domingo, 10 de julho de 2016

Do milagre de Javier Jiménez à trágica morte ontem de Vitor Barrio

Este é um mundo onde não há o “faz de conta”. Este é um mundo real com glória e tragédia.
Um dia antes em plena feira de Pamplona, assistimos pela TV a um daqueles milagres que acontecem no toureio. Javier Jiménez foi colhido com violência por um touro de Cebada Gago. Chegou-se a pensar o pior, quanto o toureio constatava que não podia mexer as pernas. De repente, saltou da maca em estado muito confuso, a dizer que queria voltar para matar o touro, o que veio a acontecer. Depois da corrida, hospitalizado e com os respectivos exames, o toureiro tem lesão em quatro vértebras. Felizmente houve o milagre.
Ontem não foi assim. Quando víamos a transmissão da corrida de Pamplona, David Casas o comentador do Canal Mivistar +, dava com as lágrimas nos olhos a notícia, ainda sem confirmação oficia, que Vitor Barrio, o matador de touros de Segóvia com 28 anos deixava a sua vida na Praça de Touros de Teruel (Aragão) ao ser colhido fatalmente por um touro de Bañuelos.
Volteado pelo touro a que estava a lidar com êxito, foi corneado no tórax, provocando-lhe a morte imediata. Foi a consternação na praça com os companheiros de cartel, bandarilheiros e público que só abandonaram a praça já noite quando o corpo foi trasladado. Paz à sua Alma de Toureiro.
A tragédia das últimas décadas de José Falcão, Yiyo, Paquirri ou Montoliu, voltou a repetir-se nesta Festa feita de glória e tragédia. Vai continuar no entanto, a despertar nos jovens esse afã de quererem ser figuras do toureio, conscientes de que é uma profissão/arte de risco elevado.


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