segunda-feira, 18 de abril de 2016

Será que os anti-taurinos fazem falta para acabar com a Festa?

Alvarenga com Salgueiro e Pinto (foto-D.R.) 
Não costumo falar daquilo que não presenciei mas, no presente caso, não duvido de uma única linha escrita pelo Miguel Alvarenga. O Miguel é um jornalista com um passado (Diabo/Crime/Farpas) que sabe distinguir bem o sensacionalismo, dos dados concretos que lhe são revelados e tem um código deontológico que respeita na sua profissão.
No entanto esta revelação ("I Forúm Nacional da Cultura Taurina"…não começou mal) que há muito anda escondida “como gato com rabo de fora” em muitos meios, como dizem, merece-me algumas interrogações.
Com todo o respeito que tenho pelos que se colocam à frente de um touro (íntegro), deixo aqui estas minhas interrogações.
Será que João Salgueiro só agora se deu conta dessa eventual dopagem nos cavalos de toureio ou, este “sururu” que agora surge, serve para “tapar” um pouco as expectativas goradas com o regresso do “Génio”?
Se sabia disto, porquê só agora a sua revelação?
Assume ele, que também teve essas práticas supostamente menos correctas?
Será porque, nesta altura do campeonato, já nada tem a perder na sua respeitada e dilatada carreira profissional?
Quando os protagonistas desta revelação, e passo a transcrever o que Miguel escreveu: João Salgueiro"Era importante que começasse a haver um controlo de doping aos cavalos de toureio, antes e depois das corridas, assim como o há noutras modalidades equestres. No mundo dos toiros isso nunca aconteceu e era bom que passasse a acontecer...".
E Duarte Pinto reforçou: "Se isso passar a ser feito
(controlo anti-dopagem?), 75 por cento dos cavalos vinham embora das praças e não eram autorizados a tourear... pela simples razão de que muitas vezes não estão em condições de tourear(por dopagem?) e mesmo assim toureiam e ninguém dá por isso. Quem manda é o público e seria bom que o público fosse entendido para pôr muita coisa na ordem e protestar contra o uso de gamarras, serretas, etc.".

Pergunto: Será que no futuro Duarte Pinto sentir-se-à confortável ao voltar a fazer as cortesias ao lado dos seus companheiros de cartel e pensar: Aqui está mais um dos tais! Ou então pensar: Só eu, no meio desta gente, sou impoluto!
Miguel Alvarenga cumpriu com o seu dever como jornalista. Os responsáveis pelas declarações terão que as provar. Agora uma coisa é certa: Este não foi o momento oportuno nem o local. Há outra forma de denunciar estes factos, como as instâncias próprias. Assim, nem precisamos dos anti-taurinos para acabar com esta depauperada Festa Nacional. Atenção! Mas que prevaleça sempre a verdade.

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