segunda-feira, 5 de junho de 2017

38º Concurso de Ganadarias de Évora - Calejo Pires conquista Apresentação - Herdºs Branco Núncio Bravura










A empresa com os vencedores do 38º Concurso de Ganadarias de Évora

A Maestria de António Telles conquistou a Arena de Évora
António Telles foi a maestria em estado puro que varreu a Arena de Évora, perante cerca de três quartos da sua lotação preenchida.
O primeiro exemplar de Calejo Pires, um ensabanado de mucha echura, em termos taurinos, colocou à prova o da Torrinha. Era necessário atacar o bonito exemplar que conquistaria o Prémio de Apresentação. Mas não só atacar como quase ter que chocar com ele (como nos confessava o próprio António) para lhe deixar a emotiva ferragem.
Para lidar em segundo do seu lote, o nº 149 da divisa de Francisco Romão Tenório. O seu encaste murube e os 600 kg que tinha que movimentar, não auguravam uma actuação como a que assistimos. Se de princípio saiu algo parado, foi crescendo ao longo da lide. Arrancou-se mesmo dos médios quando António Telles o citou das tábuas. Foi uma lide de grande emoção colocando à prova, se é que se pode dizer, o Maestro da Torrinha. No final era um Homem feliz por aquilo que o touro lhe impôs e poder estar por cima.

O temple de João Moura Jr. 
frente ao lote menos apetecido



João Moura Jr. levou o lote menos apetecido, pois quer o Passanha como o Teixeira, cumpriram mas faltou-lhes transmissão para o toureio de João Moura Jr que, ao comemorar 10 anos de alternativa, mantêm as influências mouristas e hermosistas no seu toureio.
Em ambos os touros andou em galopes a duas pistas, por vezes invertendo os galopes por dentro em terrenos de mais compromisso. Teve cites e entradas templadas ao pitón de fora e deixou ferros aplaudidos mas, não foi a tarde redonda.

Um touro bravo e a "bravura" de um toureiro


Marcos Bastinhas já tinha conseguido levar a emoção às bancadas com o touro de Canas Vigouroux. Um touro com presença mas algo tardo nas meias investidas. Foi o toureiro a colocar a emoção que devia de ser aportada pelo touro.
No entanto para ele estava guardado o "tesouro" do touro bravo. O touro que galopa, acode aos cites e emprega-se nas investidas. Um touro bravo que encontrou pela frente a "bravura" de um toureiro que se entrega totalmente em cada uma das suas actuações, como já tínhamos visto no Montijo, frente àquele Sommer.
Marcos Bastinhas é um toureiro de paixões que fazem falta à Festa, goste-se mais ou menos do seu conceito. Na Arena de Évora esteve à altura do compromisso porque, quando sai um touro bravo como foi o de Herdºs de Branco Núncio, pode destapar o toureiro. Já a pedido do público teve que deixar o habitual par de bandarilhas em terrenos da crença natural.

Forcados de Montemor e Évora mostraram o 
porquê do respeito pelas jaquetas que envergam


O grupo de forcados Amadores de Montemor raiou a grande altura. Fiel aos seus pergaminhos, mostrou coesão no grupo e a dimensão dos caras, os quais foram solistas (neste difícil concerto de touros com peso, casta mas, também génio), João da Câmara, João Ramalho e Francisco Borges.
Galhardia. Pundonor e valentia, é como se pode descrever a actuação dos Amadores de Évora, com Gonçalo Pires a conseguir a única pega à primeira. Dinis Caeiro sofreu fortes derrotes nas três tentativas que executou, que o levaram a sair em maca da praça, tendo que ser dobrado por Ricardo Sousa. Também não foi fácil para João Madeira que consumou à terceira tentativa.
No final o júri composto pelos próprios ganadeiros, elegeram o touro de Calejo Pires como o melhor apresentado e o de Herdºs de Branco Núncio como o mais bravo que saiu à Arena de Évora neste 38º Concurso de Ganadarias que foi dirigido por Agostinho Borges.



































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