QUE É FEITO DAS CORRIDAS DE REFERÊNCIA DAS TEMPORADAS PORTUGUESAS

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Ontem, através da TVI, tive a oportunidade de assistir à corrida do Emigrante no Campo Pequeno e isso deu-me matéria para reflectir. Eu explico! A chamada corrida dedicada ao emigrante nasceu no início dos anos setenta e chamou às praças de touros muitos daqueles que vivem e labutam fora do nosso país para assegurarem um futuro melhor.

Este público pouco entendido, passou neste mês de Agosto a frequentar as praças de touros sem fazer grandes exigências, logo, para alguns empresários bastava o cartaz da tourada ter em letras garrafais “Corrida do Emigrante” para assegurar o êxito financeiro do espectáculo, mesmo que o cartaz fosse de categoria menor.

Não é que seja saudosista ou que seja daqueles que passam a vida a dizer que antigamente o espectáculo dos touros era melhor. Sempre houve bom e mau em todos os tempos. Mas o que não deixa de ser verdade, é que hoje, com excepção desta corrida do emigrante, foram-se perdendo corridas cujo simbolismo é por demais importante. Relembro a corrida da Casa da Imprensa ou o Festival a Favor do Fundo de Assistência do Sindicato dos Toureiros Portugueses.

Uma vez mais, fui ao meu baú das recordações e saquei o cartel da última Corrida da Casa da Imprensa, a 38ª que teve lugar no Campo Pequeno a 3 de Agosto de 1995.

Tive o privilégio de poder contribuir para este evento, assessorando esta corrida a convite do meu saudoso amigo e companheiro, o jornalista Manuel Vieira.

Mais não fizemos do que dar seguimento ao trabalho que já tinham feito o José Sampaio e o Raul Nascimento (apoderado de Paulo Caetano), entre outros. Nesta corrida homenageou-se Dª Conchita Cintrón, para o que lhe foi mandado fazer um traje curto que ostentou com garbo a Deusa Rubia, debaixo do chapéu cordobés que lhe tinha oferecido Juan Belmonte. Acompanhei Dª Conchita aos estúdios do fotógrafo Homem Cardoso, onde foi maquilhada e fotografada, tudo ao pormenor como a ocasião merecia.

O cartel foi de luxo e o último com picadores que teve lugar na praça lisboeta, como se pode constatar pelas imagens. A foto da Deusa Rubia do Toureio, essa faz parte do meu álbum de recordações.