domingo, 17 de abril de 2016

Padilla, o triunfo da superação

Uns dirão que Deus escreve por linhas tortas, outros que, no final de quem luta por objectivos, sempre terá prémio. Tenho para mim que, a Porta do Príncipe de Sevilha que ontem Juan José Padilla abriu, viu o Guadalquivir e a Ponte de Triana por detrás da multidão que o aguardava, foi o prémio da superação.
Depois da grave colhida de Saragoça, em que o Homem com o seu crer de que podia voltar à profissão e os avanços da medicina e cirurgia, Padilla voltava aos ruedos. Voltava aos ruedos não para lidar as ganadarias duras que faziam parte do seu historial. Voltava com a generosidade das figuras do toureio como Juli, Morante, Talavante ou Manzanares, que se preocuparam com Padilla e reconheceram que merecia figurar com eles em cartéis de postín nas melhores feiras. Lidar corridas com mais possibilidades de triunfo. Padilla aproveitou a oportunidade e deixou constância que não era só um toureiro de muito valor mas, também, que sabe tourear com temple e arte.
Agora quando a temporada de 2016 se fecham mais os cartéis para Padilla nas grandes feiras, com os postos ocupados pelas figuras e por os novos valores que pedem passo, Padilla com dois touros de Fonte Ymbro ontem, 16 de Abril, abre a Porta do Príncipe com a qual sonhou durante 23 temporadas. Para mim como aficionado, esta seria a temporada de Juan José Padilla pensar em deixar os ruedos. Merece sair como um triunfador perante a adversidade e na sua profissão, e assim ser lembrado para a história do toureio.(fotos-Maurice Berho|mundotoro)

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