segunda-feira, 29 de abril de 2013

“Os meus cavalos toureiros…” por: Joaquim Bastinhas

(Trinco)
Ao longo dos seus trinta anos de alternativa, muitos foram os cavalos, que passaram pela quadra de toureio de Joaquim Bastinhas. No entanto, apenas alguns, em momentos chave do seu percurso taurino, marcaram a trajectória do toureiro, catapultando-o para o difícil e restrito circulo, de figura do toureio, no qual se mantém há já três décadas. Joaquim Bastinhas recorda-os nos seguintes termos: “O “Guiso” tinha o ferro de meu pai, Sebastião Tenório e foi o meu primeiro cavalo de bandarilhas e o que me deu a conhecer junto do público. Depois o “Trinco" (filho do “Firme”, Andrade e da “Heroína”, ferro Romão Tavares, inteiro, lusitano e com o ferro “Romão Tavares) cimentou-me nos pares de bandarilhas e confirmou-me como toureiro. O “Piropo” (filho do “Piton” ferro Veiga e de uma égua da mesma linha, castanho, lusitano e inteiro) foi sem dúvida o cavalo com que mais toureei, cerca de quatrocentos e picos toiros. Ostentava também o ferro do meu pai e foi sem dúvida, um grande cavalo de receber os toiros.
(Vip)
Citava de praça a praça e tinha um sítio, que podia e deixava mandar-me nos toiros, logo no primeiro estado. O “Palmela” (filho do “Emir” e da “Nociva”, castanho, inteiro e com o ferro de D. Pedro Palmela) tinha uma grande qualidade em tudo o que fazia e transcendia-se nos ferros curtos. Foi outro dos cavalos, que me ajudou e destacou como figura do toureio. Quanto ao “Xeque-Mate”, ferro “Pinto Barreiros”, (filho de um cavalo com ferro “Duque de Palmela” e uma égua “Núncio”, baio e castrado) foi um cavalo que utilizei nos curtos e pares de bandarilhas, sendo espectacular e muito exuberante, chegava com facilidade ao público. Já o “Vip” tinha o ferro “Duarte Lopes”,
(Xequemate)
(filho do “Magic Count” e de uma égua peninsular, baio de pelagem e castrado) destacava-se pela sua beleza própria e natural, assim como, pela forma como sempre atacou os toiros”. Apesar de se encontrar bem montado, contando com uma quadra segura, onde se destacam os consagrados, “Queimadoro”, ”Nilo”, “Tivoli”, “Conde” e “Tão Fino”, aos quais se juntam as novas estrelas, como o “Palmela II”, “Cartier” e “Carnaval”, entre outros, Joaquim Bastinhas remata as suas opiniões, com uma palavra de apreço e até mesmo de alguma nostalgia, para com as suas estrelas de outras temporadas:” estão e estarão sempre na minha memória enquanto toureiro, fazendo parte integrante de uma equipa e de tempos maravilhosos, que me realizaram e marcam, como toureiro”! Joaquim Bastinhas

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