terça-feira, 28 de outubro de 2014

Faleceu José Mari Manzanares. O Toureiro, espelho de toureiros

A notícia surgiu como que fulminante. José Mari Manzanares faleceu hoje na sua finca (herdade) de Cáceres. Ao que se sabe pela imprensa espanhola de doença natural. O toureio está de luto porque desaparece assim uma das grandes últimas figuras do toureio. Um espelho, uma referência para todos os que nesta arte se podem rever, no que de estética, beleza e um gosto esquisito que impregnava o toureio de Manzanares.
Tive o privilégio de privar com ele de perto em duas ocasiões. A primeira (foto), numa entrevista e depois numa conversa informal na Moita do Ribatejo. A segunda, no célebre mano-a-mano com Paco Ojeda nos Açores, depois daquela breve corrida com touros de João Moura.
Foi um toureiro que me preencheu, como ao longo da minha vida de aficionado me têm preenchido os toureiros de pellisco, aqueles que estão entre o Olé do temple, estética, mão baixa, embarcando os muletazos à frente e rematados para trás da cadera (costas) e os do valor ou tremendismo.
Para os aficionados que o admiraram, deixou o seu legado ao outro Manzanares, também ele já figura do toureio. Que em Paz Descanse, quem na Terra nos iluminou com a sua classe.

JOSÉ MARÍA MANZANARES.
José María Dols Abellán.
Alicante, 14 de Abril de 1953.
Debute com picadores:
 Benidorm (Alicante), 15 de Maio de 1970.
Alternativa: Alicante, 24 de junho de 1971. Toros de Atanasio Fernández. Padrino: Luis Miguel Dominguín. Testemunha: Santiago Martín, El Viti.Confirmação: 18 de Maio de 1972. Touros de Garzón. Padrinho: Palomo Linares. Testemunha: Eloy Cavazos.


 Para recordar e em Homengem a este grande Maestro este vídeo da faena em Sevilha



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