sábado, 25 de junho de 2016

Miguel Moura venceu o prémio para a melhor lide na tourada de Arronches



Esperava-se mais público na centenária Praça de Touros de Arronches para assistir à tradicional tourada por ocasião das Festas de São João. Maior incidência nos sectores de sol e algumas clareiras nos de sombra.

Este foi o III Concurso de Ganadarias Alentejanas organizado nesta praça (em que o Município de Arronches se empenha por dar continuidade), ficou limitado a touros de Paulo Caetano e Francisco Romão Tenório, por um imponderável com os touros de Maria Guiomar Cortes de Moura.
Paulo Caetano lidou assim três exemplares da sua ganadaria. O primeiro com mais génio do que raça, algo bruto para o toureio; o segundo foi um touro com qualidade que se arrancava de dentro para fora, ou seja, das tábuas para os médios e que acabou por vencer o Prémio para o Touro Mais Bravo, o terceiro foi mais reservado mas a deixar-se lidar.
Com mais presença os touros do ganadero local, Francisco Romão Tenório, até pelas características do seu escaste murube. O primeiro (quarto na ordem) de saída faltou-lhe alguma transmissão mais foi de grande nobreza (fazendo o avião nas investida). O segundo da ganadaria de Arronches foi um touro com qualidade e o terceiro e último da noite, um touro bravo, com ritmo nas investidas.
O júri é soberano e o que está decidido, decidido está, embora se possa discordar quanto à atribuição dos prémios. 
Paulo Caetano recebeu o prémio para o Touro Mais Bravo (2º da noite), Francisco Romão Tenório, prémio para o Touro Melhor Apresentado (6º); os Amadores de Arronches levaram o prémio para a melhor pega; Miguel Moura recebeu o prémio para a melhor lide.
João Moura Caetano a quem tocou o lote menos potável, esteve por cima do seu primeiro, um touro com génio e algo bruto como se diz na gíria. Colocou tudo da sua parte para suprimir as carências do touro da sua ganadaria. Com o segundo do seu lote com o ferro de Romão Tenório, que foi nobre mas a faltar-lhe um pouco mais de transmissão, João Moura Caetano, deixou na arena tudo o que tinha para dar... e que faltou ao murubenho.
Miguel Moura não esteve muito centrado com o seu primeiro, um touro com qualidade. Faltou-lhe por vezes ajustar-se mais nos emborques. Com o segundo rectificou mais essa falta de ajuste, andou mais ligado e teve uma lide de menos a mais, o que é sempre empolgante para o público que acaba por se entregar.
Era um touro mais reservado, o primeiro do lote de Salgueiro da Costa, com o qual, sem atingir grandes momentos, teve uma lide asseada. Já com o segundo teve uma das melhores lides que lhe vimos desde os tempos de praticante. Aproveitou o excelente touro de Francisco Romão Tenório e andou ligado, com temple na execução das sortes, chegando com força às bancadas. Tanto Salgueiro da Costa como Miguel Moura, com poucas corridas toureadas nesta temporada, acusaram de princípio essa falta de acople aos touros, mas que viriam a suprimir. Já João Moura Caetano com mais anos de alternativa e um conceito de toureio mais definido, soube superar carências do primeiro touro e esteve em muito bom plano com o segundo, que lhe proporcionou por momentos explanar o seu toureio e chegar com força às bancadas.
Quando aos forcados os Amadores de Arronches pegaram um touro à segunda e dois à primeira tentativa. Quanto aos Amadores de Alter do Chão fecharam-se num touro à primeira, outro à segunda e um à terceira.
Dirigiu com acerto Marco Gomes, assessorado pelo Dr. Guerra, numa corrida que se prolongou com o último touro a levar algum tempo para sair ao ruedo. Não deixou prolongar o suposto intervalo das touradas à portuguesa, até porque a noite estava algo fria.


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