A publicação deste e-mail que recebi, não tem mais valor do que o sentimental. É um e-mail de um "velho" amigo e companheiro como forcados que fomos no Montijo, lá pelo final dos anos sessenta. Tem no entanto outro significado: o das novas tecnologias permitirem estes encontros entre amigos e aficionados, como no presente caso.
Olá Fernando,
Em Paris o Zé Luis e o Armando levaram os touros aos emigrantes no Rádio Clube de Paris |
Foi com bastante prazer que te ouvi através da Rádio Campanário. Foi até por mero acaso, quando transitava por diversos sites taurinos dos quais já sou um habitué, que vi o anúncio da tua presença na rádio e, sinceramente, concordo praticamente com os teus comentários. Fui também um assíduo leitor da tua coluna no Novo Burladero. Enfim: um jornalista, um comentarista o qual merece todo o meu respeito e admiração.
Recordo os tempos em que fomos forcados, nessa altura tu e o teu irmão Vitor, ainda muito jovens, já mostravam que estavam predestinados a esta paixão tal como a minha, que é a festa dos toiros. Quis o destino que eu imigrasse para França e assim tivesse durante vários anos de prescindir desta valiosa tradição. Logo após o 25 de Abril retomei os caminhos de aficionado, tendo ainda pegado toiros no grupo da Moita aquando do período de férias. Algum tempo depois, viria eu e o malogrado Armando Silva a formular um projecto radiofónico, o qual foi aceite pela direcção do Rádio Clube Português de Paris e onde estivemos em antena durante vários anos. Também com algumas das tuas intervenções para gáudio da vasta comunidade Portuguesa na região Parisiense.
Isto não é para me dar protagonismo, longe dai, é simplesmente para dar trato ao quanto a Festa Brava contou na minha vida, e já agora desculpa de eu me ter prolongado na escrita e vir ao intuito do principio, que era para te desejar um bom fim de ano assim como aos teus familiares, e que o próximo ano continue a trazer-nos a ilusão como nos tempos áureos.
Recebe um grande abraço do José Luís
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