quarta-feira, 21 de julho de 2010

Um dia na Galeana (Murteira Grave)


Devia a publicação desta reportagem ao meu amigo Dr. Joaquim Grave. Reportagem que foi feita na Galeana para ser inserida numa publicação e que não chegou a concretizar-se. O Dr. Joaquim Grave, para além de ganadeiro, forcado e escritor é, acima de tudo, um Bom Aficionado e um óptimo conversador.
Recebeu-nos com a amabilidade que lhe é peculiar numa manhã de Verão e mostrou-nos o efectivo da sua ganadaria. Depois, num espaço de tertúlia, mantivemos uma longa conversa sobre o panorama actual da Festa dos Touros em Portugal.
Hoje, através deste Blogue de aficionado para aficionados, aqui ficam as imagens mais significativas dessa reportagem fotográfica.



Sobre a Ganadaria Murteira Grave

Fundação: 1944

Estreia: 29 de Junho de 1950 em ÉvoraDivisa: Azul e Amarelo.
Sinal: Orelha esquerda rasgada e direita despontada até 2009 e sem qualquer nas orelhas (orisano) no presente
Antiguidade: 21 de Junho de 1964 (1º festejo na Monumental de Madrid)



A ganadaria Murteira Grave foi fundada por Manuel Joaquim Grave (avô do actual proprietário) em 1944, quando comprou 25 vacas e um semental, com o nome Fabeto, a José Lacerda Pinto Barreiros. As reses ferravam-se nessa altura com o ferro G, inicial de Grave.
De 1944 a 1955 a ganadaria anunciava-se com o nome do seu fundador. Entre 1955, ano em que Manuel J. Grave morre e 1958, a ganadaria anuncia-se em nome de seus herdeiros. Em 1958 passa definitivamente para nome de Joaquim Manuel Murteira Grave, filho do fundador, que nesse mesmo ano compra o ferro actual (Espora) da Unión de Criadores de Toros de Lídia que pertencia a Ignacio Sánchez Ibarguen.
Em 2002, Joaquim Manuel Murteira Grave faz partilhas e a ganadaria passa para seu filho Joaquim Manuel de Vasconcellos e Sá Grave, actual representante e proprietário.

Sangues intervenientes na formação e evolução da ganadaria:

Iniciou-se em 1944 com 25 vacas e um semental com o nome Fabeto de José Lacerda Pinto Barreiros com procedência directa de Gamero Cívico (Parladé).
Em 1958 compraram-se 18 vacas e um semental (Sargento, nº 46) a Juan Guardiola Soto, filho de D. Juan Guardiola Fantoni e Doña Concepción Soto, também de procedência Parladé via Gamero Cívico (Ferro Y). Nos anos seguintes compraram-se mais vacas e outro semental a Dona Concepción Soto.
Em 1974 entram dois sementais (Tortolillo, nº 40 e Alcalaíno, nº 38) com o ferro Rincón da ganadaria Carlos Núñez.
Em 1985 introduz-se um semental (Claro, nº 32) comprado a José Luís Vasconcellos (Sommer d’Andrade), antes Coimbra, da linha pura de Tamarón.
Em 1987 compra-se a António Muñoz, um semental (Caprichoso, nº 10) com o ferro de Paquirri de encaste Núñez, linha Villamarta.
Em 1994 chegam 2 sementais de Juan Pedro Domecq y Solís (Gamberro, nº 29 e Borracho, nº 79).
Em 1995 compram-se 30 vacas com o ferro de Rincón (15 Rincón + 15 Villamarta) e o semental (Ave Fria, nº 100) aos Herdeiros de Carlos Núñez
Em 2003, introduzem-se dois sementais de Jandilla, Verdulero 19 e Botijero 112.
Em 2009 entra outro semental de Jandilla, Temporero n.º 39.Em resumo, pode-se dizer que a ganadaria é uma mistura parladeña com a base inicial da linha Gamero Cívico – Guardiola Soto e com aportações de sementais dos principais ramos de Parladé. Trata-se pois de um encaste próprio onde se procura manter um tipo de toiro sério e com trapio com um comportamento bravo e encastado.





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