É a lei da vida. Nascer, fazer o caminho e partir. Este que agora partiu, o António Luís Penetra, fazia parte do meu grupo de Amigos de longa data. Mais velho do que eu, foi para mim uma referência como forcado, sobretudo como cabo dos Forcados do Aposento do Barrete Verde de Alcochete. Grande aficionado, tanto ao toureio a cavalo como ao toureio a pé, o Penetra era daqueles que sabia ver acima de tudo o touro. Foi graças à sua sabedoria que eu um dia, depois de ter pegado um touro (4ª tentativa) na Feira de Maio na Moita, cheguei a casa, coloquei o fardamento numa mala e entreguei-o na Tertúlia Tauromáquica do Montijo. O António Luís Penetra viu como é que se colocava aquele touro. Como se podia pegar. Segui o seu conselho em desobediência ao meu cabo. Algo não estava certo e acabou-se a minha participação no grupo.
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António Luis Penetra, 1º em baixo à esquerda |
Para além deste aspecto, o António Luís Penetra fazia parte do Clube Taurino que tínhamos no Montijo. Um grupo de aficionados que assistíamos a muitas corridas em Espanha. A foto que acompanha esta minha singela homenagem ao Homem e ao Amigo, foi obtida numa visita que fizemos à ganadaria de D. Eduardo Miura, durante uma Feira de Abril em Sevilha. Meu bom Amigo, quando um dia terminar este meu caminho, vamos voltar a encontrar-nos… provavelmente para falar de touros. Que descanses em Paz!
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