domingo, 20 de março de 2016

Cumpriram-se 22 anos de alternativa de José Luis Gonçaves

Fez ontem 22 anos que José Luís Gonçalves tomou a alternativa em Badajoz. Foi em 1994, no Dia do Pai. Teve como padrinho Juan Mora e de testemunha Finito de Córdoba, o touro do doutoramento chama-se “Artista” da Ganadaria foi de Hdros. de José Cebada Gago.
Foi um dia lindo. O fim de uma longa caminhada e o início de um outro ciclo. O apoderado Manolillo de Valência levava o toureiro português, nascido em Angola, a realizar o sonho. Toda esta caminhada como Amigo se iniciou, quando o acompanhei na sua apresentação sem picadores em Badajoz. Depois veio o Carmelo Lousada aconselhado por mim ao João Queirós e que veio de Madrid para assitir à alternativa.
Pelo meio Azuqueca de Henares e o México. A tarde inolvidável de novilheiro em Madrid, cantada naquela linda crónica do saudoso maestro da crítica taurina no ABC, Vicente Zabala.
Depois da alternativa, fomos nesse mesmo ano, a Madrid, para a confirmação com uma corrida de Murteira Grave a 29 de Maio, em plena Isidrada. Como padrinho Mariano Jiménez e Luís de Pauloba de testemunha.
Num abraço, fundimo-nos com as lágrimas nos olhos naquele eventual adeus às arenas em Santo António das Areias. Felizmente que Rui Bento Vasquez, companheiro de profissão e Amigo, lhe deu a oportunidade de se despedir no Campo Pequeno (26 de Agosto de 2010) com a dignidade que José Luis merecia como um dos toureiros portugueses que, nas últimas décadas melhor interpretou o toureio eterno.
Sei que nessa cama do hospital não irás ler estas minhas palavras, mas há uma certeza: os teus verdadeiros Amigos continuam a estar presentes todos os dias da tua vida.

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