É necessário acreditar que todo o esforço, dedicação e entrega de uma juventude na perseguição do sonho de ser matador de toros vale a pena. O tempo passa, a juventude não se recupera e, por vezes, não se cuidou o futuro... e o sonho morre. Já assim aconteceu e irá por certo acontecer muito mais vezes. Na minha vida de aficionado acompanhei de perto muitos destes sonhos como: Eduardo Costa, André Costa, Gilberto Belchior, alunos da primeira experiência como escola no Montijo, Escola da Moita, Parreirita "Cigano" António de Portugal,Vítor Mendes, Rui Bento Vasques, José Luís Gonçalves ou Pedrito de Portugal - só para recordar os mais recentes. Pelas dificuldades da profissão, pela falta de sorte ou até pelo simples facto de ser oriundo de um país onde não se matam os touros, tudo tem influído para que, na história recente, apenas Vítor Mendes tivesse chegado a figura do toureio e ombreado com os demais em todo o "Mundo Taurino".
Vi como muitos aficionados portugueses, e com ilusão, a actuação de Manuel Dias Gomes em Madrid no passado fim-de-semana. Esbarrou é certo com a impossibilidade no seu primeiro. Esteve digno, sereno mas, ao segundo, era para estar mais "enfibrado", mais em novilheiro, porque àquele novilho era para lhe cortar uma orelha. Não vamos pelo elogio fácil, nem pela critica destrutiva mas, o comboio do toureio não passa muitas vezes pelo mesmo apeadeiro. O seu professor, José Luís Gonçalves, sabe bem do que eu estou a falar.
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