terça-feira, 9 de setembro de 2014

Triunfos de portugueses e de "El Pana" em Espanha

Alaejos (Valladolid). Novilhos de Puerto de San Lorenzo. Miguel Moura, duas orelhas e duas orelhas e rabo.
Navamorcuende (Toledo). Touros de Sayalero y Bandrés. António João Ferreira, silencio dois avisos e duas orelhas.
Montijo (Badajoz). Touros de El Quintanar. Mano a mano. Leonardo Hernández, duas orelhas; orelha e duas orelhas; e Francisco Palha, doas orelhas; duas orelhas e rabo e duss orelhas.
Castuera (Badajoz). Touros de Jandilla e Castillejo de Huebra. Ana Rita, quatro orelhas.
Saldaña (Palencia). Reses de Concepción Quijano. Joao Moura jr, orelha e silêncio.

O decano dos matadores de touros mexicano, Rodolfo Rodrigues “El Pana” que toureia no próximo domingo (17h30) em Vila Viçosa, na corrida comemorativa do 67º Aniversário da colhida fatal nesta praça de “Carnicerito de México”, cortou ontem em Ateca (Zaragoza)  duas orelhas aos novilhos de Camporredondo, tendo alternado com Carlos Escolar “Frascuelo”, Iván Vicente e Javier Espallargas.

domingo, 7 de setembro de 2014

Ana Rita triunfa em Espanha

A cavaleira portuguesa Ana Rita foi a triunfadora absoluta na corrida de rejoeno hoje em Carbonero El Mayor (Segovia). 
Lidaram-se touros de El Sierro por Sergio Dominguez (ovação e orelha); Ana Rita (orelha e duas orelhas) e David Gomes (silêncio e orelha).

Portugueses em Espanha




Don Benito (Badajoz). 6 de Setembro. Touros de Luis Terrón. Hermoso de Mendoza, duas orelhas e ovação; Diego Ventura, duas orelhas e duas orejas e rabo; Andrés Romero, orelha em ambos.


Medina del Campo (Valladolid) 6 de Seembro. Touros de Manuel Santiago Corvo (El Canario). Sergio Vegas, orelha e duas orelhas; 

Rui Fernandes, duas orelhas e orelha com petição da segunda; e João Moura Caetano, ovação e duas orelhas.





NAVAMORCUENDE – 8 de Setembro, Antonio João Ferreira, Diego Ramos e Sérgio Blasco, Touros de Sayalero

Estremoz - Maestria, madurez e irreverência na dinastia Moura

Regressei à praça da minha terra natal depois das obras. À memória as recordações de infância e os primeiros passos de uma longa caminhada como aficionado. Foi aqui, na velhinha praça de Estremoz que, agarrado à caixa do trompete do meu primo e padrinho, então músico da União, (havia então duas bandas em Estremos, esta e a Lusitana) que comecei a ir aos touros.
Muitas vezes empoleirado nas ameias das vetustas muralhas, aquele círculo que era a praça de touros, exercia sobre mim um certo fascínio por este espectáculo que me tem acompanhado ao longo dos anos.
A expectativa do regresso para ver a “nova” praça de touros de Estremoz, estava condicionada pelas nuvens negras e fortes aguaceiros que ao longo da tarde pairavam sobre esta região do Alentejo mas, que não foram dissuasoras, para que o público preenchesse três quartos da bonita e remoçada praça.
Tourada dirigida por Agostinho Borges
Lidaram-se novilhos/touros de Francisco Romão Tenório de comportamento diverso. O primeiro por distraído e não se empregando, não deixou João Moura luzir o seu toureio, estando discreto na sua prestação por falta de colaboração do hastado. Já com o segundo a deixar-se levar na garupa das montadas e acudindo mais aos cites, vimos um João Moura na plenitude dos seus recursos e conhecimentos, sobretudo desta ganadaria. A maestria do “Califa de Monforte” sobrepôs-se à falta de empuje e emoção dos seus antagonistas.
A maestria de João Moura
Embalado pelo recente êxito do Campo Pequeno, estavam centradas as expectativas do público nas actuações de João Moura Jr. e não defraudou. O momento porque passa, aliado à madurez que os anos na profissão trazem ao seu toureio, deliciou o público com duas lides bem estruturadas. Se bem que lhe tocou o melhor lote, João fez de cada momento das lides, uma demonstração cabal do conhecimento do touro, dos terrenos e, sobretudo, saber dar ao público aquilo que ele quer ver: ligação, ritmo e alardes de toureiria recreando-se nas sortes.
Madurez de João Moura Jr
É frente às dificuldades que se vê a capacidade de superação dos toureiros. O primeiro do lote de Miguel Moura, vinha para colher os cavalos. Como se diz na gíria, estava “atrás da moita” esperando a oportunidade. Ao ser dominado pelo jovem cavaleiro com a sua irreverência, não se entregou, passou a tapar-se e esperar pelas reuniões. Miguel esteve feito um guerreiro e deu a volta ao touro debaixo dos aplausos e entrega do público.
Irreverência de Miguel Moura
O segundo e último da tarde também necessitava de ter pela frente um toureiro com entrega e paixão pela profissão que escolheu. Sendo actualmente o último da dinastia Moura coube-lhe com a lide deste touro fechar com chave d’Ouro esta primeira passagem da “Dinastia Moura” pela praça estremocense. Miguel fez alarde de um reportório onde cabe o clássico e a escola que seu pai impôs no mundo do toureio a cavalo. Há muito a esperar da irreverência deste Miguel Moura.
Volta à arena para o ganadeiro
Para ser coerente, tenho que defender a justificação das voltas à arena, que devem ser pedidas pelo público e não quase impostas pelos artistas. Sei porque conheço o ganadeiro, que ele é o primeiro crítico do comportamento dos seus touros. Não foi uma corrida brava, deixou-se lidar, teve um exemplar nobre e encastado e dois a pedirem as credenciais aos toureiros.
Para pegarem os exemplares do ganadeiro arronchense estavam os Amadores de Portalegre e Monforte. Pelo grupo da capital do Distrito, pegaram Ricardo Almeida (1ª), Alexandre Lopes (1ª) e Cláudio Neves (3ª). Pelos Amadores de Monforte foram solistas por decisão de Ricardo Carrilho (que rabejou), Vítor Carreiras (1ª), Fábio Derreado (3ª) e Dinis Pacheco (3ª). Os murubes de Romão Tenório colocaram algumas dificuldades aos forcados, mas houve um ou outro momento, em que a leitura das pegas (terrenos, recuar em demasia, por exemplo) não foi a melhor. Dirigiu Agostinho Borges que esteve muito bem ao suprimir o intervalo, por causa da ameaça do tempo, sendo assessorado pelo Dr. Guerra.




sexta-feira, 5 de setembro de 2014

João Moura Jr. triunfa no Campo Pequeno

João Moura Jr. situou-se ontem no conjunto das duas actuações, como o triunfador absoluto da Corrida Lux na praça lisboeta. Ao tocar-lhe o melhor lote e a madurez que vai adquirindo, permitiu ao de Monforte este triunfo que vai marcar a sua temporada de 2014.
Com praça esgotada, os touros de Maria Guiomar Cortes Moura (Murube), uma casta predilecta pela maioria dos toureiros para fazerem gala da “Arte del Rejoneo”, retirou as possibilidades quer a Pablo Hermoso como a António Ribeiro Telles do triunfo redondo.
Pablo tapou-se com os seus cavalos, sendo protestada a pouca força e casta no seu lote. António Ribeiro Telles debelou as dificuldades sacando dos seus recursos.
Despediu-se nesta noite o forcado Nuno Marques dos Amadores da Chamusca.
Espera-se que amanhã em Estremoz, João Moura Jr. volte a rubricar frente aos touros de Francisco Romão Tenório (Murube) outra grande actuação.

Maurício do Vale e João Augusto Moura selam apoderamento com um aperto de mão

À boa maneira dos taurinos de antigamente, Maurício do Vale e o novilheiro de Monforte, João Augusto Moura, ficam ligados por apoderamento com um simples aperto de mão.
João Augusto Moura no qual se depositaram grandes esperanças (e nós acompanhámos o seu debute em Sevilha), fez uma pausa na sua carreira e voltou agora. É natural que um toureiro sinta a necessidade de voltar às arenas quando sabe que pode aportar algo mais à sua trajectória. As últimas prestações do novilheiro João Augusto Moura, quer na Terrugem, quer em Monforte, voltaram a acalentar o sonho de vir a tomar a alternativa.
Maurício do Vale que todos sabemos da sua predilecção pelo toureio a pé, tendo sido muito próximo de Diamantino Viseu, Mário Coelho, apoderado de José Luís Gonçalves e Luís Vital “Procuna”, pode ser o homem certo para administrar a carreira de João Augusto e levá-lo à alternativa. Fala-se que isso pode vir a acontecer na próxima temporada numa das praças do seu amigo Garzón. Oxalá assim seja, sabendo mesmo que não vai ser fácil romper em Espanha e, em Portugal, é aquilo que nós sabemos quanto ao toureio a pé…a morrer aos poucos, por culpa de empresários com falta de imaginação e não apostarem nas corridas mista. Isto se tivermos em conta que quer na Terrugem como em Monforte, os aplausos mais fortes da noite foram precisamente para o toureio a pé interpretado por João Augusto.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Apresentada em conferência de imprensa a exposição “Joaquim Bastinhas de Elvas para o Mundo

No salão VIP do Colisão Rondão Almeida foi apresentada hoje pelas 19 horas, em conferência de imprensa, a Exposição “Joaquim Bastinhas de Elvas para o Mundo”.

Segundo Marco Gomes trata-se de uma exposição que faz uma retrospetiva da vida de Joaquim Manuel Carvalho Tenório, conhecido no mundo taurino como Joaquim Bastinhas. Mas não vai ser uma exposição só sobre o toureiro. Vai estar patente nesta exposição a faceta do Joaquim Bastinhas enquanto Homem, pai e agricultor.
Esta ideia partiu de um grupo de amigos que se constituiu numa comissão executiva, contando com uma Comissão de Honra, composta por várias individualidades que engloba amigos em várias áreas e familiares de Joaquim Bastinhas.
A mesa foi presidida por Nuno Mocinha, Presidente da Câmara Municipal de Elvas, que na sua intervenção salientou o que representa Joaquim Bastinhas como elvense, enquanto toureiro, empresário e o Homem sempre solidário com os seus conterrâneos, daí o Município abraçar este projecto que irá decorrer no próximo dia 17 na Casa da Cultura na cidade de Elvas.
Por seu lado, numa breve alocução sobre a trajectória de Joaquim Bastinhas, Paulo Caetano falou do toureiro, do amigo e do seu carisma. Lembrando que numa actividade tão dura e competitiva como é o toureio, é um feito manter-se na primeira linha ao longo de mais de trinta anos.
Paulo Caetano recordou também que Joaquim Bastinhas tem nos seus genes o gosto pela agricultura que seu pai lhe transmitiu, sendo hoje um empresário agrícola de êxito apoiado nas novas tecnologias, num grupo de trabalho que lidera e numa gestão rigorosa. Terminou por falar no chefe de família, como marido, pai…e avô, que no seio da família, encontra o apoio constante para levar a cabo todas estas competências.
Por último Joaquim Bastinhas mostrou-se sensibilizado com esta iniciativa, agradeceu o apoio do Presidente da Câmara Municipal de Elvas, pois quando lhe foi comunicado este projecto, este era para ser realizado no próximo ano apenas em Alter do Chão. Finalmente verifica-se hoje, que esta exposição vai ser itinerante, estando patente ao público em Elvas, Alter do Chão e Portalegre.




terça-feira, 2 de setembro de 2014

"El Pana" o último dos toureiros românticos...

Não resisti à tentação de transcrever este pequeno excerto do artigo da minha colega e amiga Catarina Bexiga e publicar as suas fotos. Na realidade este "El Pana" é um dos sobreviventes desse mundo do toureio feito de romanticismo e que está preste a romper praça em Vila Viçosa. Quem viu a peça no Canal + entre
"El Pana" e Carlos Escolar "Frascuelo", sabe do que eu estou a falar...como diria o palmelão Octávio.

“Tentadero memorável, onde “El Pana” pôs em prática todo o improviso e variedade que fazem parte da sua interpretação, imprevisível e pinturero, arrebatado e dramático, com um rol de sortes, tanto com o capote como com a muleta, verdadeiramente surpreendente, que a todos encantou e que constituíram o aperitivo para a corrida de Vila Viçosa. A NB vai lá estar, em Vila Viçosa, no dia 14, e fará desenvolvida reportagem desta corrida que constitui a verdadeira “pedrada no charco” da temporada 2014. E como a NB também esteve na Torrinha, aqui ficam algumas imagens de Catarina Bexiga, que dão uma ideia da inspiração e da personalidade única de “El Pana”. (Catarina Bexiga|Texto e fotos in facebook da N.B.)


segunda-feira, 1 de setembro de 2014

"Armada" Portuguesa por praças de Espanha

 Miguel Moura, Ana Rita, João Moura Caetano Paulo Jorge
Santos, João Telles, Rui Fernandes, F. Palha e Moura jr.
Num mês como o de Setembro com muitos festejos em Espanha, aumenta a (cada vez menor) participação dos nossos cavaleiros no país vizinho, tapados logicamente pelo aumento crescente de rejoneadores.

São presença neste mês de Setembro Ana Rita a 15 de Setembro, em Fuenlabrada (Madri) e a 28 de Setembro, em Algemesí (Valencia). Miguel Moura estará presente a 28 em Villaviciosa de Odón e a 21, na Feira de Salamanca. No dia 1, Paulo Jorge Santos toureia em Cuellar e a 8 em Saldaña (Palencia).
João Moura Caetano a 6 de Setembro faz o paseillo em Medina del Campo. Em Peralta (Navarra) a 9, lidam-se touros de Rosa Rodrigues para João Telles. Já Rui Fernandes e João Moura jr, repartem cartel em Guadalajara no dia 14. A 15 de Setembro, em Olvega (Soria) será a vez de tourear Francisco Palha que volta a actuar no dia 16 em Tordesillas.

José Cubero "Yiyo" - 29 anos sobre a tragédia de Colmenar Viejo

Cumpriu-se a 30 de Agosto, 29 anos sobre a trágica morte de José Cubero Yiyo (1985). Não já uma promessa do toureio, mas sim uma figura do toureio em ascensão. Quis o destino que o touro “Burlero” de Carlos Nuñez lhe partisse o coração em Colmenar Viejo com uma cornada fatal, onde toureava em substituição de Curro Romero. Alternou com António Chenel Antoñete e José Luis Palomar.
Yiyo tinha 21 anos e os aficionados ao toureio puro, sin trampa ni carton não o vão esquecer, porque o toureio e este entre outros, passam a porta da eternidade e mantêm-se no tempo e na recordação de quem os viu um dia tourear.