sexta-feira, 13 de novembro de 2015

A incongruência das redes sociais…

(Catarina Bexiga entrevista  el viejo "El Pana")
A minha querida Amiga e colega na Novo Burladero, onde colaborei quase trinta anos da minha vida, escreveu no seu espaço “À Boca do Burladero”, o artigo “A incongruência das redes sociais” (edição de Novembro), com o qual não posso estar mais de acordo com aquilo que é a sua respeitável opinião sobre as redes sociais e o seu papel no nosso “mundillo taurino”.
Já estou inteiramente em desacordo quando afirma que “E os mais velhos, os que nos podem aportar conhecimentos, não se adaptam (obviamente) às novas tecnologias de informação e comunicação (…).
Costuma-se dizer que "uma árvore não faz a floresta". Neste aspecto podíamos alterar a ordem das coisas. É que no meio de tanta ignorância na “floresta da Festa”, de tanta falta de cultura taurina, é muito mais fácil ao pseudo aficionado, clickar em sites ou blogues, para ver as tricas, ou então aquilo que hoje infelizmente, para proveito de alguns, se passou a chamar “O social” nas touradas. 
Infelizmente, também reconheço que, já não temos locais como “O Gelo”, Leão D’Oro, Sector 1, Festa Brava, Coruja, Central, etc.. Nem tampouco os antigos aficionados e toureiros que se acercavam, ou deixavam acercar a juventude, para poderem beber esses ensinamentos tão essenciais ao conhecimento e cultura taurina.
Se um desses mais idosos, não velhos (isso dependem muito do espírito, porque conheço muitos novos que são uns autênticos idosos de mentalidade), nos quais me incluo, e escreve uma crónica isenta numa análise mais profunda, que não crítica, porque são coisas absolutamente diferentes, é classificado como um tonto, um retrógrado, que não acompanha a moda.
Não me quero arvorar em exemplo, mas aqui no Planeta dos Touros, para além das notícias, o âmbito é mais abrangente. Se formos mais além das nossas limitadas fronteiras taurinas e com esse click, visitarmos as redes sociais por outros países como Espanha, França, Colômbia, Peru, Equador ou México, encontramos uma boa mão cheia de “velhos” a contribuírem (e dominarem as redes sociais), para melhorar a cultura taurina daqueles que se interessam verdadeiramente pelo fenómeno da Festa dos Touros.
Já agora, também estou inteiramente de acordo com as opiniões de Frederico Cunha, quanto ao rejoneo e a sua adopção pelos nossos cavaleiros tauromáquicos. Esses sim, tinham a obrigação de preservar aquilo que é o verdadeiro toureio a cavalo que nos ensinaram Vitorino Froes, Mestre João Núncio, Simão da Veiga, Rosa Rodrigues, Francisco Mascarenhas, David Ribeiro Telles e mais tarde Lupi, Batista, Zoio e tantos outros, como o próprio Frederico.

Um beijinho querida Amiga, e desculpa qualquer coisinha. 

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