O roubo da estátua do forcado Hélder Antoño, símbolo da
entrega da própria vida de um jovem que com um futuro brilhante pela frente,
viria a falecer ao serviço dos Amadores de Alcochete na praça alcochetana, a
todos, aficionados ou não, nos deixou consternados.
A estátua que foi erguida em frente à praça de Alcochete,
foi a maior homenagem que colegas e todos aqueles que estiveram envolvidos na
sua concretização podiam prestar ao Hélder Antoño.
O desrespeito pela propriedade alheia e no caso presente
pelo património de uma Vila e de uma tradição, é no mínimo condenável. Mas a condenação
não pode nem dever ficar pelo repúdio dos aficionados. Se estes bandidos
praticam estes roubos e vandalismos, ele deve-se porque há receptores para este
tipo de furtos. O mínimo que se pede às autoridades deste país, é que seja feito
um cerco cada vez mais apertado aos receptores destes roubos e que haja mão pesada por parte da justiça-
Não se trata de um acto de anti-taurinismo, mas sim de mais
um roubo neste Portugal em que cada vez mais a impunidade graça. Porque o crime em Portugal compensa…
Podem ter roubado a estátua do Hélder que conheci desde
miúdo e acompanhei a sua carreira até aquela
desditosa tarde. Mas não conseguem roubá-lo à minha memória e de muitos aficionados
que nunca o esqueceremos.
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