
Isto porque falávamos da forma em como hoje as quadrilhas se deslocam para as corridas, muitas das vezes, cada um dos bandarilheiros chega no seu próprio transporte à praça ou ao local onde se vestem e, terminado o espectáculo, na maioria das vezes, cada um segue o seu destino.
Recordava eu com o meu amigo Eng.º Evaristo Cutileiro (antigo forcado do Grupo de Évora), antigos bandarilheiros como o António e Manuel Badajoz, José Tinoca, Manuel Barreto, Abel Cascão, Guilherme Pereira, enfim, uma plêiade de homens que se vestiram de prata e que, no toureio, deixaram de uma ou de outra forma, a sua marca, independentemente do seu valor ou arte.
A um canto do restaurante, almoçava também o bandarilheiro monfortense da geração mais contemporânea, Hugo Silva, que referia a forma quando ele começou como todos se dirigiam com respeito aos bandarilheiros como António Badajoz ou outros. Eram vistos como maestros desta profissão, e o respeito e a admiração criava um certo distanciamento, se bem que eram esses mesmos bandarilheiros que lhes transmitiam os conhecimentos da lide, o conhecer o toiro, o cavalo e os terrenos.
Nada mais verdadeiro. Hoje com o proliferar das escolas de toureio, todos querem ser matadores de toiros, uma ambição louvável. Infelizmente na sua grande maioria não atingem esse patamar e ficam-se por bandarilheiros, mas sempre, salvo honrosas excepções, com alguma soberba por vezes incontida, não aceitando conselhos de ninguém nem respeitando os mais veteranos.
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