O autor em conversa com o Dr. João Borges, na R.R. |
Segundo uma fonte próxima da empresa do Campo Pequeno,
foi-me transmitida (posso estar enganado) a sensação de que existe por parte da
Sociedade Campo Pequeno muita apreensão quanto ao futuro, mesmo com a redução
como já se verificou no número de espectáculos este ano.
Essa mesma fonte, garantiu-nos que neste momento, há apenas
Rui Bento Vasquez e Henrique Borges a pressionarem para que o Campo Pequeno,
enquanto 1ª praça do país, não mude de gerência no futuro próximo.
Desde a sua reabertura que a componente tauromáquica nunca
foi posta em causa, até porque os resultados artísticos e financeiros eram
animadores. O que agora parece não acontecer…
Com a crise que o país vive e cada vez menor poder
aquisitivo por parte do público não aficionado, o público que vai aos touros
como pode ir a outro qualquer espectáculo, é evidente que, nesta temporada, tem
ficado muita cadeira vazia na primeira praça do país. Para os mais atentos
verifica-se que é precisamente nos sectores ditos de sombra, logo da
preferência de uma classe com maior poder de compra, que essas cadeiras
aparecem vazias. Isso foi nítido na corrida de encerramento (Gala à Antiga
Portuguesa) da temporada.
Tive a oportunidade antes das obras do novo Campo Pequeno,
entrevistar o Dr. João Borges no programa que então tinha na Rádio Renascença
(Voz de Lisboa). Nessa altura conversámos sobre o grandioso projecto que a
Sociedade Campo Pequeno iria iniciar, devolvendo aos lisboetas e aos
aficionados em particular, um monumento de arquitectura inigualável, totalmente
renovado e dotado das mais modernas condições como espaço para quase todo o
tipo de espectáculos.
Nessa ocasião ficou bem claro, que este era um projecto
sobretudo imobiliário, com espaços de lazer, restauração, parque de estacionamento
e, como seria lógico, a componente tauromáquica entre outros espectáculos.
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