quarta-feira, 14 de junho de 2017

Não é só os empresários arriscarem, é preciso que o público corresponda

Mergulhados no marasmo dos cartéis repetitivos, como que uma espécie de troca de “cromos”, ou seja, vem cá o teu mas, depois, vai lá o meu! É o que temos na nossa tauromaquia com empresas/apoderados. Mas não só em Portugal, porque se tivermos um olhar mais atento, passa-se o mesmo na vizinha Espanha.



Ora perante este panorama, dois empresários resolveram dar um abanão nisto tudo, e têm nomes: Rafael Vilhais e João Pedro Bolota. O primeiro ao querer dar o brilhantismo que a Moita como capital do toureio a pé merece, trouxe ao lado de Diego Ventura, o ciclón do Perú, Roca Rey. Para não se ficar atrás, João Pedro Bolota, na praça da capital do Ribatejo, onde impera o cavalo e o forcado, não fez por menos e, na Feira da Agricultura, ei-lo que anuncia Morante de La Puebla, Julian Lopez “El Juli” e Padilla, isto no que ao toureio a pé diz respeito. Para os amantes do toureio a cavalo uma vez mais, Diego Ventura, aquele que hoje ostenta no seu currículo 14 Portas Grandes em Madrid, a capital mundial do toureio.
Louvável o arrojo e o risco destes dois empresários, pois temos que estar conscientes que triunfar na Moita ou em Santarém, não é o mesmo que em Lisboa. São públicos (não aficionados) diferentes. Temos também a consciência que no presente, não temos uma figura do toureio quer a cavalo como a pé, que arraste público e em especial os aficionados mais conhecedores.
Perante este cenário, os dois empresários fizeram aquilo que lhes compete: oferecer ao público algo diferente mas, é necessário, haver uma resposta cabal por parte do público que paga a sua entrada e tem que corresponder ao esforço destes dois Homens.
Já agora a proprietária da praça, bem podia ter mandado pintar a barreira, pouco digna destes cartéis e desta feira.

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