sábado, 31 de julho de 2010

30 de Julho - Coliseu do Redondo

Vitor Ribeiro procurou dar vantagem ao touro
O bonito Coliseu do Redondo abriu as suas portas para receber um interessante cartel.
Como atractivo principal o grupo de forcados locais a pegarem os seis touros Pinto Barreiros.
O ganadeiro Joaquim Alves (Pinto Barreiros) envio para o Redondo uma corrida rematada, por ventura com demasiados quilos e que o forte calor que se fez sentir ao longo do dia e noite, prejudicou o seu comportamento. Na generalidade serviram para o toureio com excepção do primeiro e sexto que foram mansotes, com investidas nobres mas com uma preocupante falta de força os restantes quatro.
O triunfo incontestável pertenceu a Vitor Ribeiro no conjunto das duas lides, em que andou sempre muito ligado aos touros. O destaque foi para o grande ferro que apontou no seu primeiro. Colocado nos terrenos de chiqueiros, Vitor Ribeiro deu vantagem ao touro deixando-o arrancar e aguentando para colocar um ferro de belo efeito e emotivo.
No segundo cuja debilidade tirou algum brilhantismo à lide, deixou o último da série de curtos com uma paragem na cara do touro para depois, com uma leve batida, apontar o ferro.
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Um dos ferros de Marcos Tenório ao seu segundo touro
Rui Fernandes podia eventualmente estar mais esforçado perante o manso primeiro do seu lote, porque estes também têm lide. Quanto a nós, se tem colocado o touro nos tércios, junto aos curros, e entrar pelo corredor como fez uma vez, teria deixado os ferros da ordem sem baixar os braços perante as verdadeiras dificuldades que o touro apresentou. Redimiu-se no seu segundo como uma lide bem ao seu estilo: os galopes a duas pistas que tanto agrada ao público (?) e os cites com o seu habitual balanceio por vezes descoordenado.
O pior lote tocou a Marco Bastinhas. O primeiro que de alguma forma serviu tinha investidas com uma cadência complicada: ora empurrando, ora ficando-se ao meio das viagens e por vezes colocava-se ao lado do cavalo. O jovem Marcos Bastinhas andou ligado e deixou ferros que o público aplaudiu, em especial na fase final em que rematou a lide com um ferro em sorte de violino e um de palmo. Perante o seu segundo e último do festejo, não conseguiu grande luzimento (embora estivesse esforçado), por não poder debelar as dificuldades de um touro manso e que se colocava pela frente do cavalo.
Os Forcados Amadores do Redondo ao festejarem o seu 10 aniversário, não começaram da melhor forma a sua actuação com as várias tentativas de cernelha falhadas. É essencial a colocação da parelha de cernelheiros. Como me disse um dia o meu amigo Simão Comenda, o centro da praça é onde está a distância igual para todos os pontos. Sem grande correrias é esperar o momento oportuno, regra geral entre o pátio de quadrilhas e os curros para entrar com decisão… se o touro for entre os cabrestos.
Nas restantes cinco pegas estiveram muito bem, com especial destaque para a pega ao sexto e último touro.



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Rui Fernandes leva o touro em galope a duas pistas

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