quinta-feira, 30 de julho de 2015

Este é o caminho para que a Festa tenha continuidade

Andamos todos um pouco distraídos com o que se passa na Festa dos Touros um pouco por todo o mundo taurino. Teremos que estar atentos ao que se passou na Catalunha, Santa Maria de Bogotá, San Sebastian, Viana do Castelo e agora em Palma de Maiorca. Não são os anti- taurinos que a mim em especial me preocupa. Preocupa isso sim, certos partidos políticos que até se dizem de esquerda, quando chegados ao poder são muito lestos em declarar as suas cidades como anti-taurinas. Preocupa-me que cada vez há menos aficionados, gente com conhecimentos taurinos cabazes de exigir mais aos toureiros, ganadeiros e empresários. Preocupa-me que cada vez há mais público nas bancadas e menos aficionados. Preocupa-me a moda do social, dando um protagonismo a gente que vai aos touros, como a um espectáculo de rock. Em muitos casos para passarem o tempo agarrados ao telemóvel de última geração, para fotografar e filmar, sem o mínimo de conhecimento desta Festa que amamos e temos que defender a capa e espada, mesmo remando contra a maré; mesmo que nos censurem de sermos do contra e não alinharmos na moda do social. Já o afirmei e continuo a defender que, aqui o protagonismo, será sempre dos toureiros, dos forcados, dos ganadeiros, eles sim, são os verdadeiros pilares da nossa Festa.
Recebi e é com todo o gosto que aqui publico esta notícia, porque este é o caminho a seguir -fazendo uma declaração de interesses porque sou Amigo de Joaquim Bastinhas, mas Amigo para lhe falar a verdade e não palmadinhas nas costas.
É com os jovens que temos que trabalhar. Os profissionais e todos aqueles que têm responsabilidades na Festa. Temos que criar novos aficionados, que entendam o que está por detrás do simples espectáculo numa praça de touros. Os toureiros têm que abrir os seus espaços de treino, as suas instalações, os ganadeiros têm que facilitar às crianças acercarem-se ao campo, saber como se cria, vive o touro e todos os trabalhos inerentes ao seu maneio. A importância que o touro bravo tem na preservação de ecossistemas. Este é o texto recebido, ao qual no final acrescentamos o que recentemente aconteceu com Morante de La Puebla e os jovens em Huelva.
“Dando continuidade ao programa iniciado por Marcos Tenório e corroborado por Joaquim Bastinhas, visando aproximar os mais novos às suas raízes culturais e tradições, para além de poderem desfrutar também de um dia em pleno campo. Desta feita coube a visita às crianças da “Associação de Basquetebol Albicastrense” visitarem as “Algramassas”, sede da Casa Bastinhas e “Belver” onde se encontra instalada a coudelaria “Helena Nabeiro Tenório”. Certamente um dia estas sessenta crianças com idades entre os 8 e os 13 anos irão recordar, não só pelo facto de terem privado com os cavaleiros, mas também por toda a liberdade e esclarecimentos que puderam usufruir, sobre a realidade diária do trabalho dos cavaleiros e todas as outras actividades que giram em torno de uma empresa agrícola de sucesso. Entretanto surgiram já novos pedidos de outras escolas de diferentes pontos do País, solicitando a visita às “Algramassas”, integrando o plano pedagógico de tempos livres desses mesmos ATL´s, colégios e associações de entretenimento e lazer”.
“Morante de La Puebla surpreendeu centenas de assistentes que esperavam na Praça de Las Monjas de Huelva vestido de lince. O toureiro surpreendeu e entusiasmou dezenas de crianças e pintaram um grande painel reivindicativo que estará presente na Feira de Colombinas e que diz: “Sim as crianças nos touros”. Disse Morante a este respeito “Sim venho ao encontro das crianças, pensei em fazer algo que os surpreendesse e arrancar-lhes um sorriso”, acrescentando “ O lince é um animal em perigo de extinção e eu como artista, sinto-me também assim frente a tanto ataque à Festa”.

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