quarta-feira, 23 de abril de 2014

Roubaram a estátua mas não nos roubam as memórias

O roubo da estátua do forcado Hélder Antoño, símbolo da entrega da própria vida de um jovem que com um futuro brilhante pela frente, viria a falecer ao serviço dos Amadores de Alcochete na praça alcochetana, a todos, aficionados ou não, nos deixou consternados.
A estátua que foi erguida em frente à praça de Alcochete, foi a maior homenagem que colegas e todos aqueles que estiveram envolvidos na sua concretização podiam prestar ao Hélder Antoño.
O desrespeito pela propriedade alheia e no caso presente pelo património de uma Vila e de uma tradição, é no mínimo condenável. Mas a condenação não pode nem dever ficar pelo repúdio dos aficionados. Se estes bandidos praticam estes roubos e vandalismos, ele deve-se porque há receptores para este tipo de furtos. O mínimo que se pede às autoridades deste país, é que seja feito um cerco cada vez mais apertado aos receptores destes roubos e que haja mão pesada por parte da justiça-
Não se trata de um acto de anti-taurinismo, mas sim de mais um roubo neste Portugal em que cada vez mais a impunidade graça. Porque o crime em Portugal compensa…
Podem ter roubado a estátua do Hélder que conheci desde miúdo e acompanhei a sua carreira até aquela desditosa tarde. Mas não conseguem roubá-lo à minha memória e de muitos aficionados que nunca o esqueceremos.

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