terça-feira, 25 de novembro de 2014

Praça México a mais importante, mas não a mais exigente

Neste tempo que medeia entre um final e início de temporada taurina, os aficionados como é o meu caso, que têm acesso à televisão (Canal +), matamos de alguma forma a nossa afición com as corridas ao domingo à noite desde a Plaza Mexico.
A maior praça de touros das Américas e do mundo taurino não começou da melhor forma esta Temporada Grande. Sem dúvida que a praça da capital Azteca é a maior mas, sobretudo nas primeira três corridas, primou pela pouca exigência, quer a nível de apresentação de alguns exemplares (que não saiam ao ruedo em praças de segunda em Espanha), quer nos critérios quando ao mérito das faenas e estocadas de alguns toureiros que foram passeados em ombros, como se de praça de província se tratasse. Uma desilusão completa perante tão pouco exigência.
Manolo Martínez à esquerda na foto
O México foi e será, enquanto este espectáculo perdurar, uma referência. Nomes como Rodolfo Gaona, “El Soldado”, Silvério Pérez (1ª rabo cortado nesta praça) Luís Procuna, Armillitas, Arruzas, Silvetis entre outros mais, deram uma grandeza ao toureio mexicano que não se pode ver hoje reduzido ao populismo dos ali chamados Juízes de Praça e seus assessores.
Alcancei ainda na minha já dilatada vida de aficionado ver toureiros mexicanos da dimensão de Eloy Cavazos e Manolo Martínez (cantado nos escritos do maestro da critica Pepe Alameda), provavelmente a maior rivalidade dos últimos tempos do toureio azteca, onde pontuaram entre outros Curro Rivera. É uma pena ver este estado de coisas numa praça desta importância. Sabemos que o touro mexicano é diferente. Um touro mais pastuenho nas investidas, recortado de córnea, mas o critério terá que ser mais apertado por ganadeiros, empresário e veterinários. O público e sobretudo os aficionados sabem ser exigentes, por isso muitos foram os touros e toureiros apupados com assobios.

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