sexta-feira, 21 de abril de 2017

Um simples bilhete não "compra" a minha liberdade de expressão

Sei que por vezes posso ser polémico, até porque cada um dos que andamos nisto da escrita taurina, tem a sua forma de estar e os seus princípios. Os meus sempre se pautaram por aquilo que bebi de aficionados conhecedores, profissionais, fossem eles dentro e fora da praça. 

Fiz da minha liberdade de pensamento (sem ser o dono da verdade absoluta), a maneira de me expressar nas crónicas ou comentários que fui fazendo ao longo de mais de 50 anos a ver touros, com algum conhecimento de causa.
Aos touros sempre fui com dois objectivos: Como aficionado comprando bilhete ou, com a missão de informação. No último caso para divulgar o espectáculo dos touros e, para isso as empresas sempre me facilitaram o trabalho, sem que estivesse "amarrado" a essa entrada para lhes ser agradável. Até porque a Carteira Profissional de Jornalista diz, no seu verso, que nos deve ser facilitado o desempenho da nossa missão.
Por estranho que pareça, algumas vezes e com empresários amigos (José Lino, Rogério Amaro, Nené ou Jorge Pereira dos Santos), tive algum “corte de relações” temporário e passei a ir à bilheteira comprar o meu bilhete para desempenhar a minha missão, fosse para a rádio ou imprensa escrita, e nunca usando os meios ao meu alcance para ser parcial. A minha liberdade de expressão nunca dependeu de uma entrada. Não tem preço... e sou o único responsável pelos artigos, crónicas ou comentários que sempre assino por baixo.
Agora quando a minha apreciação de um espectáculo não deixa satisfeito algum dos intervenientes, aceito a crítica construtiva, só não aceito as conversas de metideros como por aí circulam.

Sem comentários:

Enviar um comentário