quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Outros Tempos...

O touro Romero a comer à mão
As fotos constituem como que o arquivo das nossas recordações, sobretudo daquelas que nos são mais próximas.
Para nós, aficionados, as fotos antigas, em especial aquelas cujo sortilégio do preto e branco nos fazem recordar tempos idos, tempos em que a vida decorria mais lenta e os pequenos detalhes não nos passavam despercebidos.
Essas fotos trouxeram-me à memória os tempos áureos da Barroca d’Alva, em que José Samuel Lupi estava no auge da sua carreira como cavaleiro tauromáquico.
Como se de um “maletilla” se tratasse, calcorreava o caminho que separa o Montijo da Herdade da Barroca, cortando caminho através do clandestino Bairro do Areias, um aglomerado de construções sem plano nem regras que imperavam nos anos sessenta/setenta.
As ferras, as tentas e os treinos eram como que a faculdade onde bebia os conhecimentos vindos de profissionais e aficionados de pró. Nos burladeros da pracita de tentas eram frequentes as presenças do Dr. Branco (pai do produtor Paulo Branco), dr. Mendes de Almeida, Nascimento, Balé, João Carlos Piteira assitindo aos treinos de José Samuel Lupi, sempre coadjuvado pelo António Gregório e Rogério Amaro.
Jovens aspirantes a toureiros, bandarilheiros ou simples aficionados sempre tinham uma palavra amiga do engº Lupi e a sua autorização para alí permanecerem, desde que se comportassem devidamente.
Era frequente, no corredor da quinta, assistir-se ao “acosso y derribo” com a participação de Álvarito Domecq, Fermín Bohórquez, Manuel Vidrié ou simples “garrochistas” do país vizinho. Respirava-se “toreria” e “afición”, enfim, o ambiente de tempos idos e que hoje recordamos com nostalgia. Perdura apenas a amizade que foi cimentando ao longo dos anos com o Luís Lupi, que chegou a tourear como amador.
Dessas imagens retidas, não em fotos mas na memória de aficionado, recordo uma que verdadeiramente me impressionou na altura. Nos currais onde se procedia aos embarques das corridas, estava um dia apartada uma para Espanha, quando a certa altura se abre uma das portas e por ela entre um jovem, cuja idade andaria entre os catorze/quinze anos. Na mão, levava umas quantas ervas, possivelmente acabadas de colher. Dirigiu-se com passos seguros para junto dos toiros, um deles parecia ter reconhecido o intruso, levantou a cabeça de cornadura imponente e esperou. Eu e os meus companheiros de “aventuras” taurinas, sustivemos a respiração e os nossos corações apertaram-se perante tal ousadia. Afinal, o toiro e o jovem eram velhos conhecidos. O rapaz falou-lhe de forma terna. O toiro, qual cachorro, preparava-se para as habituais carícias que este lhe proporcionava. O rapaz chamava-se Vasco Piúça, hoje homem maduro, julgo que vive no México. O toiro não recordo o nome, só sei que foi bravo e nobre. Bravo pelo seu encaste, porque da sua nobreza fui testemunha desta cena que descrevi e presenciei … e que me marcou como aficionado. Imagens de tempos remotos…


Votos de Boas Festas de João Moura Caetano

O cavaleiro tauromáquico João Moura Caetano, enviou ao Planeta dos Touros os votos de Boas Festas que aqui tornamos extensivo aos nossos visitantes.

“NOVO BURLADERO” N.º 301 JÁ ESTÁ Á VENDA

Já se encontra à venda o N.º 301 da revista Novo Burladero que, como de costume, dedica grande espaço da edição de Dezembro à Feira de São Martinho, na Golegã, com a alongada reportagem a que habituou os seus leitores. Destaque para a grande entrevista “Figuras da Feira”, este ano com o Dr. José Veiga Maltez, no final do seu longo mandato à frente do Município goleganense e com obra importante feita na sua terra e na feira que é tema desta edição.
Segue-se, também em plano de destaque, uma reportagem com o criador de cavalos João Grave, de cuja coudelaria é o “Zique de Peramanca”, cavalo da temporada 2013, que fala de uma grande trilogia: Cavalos, Toiros… e Vinhos!
A NB foi a Sevilha ver a maravilhosa exposição “Joselito y Belmonte” - “Una Revolución Complementária. 1914 - 1920”, com a sorte de ter sido guiada pelo próprio comissário da exposição, Juan Carlos Gil. O David Leandro conta-vos o que por lá se viu.
Tiago Fadigas continua o relato detalhado da vida da NB e dos seus antecedentes, ocupando-se nesta edição das revistas saídas nos primeiros anos da década de oitenta do século passado.
No centenário do seu nascimento, recorda-se a figura que foi o grande Ricardo Rhodes Sérgio, o terceiro e emblemático Cabo do Grupo de Forcados Amadores de Santarém.
O Coronel José Henriques brinda os leitores com o seu costumado “A Tragédia na Festa”, referindo-se à vida e morte do lendário Manuel Garcia “Espartero”.
Conforme prometido na edição 300, mantém-se uma página dedicada a “Solilóquio” e ao seu legado literário relacionado com a Festa; e Sérgio Perilhão continua a evocar a Lisboa de outras eras, com as suas esperas e touradas reais; a fechar a temporada, a NB assistiu à tradicional corrida do Cartaxo, da Feira de Todos os Santos.
Para além de tudo isto, poderá ainda ler, como é hábito, Tertúlia “NB” (David Leandro), Recordações a Preto e Branco (António José Zuzarte), As Fotografias com História (Duarte Chaparreiro), À Boca do Burladero (Catarina Bexiga) e Com Alma, tentando a Arte (João Diogo Câncio).
Não deixe de ler mais uma NB recheada de artigos de interesse. Visite a NB em www.novoburladero.com.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Nuno Casquinha conquista prémio da Peña Taurina Canteña

O matador de toiros Nuno Casquinha foi designado o autor da melhor faena na província de Canta da temporada 2013. Prémio instituido pela Peña Taurina Canteña.
Estiveram em competição com a faena do diestro portugues, as realizadas por: Juan Carlos Cubas em Canta, David Esteve em Canta e Fernando Roca Rey em Pariamarca. Tendo finalmente sido escolhida a faena de Casquinha em Carhua, na tarde de 5 de Outubro, a um toiro da Ganaderia Camponuevo.
Como melhor toiro foi galardoada a Ganaderia San Pedro, pelo lidado na corrida de 15 de Outubro em Canta por Juan Carlos Cubas.
Como melhor corrida conquistaram o troféu ex-aequo as comissões de Carhua e Canta. Nuno Casquinha encerrará a sua temporada 2013 com mais 3 contratos no mes de Dezembro: Dia 12 em Macusani (Puno),
Dia 16 em Macarí (Puno), Dia 29 em Santa Cruz (Cajamarca)

sábado, 7 de dezembro de 2013

Forcados de Monforte em dia de festa

O Grupo de Forcados Amadores de Monforte comemorou hoje com uma festa que reuniu forcados, familiares e amigos o encerramento da temporada de 2013.
Na praça de touros João Moura em Monforte teve lugar um treino/garraiada com a participação dos actuais e antigos forcados do grupo monfortense. Pelo meio como as nossas imagens testemunham, muita aptidão não só para pegar touros como para praticar o toureio em várias modalidades, como pode ser o cómico, toureio a pé ou a cavalo.
Antes do treino Ricardo Carrilho, cabo do grupo, recordou-nos que “esta foi uma temporada em que o grupo pegou onze corridas” o que para o cabo e para o grupo não foi o número desejado. Não deixa no entanto de referir que pese o número de corridas “o grupo esteve a um nível muito regular” durante esta temporada.
Numa análise às melhores prestações dentro desse nível, Ricardo Carrilho não deixa de destacar a corrida “que o grupo pegou em Monforte, o Concurso de Ganadarias, e a corrida da inauguração da praça de Estremoz pelo seu significado e estarmos ao nível do Grupo de Montemor com quem alternámos”. Quando às preocupações com lesões “este foi um ano em que o grupo não teve grandes problemas o que é sempre bom”, concluiu.

O dia iria prosseguir com a celebração de uma Missa e o Jantar de encerramento num restaurante em Cabeço de Vide.













quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

O defeso do aficionado

Acordei sobressaltado. Tinha adormecido sentado no cómodo sofá – aquele que sempre elegemos – junto à lareira, lugar onde se está a gosto. 
O lume crepitava, aquecendo este prelúdio de Inverno que se adivinha rigoroso neste Alentejo.
No colo, aberto, o livro “Viagen a los Toros del Sol” que tinha elegido para reler, também ele nos fala desses invernos de rigor extremo no Campo Charro.
Sempre guardei na memória de aficionado aquela frase «... sentia o frio trespassar-me os pés através das botas rotas de tanto caminhar pelo Campo Charro... »
Alfonso Navalón, crítico, cronista, escritor, ganadero e aficionado prático, foi figura polémica de uma época em que no toureio (como hoje) certo sector da crítica taurina funcionava com o famigerado envelope...
É, no entanto, inegável a sua capacidade como escritor, e este livro que agora comecei a folhear de novo dá conta disso mesmo. Dos campos de Salamanca às marismas do Guadalquivir transporta-nos com magia por ganadarias de solera e casas senhoriais, de ganaderos que sabiam receber (alguns talvez a contragosto abriram as portas ao polémico personagem), com esta leitura tornam-se mais agradáveis as intermináveis noites.
Terminada a temporada é isto que me espera neste “rincón”. O defeso parece-nos sempre longo!
As tertúlias aqui quase não existem. O alentejano, nesta época do ano, não é muito dado a saídas. É mais de casa. A braseira ou a chaminé são os lugares predilectos para passar os longos serões.
Tenho a sorte de ter aqui por perto o António José Zuzarte, com quem por vezes me encontro e colocamos a conversa de aficionados em dia.
Longe do centro aficionado português, mas perto de Badajoz (30 minutos), sempre encontro um que outro toureio ou ganadero, junto à barra do Hotel Rio. Depois da tapa e da caña é a visita quase que obrigatória aos livros na planta baja do El Corte Inglês.
Os campos começam a estar verdes. Bom prenúncio para as vacadas. Aqui estendo a vista pela de Francisco Romão Tenório quando me dirijo até lá Codosera, já a do Dr. Ortigão Costa está ali mesmo junto à estrada quando a viagem é até Badajoz.

Afinal não me posso queixar. Boa leitura em ambiente acolhedor, ganadarias e Espanha aqui ao pé... rapidamente vai passar o defeso. (Artigo escrito  em 2004 na 5ª Coluna  da Novo Burladero)

Youtube retira videos sobre touros da sua plataforma

O Youtube está a proceder á retirada das imagens sobre tauromaquia da sua plataforma, visando a exclusão do tema do site. Vários têm sido os comentários e opiniões de diferente sectores ligados á festa, entre os quais o dos profissionais do toureio. O cavaleiro Joaquim Bastinhas inquirido sobre o tema deu a seguinte resposta:
“Bom na realidade o que sei até ao momento, é que se tem verificado essa situação, sobretudo em relação às corridas integrais, ou à espanhola. Actualmente a VIMEO está a publicar todas as imagens video sobre festejos taurinos da América do Sul, Espanha e de Portugal (onde as lides não culminam com a morte do touro na arena). È uma pena que mais uma vez se descrimine a arte, cultura e tradições de povos e nações, até porque se analisarmos mais a fundo, quantos turistas e aficionados ingleses, belgas, nórdicos, para já não falar de outros continentes, assistem a corridas de touros? Talvez aqueles que agora proíbem a tauromaquia no Youtube, desconheçam a sua verdadeira dimensão, não só nas tradições culturais de muitos países, mas também na economia dos mesmos. Todos têm direito às suas opiniões, credos e gostos. No entanto, penso que não se devem colocar proibições, sobre qualquer tema, sem se estar minimamente informado. Penso que o ideal será os diversos intervenientes, que tomaram a decisão de vetar a tauromaquia do Youtube, repensarem e analisarem com seriedade, debatendo com profissionais do sector, se vale a pena ou não, levar por diante esta proibição. Penso que nenhuma das partes ficará a ganhar com a proibição da tauromaquia no Youtube, ou noutro qualquer meio de comunicação. “

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

"Os encastes minoritários" - Por vezes é incómodo abordar a realidade com todas as palavras

No dia 23 de Junho de 2006, escrevi este artigo para a 5ª Coluna que mantive ao longo de alguns anos na Revista Novo Burladero, passados todos estes anos a sua actualidade é premente.
Sou um fã incondicional do programa "Kikiriki" do Canal Plus, conduzido por David Casas e que ontem mesmo Elena Salamanca, confessou que estão a encontrar alguns problemas na obtenção de testemunhos para o programa. É que estão a bordar assuntos sérios da Festa dos Touros, como no último programa "Os encastes minoritários" e isso causa algum incómodo no sector.
Este foi o artigo que escrevia e que aqui fica.

A Festa corre perigo!

Na actualidade, a grande maioria das ganadarias em Espanha tem procedência Domecq e, em alguns dos casos, este encaste está em baixa, aliás até se percebe o porquê da situação.
A aceitação por parte das figuras em lidar certas ganadarias fez com que os ganaderos de bravo optassem pelo toiro comercial, sobretudo o encaste Domecq. Hoje, pelo fenotipo distingue-se o toiro desta procedência. O toiro harmonioso, baixo, não passado de quilos, nobre a roçar o manso é o predilecto das figuras… e logo imposto pelos apoderados. É o toiro que também dá a cornada, mas é sem duvida aquele que menos incomoda, o toiro aborregado que aos poucos se foi seleccionando em detrimento do toiro encastado, fiero y con raza, e quando este sai… acaba-se com ele debaixo do cavalo.
Não se foi atrás da utopia del toro de los ojos verdes, como cantou o poeta e ganadero Fernando Villalón, mas antes atrás do toiro comercial, do vender vacadas e sementais por preços astronómicos aos novos ganaderos que encontraram neste campo a promoção social.
Estes novos ganaderos que vão ao ponto de afirmar, como escutei recentemente a uma ganadera, que os seus toiros lidados em determinada corrida estavam desidratados, não lhes tinham dado água e por isso caíam e não investiam; tinham feito muitos quilómetros de viagem e muitas horas de chiqueiros. Já ouvi chamarem muita coisa há falta de casta, agora desidratados foi a primeira vez.
Outro factor a ter em conta é a saturação. Como dizia há dias Emílio Parejo, no Canal Sur, o público está farto de cavalo, sota e rei. É uma verdade tão cristalina como a água.
Nas grandes feiras e cartéis são sempre os mesmos. Estão mais que vistos e não dão passo a novos toureiros. Esses sim que podem ser novidade e revitalizar a festa dos toiros. Há um cansaço apesar da indiscutível maestria de Ponce, El Juli deixou de ser o mais taquillero, Finito está acomodado, Morante foi-se embora (nesta data), Rivera Ordóñez é insípido e rotineiro (já afastado), etc, etc.…
Este é o exemplo espanhol, cuja tradição multissecular e extensão geográfica poderia evitar a saturação, só que hoje com as televisões os toureiros estão mais expostos.

De Portugal nem vale a pena falar. Geograficamente em termos taurinos somos um “quintal”. O número de corridas aumenta de ano para ano, mas as praças estão quase sempre com muito do cimento das bancadas à vista. Os cartéis são repetitivos e falta imaginação e capacidade às empresas, na sua grande maioria sem vocação para esta área.      

domingo, 1 de dezembro de 2013

O ESTADO DO SECTOR TAURINO

A empresa da Maestranza de Sevilha (Pagés) convocou uma conferência de imprensa para fazer uma análise do estado actual do sector taurino em Espanha (igual em todo o segmento) e afirmaram Eduardo Canorea e Ramón Valencia que “é praticamente impossível reduzir o preço dos bilhetes” isto no entender dos empresários dado que “os toureiros não estão dispostos a reduzir um cêntimo e alguns deles, sobretudo os de cima ao dia de hoje não lhes ocorre”. Esta afirmação baseiam-na no pressuposto de que os actuais representantes dos toureiros (El Fundi, Gómez Escorial e Juan Diego) não representam os toureiros da parte alta do escalafón. Ao apresentarem números e equações predefinidas não se ajustam à realidade actual do sector.
Os responsáveis pela praça sevilhana vão mais longe ao considerarem que “figuras tão relevantes como El Juli, Morante. Manzanares, Pereira e Talavante não são consequentes e são eles os que deveriam estar nas negociações. Os seus postos de trabalho estão em perigo e alguns deles não têm os pés assentes na terra”
Canorea afirmou mesmo que neste momento os “ganaderos estão passando mal na sua maioria, porque há alguns que não querem baixar nada nos preços, nem tampouco as quadrilhas pela sua parte não querem saber absolutamente nada sobre este tema”.
Existe um convénio em Espanha assinado pelos toureiros (chefe de quadrilha) com os empresários mas, a grande oposição ao cumprimento deste convénio vem do lado da Associação dos Bandarilheiros, Picadores e Moços de Espada que dominam o sector como é sabido quando declaram greve.

Como diz o ditado português, “quando vires a casa do teu vizinho a arder, coloca as tuas barbas de molho”, ou seja, em Portugal há que repensar a Festa, senão isto dura mais uma ou duas décadas e acaba.

Forcados Amadores de Arronches comemoram fim de temporada 2013

O Grupo de Forcados Amadores de Arronches que festejou ontem mais um encerramento de temporada, começou logo com um treino tendo em vista a de 2014. Não foi só o treino como o convívio entre os veteranos deste grupo e os novos elementos que aos poucos vão chegando.Decisão e valentia não faltaram. Revelações com o capote e muleta tampouco...mas a surpresa foi o grupo de forcadas constituído por esposas e namoradas dos elementos dos Amadores de Arronches, como as fotos documentam…
Ao final da tarde de sábado, a Igreja de Nª Srª da Luz foi pequena para receber todos os que assistiram à Missa e Bênção dos Barretes dos Forcados Amadores de Arronches, que comemoraram o encerramento da temporada 2013. Sobre o barrete dos forcados o Padre Fernando Farinha estabeleceu o paralelismo do seu significado, porque os protege, e do que pode ser encontrado também no caminho da fé pelos crentes; benzeu os barretes e desejou sorte aos rapazes das jaquetas das ramagens que levam o nome de Arronches.
Com um dos salões do multiusos “O Celeiro” repleto de actuais e antigos forcados, familiares e amigos, com a mesa presidida pela Presidente da Câmara Municipal de Arronches em que estavam o Vereador José Bigares, o Presidente da Associação Amigos da Festa Brava (onde está inserido o Grupo) e o ganadeiros locais Dª Margarida e Francisco Romão Tenório, teve início o jantar com que encerrou este dia festivo para os Forcados Amadores de Arronches. Durante o jantar actuaram um grupo de “Sevilhanas” e Leonor Fartouce.
Palavras de estímulo, apelo à amizade e solidariedade entre os elementos do grupo, estiveram no discurso de Ricardo Nunes, o Cabo do Grupo. Como recordou o historial do mesmo, não esquecendo o seu fundador Joaquim Praxedes e todos os que pelo grupo passaram, quer como forcados, dirigentes, familiares e amigos. Amigos como os ganadeiros locais sempre prontos a colaborarem nas suas iniciativas. Palavras também de Ricardo Nunes para a Câmara Municipal, na pessoa da sua Presidente pelo apoio aos Amadores de Arronches.
Outras presenças tiveram lugar durante os discursos de circunstância mas, temos que destacar a decisão de proclamar a Avó Maria (dos Cardoso), como é tratada carinhosamente, para madrinha do grupo, por tudo o que representa não só por ser avó de três forcados mas, pela sua forte ligação a todo o grupo; ou ainda o gesto do ex-bandarilheiro António Pedro que, entre outras lembranças para o grupo, lhes ofereceu a montera que usou ao longo da sua carreira.
Finalmente a intervenção sentida e emotiva que a todos deixou a reflectir sobre o que é ser mãe de um forcado. O texto que Ricardina Cardoso leu foi um hino a todas as mães de forcados pelo que sofrem e pela sua compreensão, quando os filhos escolhem esta forma de manter viva uma das tradições que nos tornam diferentes em relação a todo o Mundo Taurino.

 
   
     
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