Assim já no Domingo de Ressurreição, os tendidos estavam repletos de um público ansioso em especial pelo regresso de Morante de La Puebla.
Se o primeiro touro não serviu para o de La Puebla, já o segundo permitiu grandes momentos a José António. De tal forma que prolongou demasiado a faena no afã de poder eventualmente cortar duas orelhas ao touro. No final esgotou-se o tempo, soaram os três avisos e foi vivo para o curral (em sentido figurado, já que tem que ser apuntilhado no ruedo) e estalou a bronca. Não foi uma daquelas broncas habituais em outras praças. Foi uma bronca com um misto de reconhecimento pela faena e entrega de Morante e, ao mesmo tempo, o inevitável desagrado de ver um touro lidado e sem o remate da faena: a estocada ou descabelho final.
No final da corrida a sensibilidade da grande maioria do público presente na Real Maestranza veio provar que Sevilha é diferente e aplaudiu Morante de La Puebla.
Perguntarão os aficionados se este é um comportamento normal por parte do público. Direi que não… em outra praça.
Isto faz-me recordar já há muitos anos, talvez final dos anos setenta início dos oitenta, em que tínhamos um grupo de amigos/aficionados que todos os anos íamos a Sevilha pela Feira de Abril.
Era então usual num barco (Margarita II) ancorado na margem direita do Guadalquivir, realizarem-se colóquios após as corridas. Estes colóquios eram promovidos por Manolo Vidal, Carlos Rojas e Rafael Moreno, que foi jornalista e apoderado de Espartaco.
Recordo um desses colóquios em que acompanhado do meu Amigo e Maestro Armando Soares, fomos assistir depois de uma corrida em que Curro Romero esteve fatal, mesmo de cabeça. Durante o colóquio havia o debate com os presentes. No chão (porque não tínhamos lugar sentado), ao meu lado, recordo estava sentado o Marquês de Albasserada, com o seu cabelo já grisalho. Incentivado pelo Maestro Armando Soares a colocar uma questão, perguntei já não recordo a qual dos três, se não era desmotivante para um aficionado como eu, vir de Portugal e deparar-me com uma tarde fatal de Curro Romero, que não fez o mais pequeno esforço, nem para uma faena de alinho. A resposta veio pronta e nunca mais a esqueci: Curro Romero e Sevilla es cosa nuestra. Na realidade hoje por hoje, Morante e Sevilha continuam a ser algo diferente.
Era então usual num barco (Margarita II) ancorado na margem direita do Guadalquivir, realizarem-se colóquios após as corridas. Estes colóquios eram promovidos por Manolo Vidal, Carlos Rojas e Rafael Moreno, que foi jornalista e apoderado de Espartaco.
Recordo um desses colóquios em que acompanhado do meu Amigo e Maestro Armando Soares, fomos assistir depois de uma corrida em que Curro Romero esteve fatal, mesmo de cabeça. Durante o colóquio havia o debate com os presentes. No chão (porque não tínhamos lugar sentado), ao meu lado, recordo estava sentado o Marquês de Albasserada, com o seu cabelo já grisalho. Incentivado pelo Maestro Armando Soares a colocar uma questão, perguntei já não recordo a qual dos três, se não era desmotivante para um aficionado como eu, vir de Portugal e deparar-me com uma tarde fatal de Curro Romero, que não fez o mais pequeno esforço, nem para uma faena de alinho. A resposta veio pronta e nunca mais a esqueci: Curro Romero e Sevilla es cosa nuestra. Na realidade hoje por hoje, Morante e Sevilha continuam a ser algo diferente.
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