terça-feira, 3 de junho de 2014

Saída a ombros do ganadeiro pela “Puerta del Príncipe, sim ou não (!?)

Toureiros e ganadeiro pela Porta dos Sonhos (foto-Arjona)
Perde-se no tempo e a muitos na memória, a última vez que dois novilheiros saíram a ombros no mesmo festejo pela Puerta del Príncipe da Real Maestranza.
O que aconteceu no passado dia 1 de Junho, com a saída de Borja Jiménez e José Garrido pela porta dos sonhos, só por si já era um facto, que dá a dimensão e a grandeza do toureio. Esta data ficará para sempre na história da tauromaquia e destes dois toureiros como um marco indelével.
No entanto a polémica está instalada com a saída também pela Puerta del Príncipe do ganadeiro Ricardo Gallardo, acompanhando os novilheiros.
Desde miúdo, quando comecei a interessar-me pelo fenómeno taurino, ouvi da boca dos velhos aficionados e lia no velhinho Ruedo ou no Dígame, que o toureio é grandeza; que o touro é a base da festa e um dos seus protagonistas. Atendendo a tudo isto, quando uma corrida de determinada ganadaria sai brava, que proporciona o êxito aos toureiros e engrandece o espectáculo, é frequente (não tantas as vezes como desejamos) que o ganadeiro saia à praça ou que o seu maioral dê a volta ao ruedo na companhia dos toureiros e, outras vezes, os acompanhe na saída a ombros.

Se numa praça como a de Sevilha um ganadeiro leva um novilhada bem apresentada, com petição de volta ao ruedo ou ovacionados no arraste os seus e exemplares, que proporciona um triunfo como este aos toureiros (embora seja rompedor,) é de toda a justiça esse reconhecimento ao criador desses novilhos ter a sua recompensa, Porque não sair um ganadeiro pela Porta dos Sonhos, já que leva três ou quatro anos (quando não mais) a sonhar com a bravura das suas reses. Menos hipócrisia e mais grandeza no toureio…

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