Poucas profissões no mundo para ter êxito, são necessários tantos factores como na de matador de touros. Aqui para além das capacidades e técnica aprendida, conta o cunho pessoal, ou seja o carisma, a forma de sentir e interpretar. Uma verónica de Morante de La Puebla, não é nem mais nem menos, que uma verónica interpretada por qualquer outro toureiro. No entanto há algo que as difere…
Para além destes pressupostos, à que acrescentar o factor climatológico (o vento); que sai o touro que permita a faena, que humilhe, tenha recorrido e deixe rematar os muletazos por debaixo da pala do piton, que deixe ligar. A sorte suprema (leia-se estocada) bem executada e bem colocada, o público que peça com força as orelhas e um presidente que esteja bem assessorado, ou que seja um bom aficionado.
Todo este arrazoado vem a propósito da recente passagem pela Feira de Outono em Madrid de Diego Urdiales, um toureiro de toureiros, ostracizado por algumas empresas e que esteve bem perto de abrir a Porta Grande de Las Ventas. Em primeiro lugar com aquele magnífico touro de Adolfo Martín, em que o público não esteve à altura na persistência para que lhe dessem as duas orelhas. E depois, lá está, este não era o dia. Lesionou-se o touro que tinha sorteado e saiu o sobrero que não serviu. Mas para a história ficará a importante faena de Diego Urdiales e a orelha que cortou.
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