Amadores do Montijo, Hélio Lopes (2ª), José Pedro (5ª) e João Damásio (3ª).
Na arena foi homenageado Albino Bruno e descerrou-se uma placa para assinalar esta data. Na arena também, o Presidente da Câmara Municipal do Montijo reconheceu o mérito das Tertúlias Montijenses.

Click nas imagens















Sem comentários:

Enviar um comentário