quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Petição Pública - Não é menosprezando os pilares básicos da Festa que a defendemos

Recebi se calhar como muitos aficionados, um e-mail de um senhor José Cabaça, em que me pedia para assinar uma “Petição Pública”. Li com atenção o texto e, aos poucos, nasceu dentro de mim um sentimento de pena por alguém que se pode vergar ou acomodar a situações que minorias nos querem impor, em nome de um suposto menor sofrimento para os animais.
Como argumento para a aberração sugerida (já praticada nos E.U./Califórnia mas onde se vendem armas a menores para cometerem crimes) e pelas “vozes discordantes de uma das tradições mais antigas no nosso País”, ou aquilo que se “passa na Catalunha”, que seja aprovada uma eventual proposta de substituir as bandarilhas “com arpão em ferro por um artefacto, que em contacto com o toiro, reproduza uma marca temporária”, diz a petição.
Para sermos coerentes com estes acontecimentos na Catalunha e noutras que por aí há, devemos estar ao corrente do que está por detrás de tudo isto: As grandes multinacionais, o negócio dos alimentos e artefactos para as mascotes ou animais de estimação. Aconselho o autor deste e-mail a dar uma olhadela pelo site “La economia del toro” e ficará mais esclarecido.
Lamentável posição assumida por esta “Petição Pública”, quando posteriormente o touro irá morrer às mãos do magarefe num qualquer matadouro. Não é com estes argumentos que defendemos a Festa dos Touros em Portugal e a sua tradição secular. Em vez destes argumentos, teremos todos, mas todos, que nos afirmar com dados concretos como aquilo que este espectáculo contribui para a economia do país; com os postos de trabalho que proporciona; com os impostos que paga, a defesa de uma espécie única que, de outra forma, já estava extinta. Isto já para não falar da preservação da biodiversidade nos hectares de terreno onde pasta a ganadaria brava.
Lamento caro senhor mas, como aficionado que sempre defendeu os valores intrínsecos que a nossa Festa encerra, recuso-me a assinar tal petição. Prefiro que a Festa se vá extinguindo ao longo dos tempos do que participar em tal traição dos meus princípios. Sabe caro senhor, é que primeiro temos que tratar do ser humano, do seu sofrimento que nos entra a toda a hora em casa através dos telejornais…depois então vêm os animais. Eu em minha casa tenho cães e gatos, e são tratados como devem ser: com o essencial para a sua vida de animais irracionais.

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