domingo, 21 de abril de 2013

Filiberto Mira e Morante de La Puebla - Prognóstico antes do final

Filiberto Mira
Como  um dia um conhecido futebolista português, quando lhe pediram um prognóstico sobre um jogo disse: “prognósticos só no final do jogo”, transportando-nos para o mundo do futebol ou de qualquer outra actividade, é sempre difícil fazer prognósticos mas, sobretudo acertar. 
Filiberto Mira foi advogado de profissão e um conceituado crítico taurino com grande actividade nos meios quer da imprensa escrita como na rádio. Teve um papel importante com as suas crónicas no jornal ABC mas foi, acima de tudo, muito mais importante a sua actividade durante muitos anos na Revista “Aplausos” com as suas reportagens camperas, em que levou os aficionados a conhecerem o campo bravo de Espanha, Portugal, França ao América do Sul. Foi também um vulto das letras taurinas com vários livros publicados.
Filiberto Mira Blasco, nasceu a 3 de Agosto de 1928 em Olivenza (Badajoz) e faleceu em Chiclana a 17 de Agosto de 2003. Pelo seu nascimento em Olivenza e raízes familiares com ascendentes portugueses, esteve sempre muito ligado ao nosso país.
Conheci Filiberto Mira em Vila Franca de Xira através de outro grande profissional, aficionado e Amigo, como foi o Ludovino Bacatum. Privei de perto com ele na Ilha Terceira nos Açores e aprendi muito com as suas conversas, em que à hora das refeições, falava e fumava mais do que comia. Em certa ocasião, logo nos princípios de “Morante de La Puebla” como novilheiro sem cavalos, numa conversa entre um grupo de amigos aficionados disse-nos: “fixem-se neste jovem novilheiro de nome José António “Morante de La Puebla”, porque vai ser uma figura do toureiro!!!”. Tinha razão Filiberto Mira mesmo fazendo o seu prognóstico logo nos inícios de uma carreira fabulosa como a do toureiro de La Puebla. De recordar como recentemente, deu em Sevilha, um autêntico festival de como se toureia de capote (com um cunho pessoalíssimo) só comparável a toureiros como Pepin Martin Vasquez, Curro Romero ou Rafael de Paula. 

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