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Porque é única. Porque o ambiente que a envolve não tem igual por outras paragens do país taurino. A situação da praça que encima a avenida onde se vivem as mais concorridas largadas e o dia do fogareiro, conferem-lhe uma apetência a que os aficionados ou simples curiosos não podem resistir. As suas gentes e a sua história taurina, passada e recente e, sem dúvida os seus cartéis, fazem a diferença.
Por esta arena passaram sempre as maiores figuras do toureio de Portugal e Espanha. A sensibilidade dos vários empresários ao longo dos anos de manterem aqui a tradição de uma corrida só com matadores, torna-a diferente no espírito e na essência de uma afición diferente. Quem não recorda os nomes de Pedro Moya "Niño de La Capea , Manzanares, Espartaco, entre muitos mais. Quem não recorda nomes como Mestre João Núncio, José Lupi, Domecq (os mais velhos), Mestre Baptista, Veiga, Zoio, Moura etc. etc., nesta praça.
Esse afã de proporcionar aos aficionados uma feira de cariz diferente mantêm-se. Este ano, para além dos cartéis com cavaleiros, com o nome de Pablo Hermoso a ombrear com os mais cotados dos portugueses e os mais credenciados grupos de forcados, continua a haver a sensibilidade de proporcionar aos aficionados do toureio a pé, um cartel rematado, reunindo um matador de cada um dos países da Europa em que esta modalidade se pratica. Juan Bautista (que saiu ontem a ombros da praça de Arles) que a par de Castella são as maiores figuras da actualidade do toureio francês; Luis Vital "Procuna" matador de touros português e fruto da Escola de Toureio da Moita e Ivan Fandiño, a grande revelação da temporada espanhola, são o grande atractivo de um cartel diferente. Só por este cartel já está marcada a diferença... e o porquê.
Video de Ivan Fandiño nos Açores
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