Mais um debate inócuo no que há existência ou não de um espectáculo que faz parte da tradição e cultura do nosso povo diz respeito. Pode-se gostar ou não mas, mais de 80% da população portuguesa, não está contra. Por tal facto teremos que respeitar esta vontade
Em democracia a nossa liberdade acaba onde começa a dos outros. Estes senhores que dizem alguns (Basta) até compreender a parte artista, a tradição etc. o que estão é contra o sofrimento do touro.
Houve mesmo uma senhora (Animal) que se auto-proclamou Activista Profissional (quem será que lhe paga). Não está em causa o seu direito à manifestação, a sua piedade quanto ao sofrimento do touro. O que está em causa isso sim, é a forma violenta, por vezes ofensiva como se manifestam, como querem impor a sua vontade de acabar com o espectáculo dos touros sem olhar a meios e por vezes contraditórios - entrevista ao Público desta senhora.
Os agentes da tauromaquia sabem bem o que está por detrás de tudo isto. O que move algumas destas associações e que tipo de pessoas por vezes as integram (alguns marginais debaixo da alçada das autoridades).
Tenho para mim enquanto aficionado e respeitador do pensamento dos outros, que vejo nisto e como já várias vezes o escrevi, uma grande hipocrisia. Porque não se preocupam estes senhores e senhoras com a fome, com a tragédia do rapto de crianças (Nigéria), com a violência, com os métodos da produção animal (coitadas das galinhas poedeiras metidas num espaço minúsculo para nos darem os ovos).
Muitos destes activistas (?), passam muitas vezes por pessoas sem-abrigo, por pobres sem algo para comer e não se preocupam com estas questões, assobiam para o lado, porque é mais mediático, dá mais visibilidade e possibilidade de aparecer num programa televisivo ser contra as Touradas. Haja paciência com estes senhores e senhoras!
Os taurinos com o que se têm que preocupar é não ter no seu seio por vezes quem lhes cause danos. Que não haja adulteração da verdade na Festa, com maus espectáculos e trazer cada vez mais a juventude para as nossas praças, mesmo em tempos de crise. Essa sim deve ser a grande preocupação.
De saudar o grande profissionalismo de Fátima Ferreira pela forma como conduziu o debate e, no final, dizer-se admirada pela forma como decorreu. Pensou mesmo que iria ser um debate mais exaltado. É que quando os argumentos de uma das partes não é assim tão válido, prevalece o que tem sustentação.
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